O Popular e o Badboy

Hamster Humano

Fazem exatos uma semana depois daquele "Acidente" na sala de detenção e eu estou exausto, pois os meus melhores amigos no momento é ansiedade e insônia. Como fui cometer um erro tão estúpido?! Para todo lugar que eu vou, eu penso nisso, será que eu tô amaldiçoado?

Destruído, é uma palavra que se encaixa exatamente comigo no momento. Na escola eu não falo, olho, ou faço qualquer contato com o Black, é um pouco difícil já que aquela desgraça tá na mesma sala que eu, meus amigos até estranharam isso, tenho pedindo para uns dos meus amigos pegarem as minhas coisas, já que meu armário é do lado do Black.

Mas de algum modo eu estava com sorte, a pessoa que tinha entrado era só o zelador, depois que ele entrou a minha cabeça voltou a funcionar, então eu peguei as minhas coisas e saí na velocidade da luz da li,quando cheguei em casa, o meu pai não tinha chegado. Eu juro, que eu ouvir um coro atrás de mim cantando glória deus, minha mãe me repreendeu mas não contou nada para ele, eu até tentei estudar mas eu acabava pensando naquilo, então tinha desistido e acabei que dormir.

—Rain, Quer jogar verdade ou desafio? — Uma garota me perguntou, ela certamente estava tímida.

—Não obrigado, estou com uma dor de cabeça enorme. — Fiz uma careta e ela riu.

—A-a desculpa. — Ela fez uma breve referência, e saiu correndo para um grupo de amigos

Por que tanta dificuldade para falar comigo?

Suspirei pesadamente e apenas deitei minha cabeça na mesa, eu não estava mentindo eu realmente tô com uma puta dor de cabeça. Aquele aula era de matemática, mas pelo o que parece a professora sofreu um acidente.

Então, esta sala está uma bagunça. Bom pelo menos eles não estão me incomodando, isto é bom.

—Rain, tem um garoto aqui querendo falar com você.

Puta que pariu velho, vai a merda!

—Estou indo aí. — Sorrir forçado e fui até lá, o garoto que tinha me avisado foi embora assim que cheguei lá.

Era um garoto pequeno, seu cabelo era loiro, não conseguir ver seu rosto claramente, porque ele estava de cabeça baixa, seu uniforme era impecável, me surpreendeu já que eu acho que sou o único que vem com o uniforme corretamente.

—O que você veio dizer? — Perguntei me apoiando na parede.

—B-bom, e-eu... — Ele aparentemente estava envergonhado, ou é medo? — D-desculpa eu e-estou nervoso. — Falou ainda de cabeça baixa.

—Não se apresse, tenho o dia todo, na verdade eu tenho... — Olho o meu relógio no pulso — tenho meia hora. — Rir divertido, na verdade eu quero que ele vá embora! De certo modo o que eu disse relaxou ele, e ele levantou a cabeça.

—Wow. — Foi a única coisa que eu conseguir dizer.

Ele usava um óculos redondo, as bochechas dele eram gordinhas, os olhos pareciam de um gatinho, ho meu Deus eu quero muito apertar as Bochechas!!!

—Eu q-queria pedir desculpa! — Falou tão rápido que eu quase não tinha entendido.

—Pelo o quê exatamente?

—F-foi eu! — Disse ainda mais alto que antes.

—Você...? — Falei mais confuso.

—O-o c-colar... Foi e-eu. — Demorou alguns segundos para eu processar o que ele quis dizer.

E em alguns segundos, toda aquela admiração pela sua beleza, foi substituído por raiva, muito raiva. Se não fosse por aquele colar ridículo, aquele "acidente" não teria acontecido!! E eu não iria ficar nesse estado que eu estou! EU ESTARIA PSICOLOGICAMENTE BEM!

Respirei fundo três vezes seguidas para me acalmar, se não eu ia socar essa cara incrivelmente fofa!

—S-se você quiser me socar t-tudo bem, eu mereço. — Baixa a sua cabeça aperta a sua camisa com força.

NÃO ME FAÇA TER PENA DE VOCÊ CARALHO!

—E-eu já falei p-para o professor, s-sinto muito p-por qualquer p-problema que tenha t-te causado, ele já me d-deu um c-castigo. — Sua cabeça ainda estava baixa.

Por acaso ele é gago?

—Pelo visto já te deram a punição, não faria sentido se eu te batesse a essa altura do campeonato. — Usei todo o meu auto-controle para rir no momento como esse.

—E-eu realmente sinto muito p-pelo o que eu fiz! — Faz uma reverencia rapidamente.

—Vocé é gago? — Essa pergunta escapou da minha boca, no mesmo estante eu tampo minha boca.

—Não, so estou m-muito nervoso, s-sinto muito. — Falou fazendo uma reverencia.

—Não precisa se desculpar por isso, você já pode ir para a sua sala se já falou o que tinha para falar, a gente resolve isso direito na secretaria depois, ok? — Falei sorrindo gentil para ele.

—Certo, v-você foi muito compreensível, o-obrigado. —  Fez mais uma reverencia e foi embora.

Acho que é a décima vez que eu suspiro no dia, por causa disso minha cabeça está latejando agora! Com resultado disso eu no momento estou indo para a enfermaria, na velocidade de um caracol, mas estou indo. Eu bato na porta da enfermaria, mas ninguém me atende, então resolvo entrar por eu mesmo.

—Com licença... — Procuro por alguém, mas não vejo ninguém.

Vou até uma prateleira de remédios, tentando procurar algo para curar minha dor de cabeça, acho uma pirola que acho que é para dor de cabeça.

—Bom, como o velho ditado diz, se não matar engorda. — Tomo e vou direto para a uma das camas que tinha na enfermaria e tento dormir por alguns minutos.

—Vai me dizer que passou a noite estudando Sr.Perfeito. — Sinto um peteleco na minha cabeça e abro os meus olhos.

—O que faz aqui Black? — Pergunto sério.

—Vim cozinhar aqui, não tá vendo? — Seu tom de voz era o mesmo de sempre, sarcasmo.

—Vai se foder. — Minha paciência com Black já tinha se esgotado.

—Tá nervosinho é? — Em resposta, jogo o travesseiro na sua cara — Ok, parei. — Senta em uma cadeira que estava do lado da cama e me observa por longos segundos.

—Virei televisão para ficar me encarando? — Pergunto levemente constrangido, mas com raiva.

—É divertido te provocar. — Fala dando um sorriso — Como foi falar com o hamster quatro olhos? Se resolveram? — Falou como se não quisesse nada, mas aí tem coisa.

—Como você sabe dele?

—Tu acha que ele chegou em você porque tava arrependido? — começou a rir como se fosse a piada do século e eu fiquei sério olhando para ele — Tu achou mesmo isso?! — Falou e ele começou a rir ainda mais.

—Vai a merda. — Com o tempo ele parou de rir e começou a me encarar de novo — Que foi?

—Você vai querer me beijar ou eu vou ter que te provocar mais? — Falou dando um leve sorriso, e eu simplesmente ignoro isso — Tá se fazendo de difícil é? Só para lembrar foi você que começou — Fala e logo em seguida sobe em cima de mim e se aproxima do meu rosto.

VAI A MERDA SEU GÂNGSTER DO CARALHO.