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Lilith Royal:


O interior do castelo com toda certeza do mundo não parecia com o lado exterior entretanto não estou aqui para um passeio ou visita. Logo me mostraram meu quarto, um dos quartos que ficam na torre, os quartos reais e até nisso os nobres são insolentes, acham que estão acima de qualquer pessoa e sem demora nenhuma abri meu imenso guarda roupa onde já tinham vestidos quentes o suficiente para que eu possa sobreviver ao provavelmente.

Passei o resto do dia tomando chás, tentando me esquentar entre vários cobertores, batendo os dentes de frio e mesmo assim sinto como se desse a mão ao senhor de neve, a lenda que meu pai tanto contou de homens que levam crianças para se tornarem monstros carnívoros e que matariam qualquer pessoa que atravessarem seu caminho ou o que seu criador o mandasse. Se eu passasse mais um dia nesse maldito reino eu decerto morreria congelada até o sangue. Perdida entre meus pensamentos assustei-me com o barulho que faziam ao baterem na porta.

- Entre... - Falei e me cobri mais ainda com um emaranhado de cobertores.

- Princesa? O rei pediu para avisar que o jantar será daqui a algumas horas. - Uma mulher avisou, linda sim, loira, alta e olhos tão azuis que comparei com o mar o qual nunca vi porém imaginei.

- Diga que a princesa ficara ausente... - Sentenciei sem colocar nenhuma parte o corpo para fora.

- Hoje será sua apresentação a corte de Turk... - Assim que ela terminou de se pronunciar pulei para fora da cama e de sua proteção com o vestino fino que usava para dormir em Zahor o que claramente não foi funcional para este reino maldito e seu frio maldito.

- Desculpe-me pela arrogância de antes, avise que logo irei e não me atrasarei. - Ela se curvou e saiu tendo o cuidado de não bater a porta.

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Enquanto desci a grande escada que leva ao salão principal pensei sobre os minutos anteriores, tinha mergulhado em varios tecidos, vestidos e sapatos diferentes o principal que estava em minha mente naquela hora era o fato de precisar de me esquentar e o fato de não ser chamativo não me preocupou, pelo menos não naquela hora. De certo uma corte nada menos é do quê o monstro que suga a felicidade das crianças mas eu não sou mais uma criança o que é felicidade pra mim e infelicidade para todos eles.

O príncipe que é uma alucinação para garotas jovens no cio o que é maravilhoso para ele e pessímo para mim, no caso não teno nada contra amantes ou algo assim, o que eu não quero é um rei que não saiba controlar e vá para cama com qualquer uma. O casamento não será por amor, nem o noivado e nem a noite de núpcias, filhos serão herdeiros, o nosso legado ao mundo.

A aprovação da corte me ajudaria a ter meu inimigos perto de mim, Klaus nada menos é que meu pai e rei de Turk, se ele acha que estou pronta para os jogos perigosos desse reino congelado no tempo onde mulheres não tem a voz ativa de fato eu não o decepcionaria, eu sou uma princesa estrangeira e sem poderes em um reino estrangeiro para mim. Me concentrei o máximo para minhas pernas não titubearem, não em frente aos diversos olhos que quase me esfaquearam quando anunciaram a chegada da princesa de Zahor.

- Sente-se. - O rei pediu o que de certeza foi uma ordem. Depois de me reverenciar como uma perfeita dama, me juntei aos diversos nobres. A maioria velhos demais para ainda estarem vivos, no canto da mesa permanecia o rei imponente e o seu filho ao lado. O que mais me chamou atenção foi o homem que esta do lado do príncipe, um jovem forte o suficiente para ser um soldado que já enfrentou guerras mas roupas tão chiques que não condizem com o meu pensamento sobre "guerreiro".  Sentei-me ao lado do rei e em frente ao príncipe que não me direcionou nem um sequer olhar, ele é frio e eu obviamente dissimulada.

- Espero que não tenham esperado demais a minha presença. - Sorri calmamente, um sorriso que pinga sarcasmos.

- Penso eu, que igual a mim os cavalheiros não se importam com seu mínimo atraso e sim com sua ilustre beleza. - Uma voz estonteante do homem ao lado do regente se fez.

- Obrigada, Senhor? - Assenti com a cabeça e tentei buscar algo na minha mente muito vergonhoso que me fizesse corar, o que definitivamente funcionou.

Preciso parecer frágil em situações principalmente como essas, uma doce e inocente ovelha em meio aos lobos velhos e rabugentos. Além de suas mentes pequenas, preconceituosas e sem qualquer senso de como obsoletas são seus ideais antiquados.

- Duque Peter York. - Sorriu e fez um tipo de referência com um gesto.

- Como deve saber sou a Princesa Lilith Royal de Zahor. - Sorri para o homem que pela aparência dá para perceber o quão jovem o mesmo é.


 O jantar se seguiu com sorrisos falsos, arrogâncias e piadas machistas sobre mulheres terem que aceitar as amantes. A maioria das moças tem sempre que lidar com ciúmes obsessivos, violência física e mental por homens que um dia amaram ou amam. Se uma mulher traí dizem : "jogue na forca ou bata até quase morrer!", se um homem traí dizem: "meu Deus, de certo sua MULHER não conseguiu te satisfazer", um homem ou mulher não devem trair em um relacionamento que houve ou não amor.


 " È aquele ditado né, tem que rir pra não agredir. " - Desconhecido.



           Postadoem: 19/01/2020.

                                                                           

Princesa - Série Reencarnações NobresOnde histórias criam vida. Descubra agora