Tudo que cê levou a tempestade traz de volta
Gotas e gotas de chuva caindo
Lágrimas no chão caindo no abismo
Olho nos olhos eles são tão lindos
Café na mão e o desprezo assumindo
Com trovoadas me tira um sorriso
A nossa história já é um livro escrito-- Dias Chuvosos - VMZ x Babi x Lelo
...Ei Ei. Teste, som. CJ na área...
_VAI LEVAR ESSA MERDA DE LIXO LÁ FORA! - Minha mãe gritava furibunda por eu ter esquecido de levar há duas semanas.
Coloquei meu moletom amarelo de novo, puxei o capuz e fui correndo na chuva mesmo até o quintal da frente. Peguei todos os sacos que tinham, que eram uns 5 ou 6, e abri o portão de casa. Joguei todos de uma única vez assim que abri o portão para não pegar muita chuva, mas fiquei parado quando ouvi alguém murmurando, mas não ter ninguém ao meu redor. Girei 3 vezes no lugar e não vi ninguém, até levar um susto com um saco de lixo sair voando. Notei ser uma garota toda desarrumada e muito furibunda, sendo que já bastava a minha mãe.
_Caraca, não viu que tinha alguém tentando morrer aqui? - Ela disse limpando o rosto sem me olhar.
_Morrer? O que você quer dizer? - Perguntei intrigado.
_Claro, já tá insuportável isso de morrer de fome, morrer de frio, morrer sufocada e morrer sozin-- Ela estava à terminar, mas parou quando finalmente olhou para mim. Vendo ela mais calma, me espantei ao notar ser Isabella naquele estado, a garota mais fresca que conheço estar esmagada por um monte de lixo que inclui comida e caca de cachorro. - CJ? O que faz aqui?
_Eu moro aqui, idiota. O que VOCÊ faz aqui, em baixo de toda essa sujeira? - Respondi da forma mais grosseira que pude.
_Eu que te pergunto o por quê de eu estar em baixo disso tudo. - Ela disse furiosa, mas logo notei que ela estava aflita e envergonhada. Ela abaixou a cabeça para não me olhar nos olhos e refleti seriamente sobre a situação.
Ela me desprezou, me humilhou e zombou de mim por 3 anos junto com seus amigos. Toda essa história de eu ser um nerd começou por culpa dela. Não adianta, TUDO o que me aconteceu de ruim na escola foi culpa dela, sem exceção, desde o bolinho até o bolo de antes. Eu tinha duas opções: deixar ela ali para os urubus que viriam amanhã por causa da feira, ou levar ela para dentro e ajudar. Levando em consideração tudo o que eu disse antes, ficamos um longo tempo do lado de fora escutando e sentindo a chuva cair, enquanto o vento soprava friamente para longe meu rancor, como se fosse Yasmin e seu jeito de querer ajudar todos me respondendo o que fazer.
_Melhor entrar, deve estar com fome. - Digo tentando soar o mais simpático o possível, mas Isabella vira o rosto como se negasse que ajudasse ela.
_"Eu não quero e nem preciso de nada que venha de você. Te conhecendo bem, isso com certeza é falso, igual você." - Ela disse sem olhar para mim, mas não entendi o que ela quis dizer com aquilo. Apenas assenti.
_Beleza. Boa sorte pra você e seu projeto de mendiga. - Digo antes de entrar e trancar o portão. Ela nem tentou me impedir, apenas me olhou feio. Minha parte eu fiz, se ela não quis, problema dela. Voltei para dentro e minha família já estava comendo alguns mistos quentes.
_Demorou. - Disse minha irmã com metade do sanduíche na boca.
_Tinham muitos lixos. - Digo sinceramente enquanto pegava um sanduíche da travessa e comia.
Terminamos de comer e ficamos conversando na mesa, até a campainha tocar e nos fazer parar. Como todos já tinham tomado banho, com exceção desse nobre jovem sujo de lixo que vos fala, fui até o portão e atendi, já tendo em mente quem seria.
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A Popular e...Aquele Cara Lá
Romance"-Existe alguma vantagem em ser o nerd esquisito? -É que você se acostuma com esse gosto amargo da vida." Um conto romântico cliché que conta a história de um nerd mal compreendido, CJ, e a patricinha mais popular do colégio chamada Isabella. CJ...