Por Toda a Eternidade - Livro 1

Capítulo 1 - Isso não pode estar acontecendo.

- Mirelia, seu pai está perguntando por você filha. - a rainha bate na porta delicadamente - Você está aí?

Ela caminha à passos silencioso para não acordar sua filha, e chegando perto da cama nota uma coisa bem estranha: que não é a princesa dormindo na cama e sim um monte de colchas e cobertores em seu lugar.
- Mas, onde será que essa menina foi? Tereza, por favor, vai e encontre a minha filha e a traga para mim. O mais rápido possível.

- Sim majestade, com sua licença.

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- Circe, mais rápido, eu quero chegar a tempo para o festival no vilarejo, e não vejo a hora de experimentar aquelas frutas vermelhas de novo.

No vilarejo de York, no Reino dos Demônios, a cada uma vez no ano se comemora um festival que só os aldeões participavam. A realeza por algum motivo não podia, essa era a regra.

Então, Mirelia sempre saia escondido do castelo e se vestia de uma simples aldeã e participava de todas as atividades. Antes da 00:00, o mais esperado era os fogos de artifício.

Logo depois, ela ia embora antes do amanhecer.

Ela estava muito feliz pois soube por sua amiga Amber que esse ano foi tão produtivo que todos estavam fazendo ótimos negócios e lucrando bastante.

- A sua mãe não irá descobrir que nós saímos de fininho? - pergunta Amber curiosa - Por que da última vez nós ficamos de castigo durante 2 meses e meu pai ficou muito zangado e quase me proibiu de voltar a sua casa.

- Não pode ficar tranquila, ninguém vai descobrir - diz Mirelia dando de ombros - então vamos aproveitar.

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- Majestade, tenho más notícias, não a encontramos.

- Tudo bem, fique tranquila e atenta, agora ela já passou dos limites. Terei uma conversa com o pai dela e ela verá o castigo que a aguarda.

Dito isso, foi até a sala do trono conversar com o rei, que por sorte concordou com ela.

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Depois de chegar de madrugada, ela estava totalmente esgotada. Foi direto pra cama, só que quando chegou na porta do seu quarto ele se abriu e de lá, sua mãe estava a sua espera.

- Você demorou muito dessa vez, quase dormi na sua cama, está na minha hora querida durma bem - ela se aproximou e deu um beijo em sua testa e foi até o quarto.

Alguma coisa estava errada ela sentiu, mas estava muito cansada pra pensar em que havia se metido.

De repente, ela acordou no susto com uma luz forte no seu rosto. Sentou na cama e logo depois foi até o banheiro e voltou no quarto.

Em um manequim havia um vestido lindo, todo feito a mão. Seus olhos estava brilhando de alegria, então ela se lembrou de uma coisa: Alguma coisa estava errada.

- Com licença princesa Mirelia, a sua mãe me pediu para te avisar que a senhorita tem um compromisso importante hoje e a senhorita deve usar esse vestido, com licença.

- Típico - pensou ainda admirando o lindíssimo vestido que provavelmente era o mais delicado que ela havia visto em toda a sua vida. - Vou pedir para Perséphone me ajudar a me arrumar.

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Mais tarde naquela noite...

- Perséphone não quero ir aquele jantar, e eu nem sei se quero ir... tô com muito medo e se ela me obrigar a casar com um daqueles velhos da corte. Não eu sou muito nova pra ser brinquedo pra um homem que deve ter idade pra ser meu avô! - diz desesperada e andando em círculos. - Eu vou fugir! Que horas são? Ainda dá tempo de fugir?

- Se acalma, se você não parar agora é possível que com toda essa volta, você abra um buraco no chão então senta e relaxa. Não é como fim do mundo - Perséphone cobre a boca rindo - Se ele for um príncipe? Tipo, eu até te entendo e tal, mais dá uma chance pra ele, você nem o conhece pra odiar lo. Mais de você não sentir nada por ele, joga limpo, não brinca com ele não, não faz o que fizeram com você no passado.

- Perséphone, espera...

E assim ela saiu do quarto, chateada e quase chorando, Perséphone estava muito triste. Ela não queria que isso, de novo não.