Capítulo 2.

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LAERTE

Talvez eu devesse tomar mais cuidado com as minha palavras e até, meus sentimentos. A Thainá ficou surpresa com o meu pedido, mas por que haveria de ficar surpresa, ela já havia se declarado para mim antes, não com todas as palavras, mas eu já sabia dos seus sentimentos por mim. Eu nutria sentimentos por ela desde muito novinha, sempre fora a mais determinada e queria tanto terminar seus estudos e iniciar uma faculdade, para assim dar uma vida melhor para seu pai. Eu me orgulho tanto da minha menina.

Naquele sábado eu havia planejado ir até a casa dela e conversar com seu pai, o dia se passou tão devagar porque quem sabe o tempo tenha visto a minha angústia em que certo horário se aproximasse, e talvez quisesse me castigar. Quando chegou eu imediatamente sai de casa, lembro-me pouco da localização da sua casa, mas pedindo algumas informações consegui chegar.
Eu bati na porta mas ninguém atendeu, então pela longa caminhada que fiz, não deixei que meus esforços não valessem a pena. Me encostei um pouco em uma das madeiras que seguravam o telhado da varanda e a esperei.

Tão depressa ali entretido com meus pensamentos o horário voou e já era mais de Seis da tarde. Onde estava Thainá?

Pensei até em ficar preocupado, mas antes de interromper meus pensamentos eu a vi, poucos metros de mim abraçando um rapaz, mesmo de longe pude ver a forma que ela e ele sorriam, pareciam até namorados. Aquela cena me deu uma ânsia e o meu estômago revirou, minha boca falou mais rápido que o meu raciocínio e eu a chamei.

-- Thainá!  -- Depois de perceber a burrada que fiz, em interrompe lá no seu momento feliz, dei as costas e com passos largos fui me afastando, ouvindo seus berros atrás de mim.

-- Laerte! Espere! Por favor, eu não consigo correr mais, um momento, Laerte! -- Ela grita com a voz trêmula e nitidamente embolando as palavras.

Eu paro e espero chegar até mim, ela para na minha frente e abaixa a cabeça arfando, para recuperar o fôlego.

-- Está bêbada? -- Eu pergunto levantando seu rosto.

-- Não, eu estav... Sim, estou. Mas não o que está pens...

-- Esta bêbada, Thainá. Estava bebendo com um homem! O que quer que eu pense? -- Afasto um pouco dela e a vejo com dificuldade de suportar o próprio peso.

-- Laerte, eu estava com as meninas eu juro, o José apenas me ajudou.

-- Eu consigo imaginar que tipo de ajuda. -- completo.

-- Você esta me ofend... -- Ela faz menção de cair e eu a seguro. Não a deixo falar mais nada.

-- Venha para casa. -- Eu a levo, adentro seu quarto e a deito na cama.
Eu sento ao seu lado enquanto ela confere os travesseiros. -- Eu acredito em você. -- digo, ainda com raiva, mas sincero.

-- Obrigada, Lá. -- ela alisa meu rosto. -- Voltando pra casahoje, eu fui atacada -- ela fala com um pouco de dificuldade.

Meu coração acelerou e o meu sangue já fervia, só de imaginar que tipo de monstro teria falto alguma maldade com ela.

-- Um homem, ele tentou me beijar a força, e eu não sei o que teria sido de mim se o José não tivesse aparecido. -- ela continua. -- Eu sei o que pensou mas perdoe-me, sei que errei por estar embriagada e já tarde, as meninas me chamaram e eu... -- Não a deixei terminar, e apenas a beijei. Meu coração doeu por ouvir dela que havia errado, ela não tem culpa de nada.

Ao mesmo tempo em que me preocupava pelo que ela havia passado, eu me sentia egoísta por achar que eu deveria ter a salvado, e não ele.

Alisei seu lindo rosto até a ver pegar no sono, dei um beijo em sua testa e a deixei lá.
Fui para casa um pouco triste por tê-la deixado só, e aflito pelo ocorrido. Meu corpo clamava por um banho, para aliviar toda tensão dos meus nervos, e assim o fiz.

Logo após deitei, e os pensamentos me consumiam, mal preguei o olho a noite.

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Quase não sai hein. ✔️

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⏰ Última atualização: Jan 27, 2020 ⏰

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