Caio surgiu logo atrás de Valfey e passou na frente deles logo abraçando e beijando Larissa, Valfey separou os dois e espantado perguntou:
- Mas que porra é essa?
- Eu precisava de vários espiões para cuidar da vida dos elementais, e nada melhor do que uma que soubesse de todos os detalhes da vida dele. – Caio abraçava Larissa. – A propósito, seu nome é Camille, e ela pertence ao clã de lótus.
- Sim, prazer Valfey, sou uma grande admiradora de seus poderes.
- Certo obrigado. – Valfey passou a mão na cabeça que estava deixando de ser careca. – E a criança?
- Aquela menina estúpida e mimada?
- Efeito colateral. – Caio continuou. - Sorte que o Mateus não percebeu que a filhinha dele parecia mais comigo do que com ele.
- Ele nunca te engravidou Camille? – Perguntou Valfey.
- Sim, mas sempre abortei, não queria gerar uma criança com o sangue dele.
- Precisaremos que nos conte as fraquezas dele.
- Afaste-o da água e ele não vai ter como se regenerar e nem truques na manga, isso é bem simples.
- Sabe que ele virá atrás de nós em busca de sua amada esposa Larissa. – disse Valfey
- Estaremos esperando por ele. – Caio completou.
- Agora vamos, o idiota do Portein provavelmente está morto agora, quem diria que os dois Elementais apareceriam. Sorte que eu consegui fazer uma barreira de materialização ao redor da casa.
Valfey deixou o salão em que ambos estavam e entrou mais uma vez no corredor coberto por estatuas no qual dava ao grande salão de encantamentos. Mais uma vez ele encontrou o rapaz que sonhava ser um necromante ao seu lado e ele perguntou ao jovem rapaz.
- Bom, em breve nós faremos aquele encantamento de novo. Quero que você assegure de que todos os preparativos estejam montados e dessa vez usaremos uma mulher. Você tem dois dias para conseguir tudo, preciso que ela seja ruiva e bonita.
- Sim senhor, trouxe a minha avó e um ladrãozinho de merda.
- Vejamos. - Valfey entrou no salão acompanhado do seu seguidor e se deparou com uma senhora muito debilitada. – Senhora, levante-se e caminhe na direção do homem que esta amarrado na sua frente.
A mulher caminhou na direção dele, Valfey sacou um punhal de seu bolso e cortou a garganta do ladrão. Em seguida ele forçou a velha a beber todo o sangue, depois ele proferiu algumas palavras inaudíveis e o corpo do homem queimou e foi virando cinzas, a velha se sentia melhor.
- Menino, esqueci seu nome rapaz. – O jovem chorava de felicidade enquanto se aproximava dele com sua avó que aparentava estar bem melhor. – Leva a velha daqui e tire ela do transe, depois ela vai se sentir melhor e achar que foi curada pelo pastor dela ou seja la o que for que ela acredita. Agora me deixe descansar e não esqueça de seus deveres.
O Jovem deixou o salão a passos rápidos e muito feliz, quando Valfey sussurrou pra si mesmo. "essa não dura quase tempo nenhum, quando a abstinência de sangue.
Caio entrou na sala rindo, e falou.
- Fez mais um vampiro sem poderes?
- Sim, essas curas milagrosas que as pessoas buscam, mas é preciso mais sacrifícios que a vida de um misero humano. Não vamos nos estender nisso. O Elemental vem em breve e nós devemos estar preparados e com isso podemos usar uma mulher parecida com Camille para que ele pense que ela está morta.
- Ótima idéia, já mandou o moleque arrumar alguém?
- Já sim, vai durar o tempo que a vó dele tem de vida, em três dias não precisaremos dos serviços desse puxa saco.
- Camille entra na sala e Valfey observa algo que não tinha visto, seus cabelos todos encaracolados e os braços cobertos por tatuagens, símbolos das mais variadas culturas e clãs, e quando todos se encontram na região do peito é possível ver uma flor de lótus enorme logo acima dos peitos ilimunada como se fosse a triunfante de todas elas.
- Vejo que sua namorada é uma Bruxa poderosa na ordem de Lotus.
- Sim, já foi feito o ritual da fertilidade no clã e ela foi a sarcedotiza escolhida.
- Vamos conversar mais na fortaleza.
Caio, Valfey e Camille desapareceram do salão vazio.
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O Elemental
FantasyMeu primeiro livro, escrito quando eu tinha 23 anos, em 2015. O livro não passou por revisão. Um mago elemental é o responsável por regular a paz nas ruas do Rio de Janeiro.