O começo.

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Estamos em 1950.

Meu nome é Thainá e viver um romance proíbido nessa época, era aterrorizante. Mas eu não me importava, o meu coração queria viver todo o amor a ele merecido. Nós precisamos disso, de amor, nem que seja o próprio, não é?

Tudo começou em 21 de abril ...

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- O seu pai sabe que estamos aqui, Laerte? - Eu perguntei, estava aflita, não queria que ninguém me visse naquela situação.

- Ora, pare. Está comigo, não há problema. - Ele me consolou.

- Para você não, mas para mim... Bom, eu não quero nem pensar, se o meu pai son...

- Calma, nha. Que chatice, venha logo. - Ele interrompe e me puxa para si.

Eu e o Laerte trocamos cartas e ficamos a alguns meses na escola, uma vez me chamou para conhecer a sua casa, uma enorme mansão no centro da minha pequena cidade. A família dos Ararunas eram muito conhecidas. O Laerte era filho do Dr. Gilberto e da Sra. Rosa, pessoas muito influentes no nosso meio.

- Nha, acorde. Venha comigo, não tem ninguém aqui. - Sedo, e entro.

- Ora, Laerte. Se não há ninguém, com que intenções me chama até sua casa? - olho para ele com uma sombrancelha arqueada.

- Eu queria ficar a sós com você, é que... Bom, suas amigas - interrompo-o

- Tudo bem, eu já entendi - Rimos, enquanto andamos pela casa.

Tudo era muito lindo e limpo. A sala era enorme, com um enorme lustre no meio o que tirava toda a atenção do resto da decoração impecável.
Fomos até a cozinha, logo uma senhora de avental adentra a cozinha pela porta dos fundos.

- Sr. Laerte, deseja alguma coisa? - Ela pergunta passando um paninho na mesa.

- Não, e você Nha?

- Obrigada, mas não.

Saímos da cozinha em direção ao jardim, o qual tinha muitas árvores frutíferas e uma enorme piscina. Meus olhos brilharam, era tudo muito lindo.

- Laerte, é tudo muito lindo, mas eu ainda não entendi o propósito disso tudo.

Ele me olha, me analisa, pensa um pouco, parece meio perdido.

- Nha... Eu queria que conhecesse meus pais. Como minha namorada.

- O que? Está doido Laerte? Apenas trocamos cartas e poucas palavras, tudo bem já nos beijamos, mas foi pouquíssimas vezes, eu gosto muito de voc...

- Pare! Olhe para mim... Eu a amo, sua doçura, eu amo seu sorriso Nha, sua timidez, as batidas do seu coração todas as vezes que nos beijamos... Ah, tudo isso. - Ele encosta em mim, me abraça, e me dá um beijo na testa. - Eu vou esperar o tempo que for preciso, Nha, quero viver esse amor com você. Pense com carinho.

Eu não respondo, apenas sorrio e confirmo com a cabeça.

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Já era tarde quando fui para casa, estava preocupada, o meu pai, meu Deus o meu pai! Ele vai me matar, que tipo de moça sou eu que perambula tarde da noite por aí. Já consigo ouvir seus discursos. "Enquanto estiver sob meu teto vai chegar cedo em casa... O que falariam de uma moça que chega tarde em casa na sociedade!! São aquelas amigas suas, não são?!!"

Eu não o culpo, meu pai teve uma vida difícil, assumiu compromisso às pressas por que engravidou minha mãe, e não queria o meu avô descobrisse, mas falhou, e tanto ele quanto ela foram por muito tempo julgados e afastados. Então ele tenta fazer tudo diferente comigo, ele só quer o meu melhor, sou grata por isso.

Interrompo meus pensamos quando chego até minha casa. É uma casa pequena, com algumas plantinhas na frente, uma janela e uma varanda com rede. Respiro e adentro.
Tento fazer o máximo de silêncio mas meu pai estava na cozinha, com seu café na mão e me olhando estranho.

- Desculpa. - murmuro.

- Ta tudo bem, vá deitar, está tarde. - Ele diz um pouco cabisbaixo. Boa noite

- Boa noite, pai. - Vou para meu quarto e logo pego no sono. Amanhã será um dia e tanto.


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Oi!! É a minha primeira história, eu estava com tudo pensado mas me deu um certo bloqueio, vou me dedicar ao máximo para que saia como estou planejando. Lá vamos nós 😁

Para Sempre VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora