A Ordem Dos Comensais

1. falando com dementadores

Quando eu nasci meus pais foram presos num calabouço que eu nunca encontrei, e eu fui levada para um ritual de magia negra e oferecida em troca da glória de bruxos das trevas que falharam vergonhosamente na história.

O último bruxo mais poderoso que se houve falar até hoje foi Voldemort, que foi assassinado por Harry Potter, um bruxo jovem e arrogante.

Eu nunca conheci meus pais e as histórias que me contam é sobre um casal que fervorosamente seguem os passos obscuros da magia e que eu fui gerada para o renascer da população bruxa das trevas.

Moro num tipo de Castelo construído sob uma rocha enorme em algum lugar do planeta. Eu não tenho muitas informações sobre minha localização a  não ser o que eu posso ver.

Se trata de uma construção de alta riqueza e luxo, com muitas jóias preciosas decorando o local.
Existem muitas câmaras e salas úteis além do espaço proibido que é onde os donos deste Castelo deixam prisioneiros e vítimas de magia negra.

Em algum lugar aqui, meus pais estão presos. Basicamente para eles não me verem e para eu não ser tratada com amor. Parte essencial do plano da magia negra é que eu não tenha conhecimentos dos sentimentos que tornam um bruxo fraco.

Minha rotina é simples e árdua: preparo físico e intelectual em todo tempo.
Eu sou treinada para lutar com bruxos como Voldemort e vencer. Seja com magia ou sem.
A bruxa Agnes que é minha tutora em poções repete todas as aulas que eu nasci para ser a melhor bruxa das trevas, para governar o mundo bruxo sob a glória que meus antepassados desejaram e para vencer.

Pessoalmente eu não faço ideia do que eles esperam que eu faça presa numa fortaleza fortemente protegida por magia negra, mas fora todo o discurso de bruxaria das trevas, horcrux e Voldemort minha vida é boa.

Eu não tenho nenhuma preocupação importante, exceto nas reuniões de sangue realizadas na noite de uma cheia, em que eu preciso ficar acordada e derramar gotas de meu sangue num caldeirão cheio de sangue de todos os bruxos da trevas já existentes e depois eu preciso dançar com o presidente dos bruxos das trevas por pelo menos duas músicas.

Esta tarde eu andei por corredores amaldiçoados e cheios de dementadores a procura dos meus pais. Eu procuro meus pais há 3 anos e nunca os encontrei; mas hoje após expulsar um dementador eu podia jurar que um deles falou comigo.

Não se tratava de uma conversa com palavras inteiras ou algo assim, mas enquanto eles se aproximavam eu ouvi a voz fina e assustadora de um deles me falando para seguir em frente. O problema era que tinha uma parede enorme de mármore que não me deixava ir a lugar algum então eu imaginei que estava surtando e o expeli.

Minhas pernas estão trêmulas ainda por causa deste ocorrido mas tento controlar enquanto como uma maçã em frente ao quarto da senhorita Malfoy.

Sarpets Malfoy foi trazida para este Castelo ainda menina pelo pai, que a teve com uma bruxa das trevas que morreu na batalha de hogwarts.
Serpets tinha os cabelos ruivos com uma mecha muito singular loira -quase branco- e os olhos eram cinzas tão claros que me davam medo. Ela era responsável por me ensinar sobre criaturas mágicas e como usá -las para o mal, e ela era 7 anos mais velha do que eu apenas, o que me fazia olhá-la como amiga. Apesar de que amizade era algo proibido para mim.

quando ela apareceu no fim do corredor e me viu, tentou parecer um pouco mais das trevas, fazendo uma cara de arrogante.
Ela sempre falhava em parecer uma bruxa má, já que mais parecia um anjo com os detalhes delicados que ela sonhava ter herdado da mãe.

— O que você está fazendo aqui agora Emily? Que eu saiba você deveria estar descansado para o duelo de hoje a noite com o comensal Diego.

— Estou com uma dúvida sobre uma criatura mágica e não pude esperar para nossa próxima aula.

Ela sorriu e acariciou meus cabelos. Frequentemente éramos chamadas de irmãs por causa do meu cabelo branco como  a neve. Eu e Sarpets tínhamos muito em comum, e eu amava tê-la no Castelo. Gostaria de poder ter uma conversa com ela Que não envolvesse criaturas mágicas mas isso era proibido. Ninguém podia demonstrar o mínimo de amizade comigo ou seria duramente castigado,e eu jamais iria querer isso para Serpets já que recentemente descobri que vão oferecê-la para gerar mais uma criança das trevas.

— Qual Criatura despertou tanta ansiedade em você? Nas aulas você nem se esforça e agora está esperando na minha porta? Eu te dei um livro de criaturas Emily, tudo que você precisa saber está lá.

Ela abriu a porta e já ia fechar na minha cara. Parecia cansada e com vontade de chorar. Gostaria muito de saber se poderia ajudar ela mas eu não podia arriscar um sofrimento maior para ela.

— Eu sei Senhorita Malfoy! Prometo não importunar você novamente eu apenas preciso saber se Dementadores podem falar.

Ela riu. Eu estava com a maior curiosidade e preocupação e ela riu.
Meus nervos formigavam de tanta raiva que fiquei e senti minha face corar.

— Depende Emily. Eles podem falar mas  poucas pessoas conseguem falar com eles. Geralmente eles apenas atacam as vítimas. Não há altos índices de conversas entre dementadores e outras espécies e eles somente se preocupam se vão ter mais pessoas para se alimentarem. Eu prefiro que você não tente dialogar com um. Pode ser perigoso.

Dito isso, ela fechou a porta me deixando sozinha naquele corredor de mármore, frio e escuro.

Um vento leve bateu em minhas pernas  e em meu rosto. Senti minha respiração lenta ficar veloz.
E se uma dementador estivesse tentando me dizer onde estavam meus pais? O que eles ganhariam com isso? Porque eles me ajudariam? Desci depressa para a o andar inferior onde ficava a biblioteca,precisava de um livro apenas de dementadores.

A biblioteca tinha mais livros do que seria possível num único Castelo, geralmente os títulos eram associados a algo perverso e mal. Percorri os olhos na estante de criaturas e achei um livro velho e grosso que ensinava como controlar um dementador e imaginei que pudesse me ajudar a entender eles melhor.

Corri para meu quarto o mais rápido que pude e desviei de alguns diabretes pelo caminho.

Ao entrar em meu quarto, deitei em minha cama e comecei a ler o livro, que tinha até um vocabulário específico para dementadores. Algumas páginas foram escritas por um nome comum que soava pelos corredores do Castelo como um lembrete: Tom Marvolo Riddle.

Examinando as páginas adormeci decorando o máximo que pude.