𝙉𝙞𝙧𝙫𝙖𝙣𝙖 ➥ᵂᵒᵒˢᵃⁿ

V. Sentimentalismo.

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Na manhã seguinte, acordar ouvindo Jongho batendo panelas não era o que o Jung esperava.

Quer dizer, não literalmente, pelo menos. Jongho estava realmente com duas panelas em mãos, batendo uma contra a outra, gritando para que San e Wooyoung acordassem que iriam à praia.

—Jongho...!- Wooyoung grunhiu irritado, cobrindo a cabeça com o travesseiro. —Meu Deus, cara! É domingo!

—Por isso mesmo, levantem, vagabundas!- E berrando igual um louco, desceu as escadas.

Wooyoung se sentou na cama, sentindo como se tivesse sido atacado por um dementador, tinha zero energia para qualquer coisa.

Arregalou os olhos quando um San de camisa e bermuda todo descabelado apareceu na porta, a expressão preocupada.

—Vim ver se estava bem.- O Choi disse, fechando a porta atrás de si.

—Eu... 'tô?- Wooyoung riu.

—Quer dizer... dá pra você ir à praia... tipo, não tem problema Jongho ver o que...- Um breve sorriso orgulhoso e bobo surgiu nos lábios do Choi. —Ver o que... eu fiz.

Wooyoung arregalou os olhos. Estava cheio de marcas roxas!

Estava prestes a jogar um travesseiro em San e xingá-lo de todos os nomes possíveis por estar brincando com uma coisa séria - ao seu ver -, quando Jongho entrou no quarto.

O garoto com um sorriso no rosto parecia prestes a dar uma notícia ou fazer alguma piada, quando se deparou com a presença do irmão no quarto. Seu sorriso sumiu de imediato e uma expressão fechada se formou no lugar. Parecia confuso com a presença dele.

—O que está fazendo aqui sozinho com o meu Woo?- A voz dele era de dúvida e ao mesmo tempo levemente ameaçadora.

Jongho conhecia muito bem o irmão que tinha. Sabia bem que ele queria colocar as mãos em Wooyoung, afinal, ele era lindo! Quem não o desejaria? Mas Jongho sabia que Wooyoung era ingênuo e bom demais para as malandragens de San!

Sabia que ele apenas o usaria e o descartaria como fazia com todos e não suportava a ideia de ter seu melhor amigo magoado e nunca mais querendo voltar em sua casa por conta de Choi San!

—Vim desejar boa dia ao seu amigo, maninho. Sou um cara educado e agora que vou dar umas aulas de bateria pra ele, nada mais justo do que estabelecer uma "boa relação".- San sorria daquele jeito cafajeste de sempre, o cabelo um tanto comprido e bagunçado dando um ar ainda mais sensual.

Wooyoung estava hipnotizado e nem ao menos conseguia disfarçar, apesar do clima claramente tenso e bem pesado que se instalara no quarto.

Jongho parecia desconfiado e enfurecido, San estava debochado e despreocupado como sempre e Wooyoung se sentia desconfortável no meio. Queria sair correndo e se esconder.

Os dois Choi sairam do quarto, Jongho avisando que iria rapidamente na lojinha de conveniências com sua mãe, e San indo bisbilhotar se realmente estava sozinho com seu aluno.

Wooyoung estava saindo do quarto quando sentiu o corpo bater de leve contra a parede, a mão firme do baterista segurou seu queixo enquanto a outra pegou firme em sua cintura.

Wooyoung gemeu baixinho quando os lábios do mais velho vieram contra os seus, fazendo o aro metálico na boca do maior bater suavemente contra seus dentes. O Jung arregalou os olhos quando teve o corpo erguido sem dificuldade. San o prensava contra a parede, sedento por sua boca.

—H-hyung...!- O mais novo tremeu ao sentir uma investida firme da cintura do maior contra seu corpo, as mãos magras agarradas à nuca tatuada do outro.