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Desculpem por sumir. Boa leitura! 💙💚



Louis não podia acreditar que ele estava fazendo isso, levando Harry e seu jovem sobrinho para andar de trenó. Se ele não soubesse melhor, ele juraria que tinha caído de cabeça em uma colina e bateu a cabeça em uma árvore. Louis não estava interessado em se envolver e, mesmo com a sugestão nada sutil de Harry de que algo casual seria possível, Louis não tinha certeza de que ele poderia fazer isso. Não com uma criança, ele pensou culpado, percebendo que ele era um daqueles caras com que Harry estava magoado. Ainda não era trabalho de Louis fazer Harry menos solitário.

Ele estava no cargo, e ele tinha que fazer tudo o que pudesse para garantir essa posição. A segurança no emprego tinha que vir antes que ele pudesse pensar em um relacionamento. Por que essa palavra continuava chegando quando ele pensava em Harry?

O homem esguio e alto era muito mais forte do que parecia, enfrentando todos os desafios da paternidade solteiro em tão tenra idade, lutando com um trabalho de que tanto queria, mas incapaz de fazer ondas por causa daquela criança doce.

Louis lembrou aquele momento no café quando ele ficou preso no calor do olhar de Harry. Inferno! Tinha sido mais de um momento. Houve várias vezes, de fato, quando ele sentiu seu pulso batendo e sua razão acelerando. Não era só por que ele era bonito de se ver, era a sensualidade de sua inteligência. E quando ele quase pousou em seus braços, Louis fez tudo o que pôde imaginar para não beijar aqueles lábios vermelhos. Lábios como aqueles foram feitos para beijar. Era quase pecado pensar que ninguém os beijava há dois anos. Louis se esforçou para lembrar por que ele não deveria ser o único a beijá-los.

Ele caminhou em direção a sua caminhonete e depositou o trenó artesanal em sua caçamba, determinado a colocar essas noções tolas para fora de sua cabeça. A neve pesada tinha se transformado em flocos suaves e caía suavemente. Era a tarde perfeita para a ocasião. O trenó era inofensivo, certamente não era um encontro romântico. Especialmente com uma criança de quatro anos de idade. Era mais como um passeio em família.

Oh sim, é muito melhor pensar sobre isso dessa forma. Louis engoliu em seco, imaginando se ele havia mordido mais do que podia mastigar. Era realmente tão errado tirá-los, sabendo que eles iriam embora há tão pouco tempo? Talvez essa fosse a melhor forma de proteção de Louis. Era provavelmente a de Harry também. Certamente ele não iria querer ficar enredado com alguém morando tão longe. Sua vida era complicada o suficiente como estava. Rollo latiu e Louis olhou para baixo para vê-lo abanando a cauda furiosamente, aparentemente pronto para prosseguir. Pelo menos ele não estava em conflito.

O celular de Louis tocou e ele enfiou a mão dentro do casaco para retirá-lo. "Seu tempo é uma droga." Disse ele a Carlos.

"Não, o que é uma droga é você. Dez anos de amizade e você não respirou uma palavra!"

"Eu não tenho ideia do que você está falando."

"Aha! Eu sabia. Este jovem bonito atraiu seu interesse, não é?"

"Ninguém me atraiu, Carlos. Você sabe disso."

Carlos riu. "Não até agora, amigo. Não até agora. Não que eu desaprove. Harry não é como alguém com quem você já passou algum tempo. Ele parece genuinamente gostar de você, sabe lá o porquê."

"Por favor."

"Você sabe o que eu quero dizer. Com os outros, eu praticamente podia ouvi-los somando-se mais atraentes e empregados, além de estarem celebrando levemente em seu campo de trabalho."

Oportunidades de Natal (l.s.)Onde histórias criam vida. Descubra agora