.The Party [Part two].

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aviso importante. esse capitulo tem conteudo delicado que pode servir como gatilho para algumas pessoas.


Sammuel estava indo para o segundo andar, logo atrás de Hercules.

Ao dobrar a esquerda assim que subia-se as escadas, não era impressionante que haviam pessoas "se agarrando" no corredor, quase que obscenamente. Os dois iam passando por todos com Sam pedindo desculpas a toda vez que esbarrava em alguém - educado até demais.

O corredor não era tão longo e haviam algumas portas abertas, com pessoas curtindo ou apenas aproveitando para treinar o bom e clássico, beijo francês. Havia fitas de led neon no teto, o que deixava tudo parecendo um filme psicodélico em um futuro cyberpunk. No final do corredor havia uma porta para o ex escritório do pai de Hercules.

Antes de abrir a porta, o rapaz com dreads vira-se para Samuel, que estava um tanto nervoso, e diz:

-Aqui o bagulho fica doido, só não exagera.

Então a porta se abre. uma luz vermelha tomava conta da sala. Haviam pessoas fumando cigarros, e outras estavam apenas jogadas no sofá, chapadas demais para exercer qualquer movimento. Na mesinha de centro haviam vários tipos de narguilés e bebidas. Com certeza eles estavam misturando todo o tipo de coisa.

Hércules entrou no cômodo. Sam ficou estático, olhando para aquela situação, em choque. Respirou fundo e sentiu o cheiro de maconha, que estava muito forte. enquanto o ar passava por seus pulmões, ele lembrou da voz doce de uma mulher. A voz implorava:

-Por favor. POR FAVOR, SAMMUEL, são as elas ou eu.

As mãos do branco começaram a tremer.

 Ele tinha que resistir.

 Por ela...

No andar de baixo, mais especificamente na varanda de trás, Cahzy coçava seus olhos com dedo indicador e o dedão. Aquelas meninas ainda tentavam conversar com ele, mas era quase impossível de se ouvir. tudo que o ruivo escutava era um zumbido agudo, que cada vez ia ficando mais alto.

Cahzy se sentia sozinho e assustado. O que infernos aquelas garotas queriam com ele? Não se sentia confortável com aquela situação. Nunca estivera em um lugar com tantas pessoas, tanto barulho, tanta informação.

Tentava focar sua visão em uma das garotas que falava.Estava muito frio, então pôs suas as mãos nos ombros, afim de se esquentar. Mesmo se quisesse, não conseguia escutar uma palavra que a moça dizia.

Não melhorava, sua enxaqueca começou a virar uma dor insuportável. se atravessassem seu crânio com uma furadeira, a dor ia ser mais satisfatória do que a que ele sentia. O coração batia forte, as mãos suavam, uma ânsia surgiu. Parecia que o seu estômago estava pronto para ejetar tudo o que havia dentro de si. 

Sem exitar, se levantou e foi para dentro de casa. Não disse uma palavra. As meninas ficaram confusas e preocupadas. Uma delas perguntou "será que ele tá bem?", a outra ergueu as mãos no sentido de dizer "não faço a mínima ideia".

Lukas, de trás da àrvore, ainda pensando em uma resposta para Lisel, é interrompido ao ver seu amigo indo para dentro de casa,depressa. Preocupado, ele se move pra ir atrás dele, mas a garota segura seu braço, perguntando:

-Aonde pensa que vai?

-Eu vi meu amigo entrar em casa, vou ver se ele tá bem...

-Usando desculpinhas pra me enrolar, né?

-EU??? nunca.

[notas: leia cuidadosamente. conteúdo sensível]

In-between [season 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora