Capítulo I

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Era fim de ano, faltavam apenas cinco dias para o natal. O comércio estava lotado, todos estavam focados em comprar os presentes perfeitos. Pessoas corriam de um lado para o outro, indo de loja em loja.

Louis estava andando pela rua, alheio a toda aquela agitação. Tinha acabado de deixar seu escritório, estava cansado. O dia tinha sido muito corrido, ele não aguentava mais ler e assinar papéis. Não via a hora de chegar em seu apartamento.

Com a movimentação do comércio, ele foi obrigado a parar longe do trabalho, tendo que andar alguns quarteirões até o seu carro.

A rua onde tinha estacionado estava tranquila e deserta, o fazendo andar mais rápido, querendo chegar logo ao seu objetivo.

Ele parou ao lado do carro, pegando as chaves do bolso. E em menos de segundos, seu corpo foi empurrado com força contra a lataria, ele não pode conter o gemido de dor e surpresa.

" Não se mova, apenas me entregue a carteira e o celular." Louis sentiu o toque metálico em sua nuca, o fazendo arrepiar de medo.

Ele sentiu seu corpo travar e seu coração acelerar, o suor frio começou a escorrer. Por mais que quisesse entregar o que lhe era pedido, ele não conseguia reagir.

" Eu só tenho dez dólares na carteira, e meu celular está todo rachado e quebrado. Tem certeza que os quer?" Louis disse sussurrando de medo.

" Eu não te perguntei nada seu babaca, vamos logo com isso." O bandido disse exaltado e com pressa.

Ele levou as mãos trêmulas até o bolso da calça, tirando a carteira e o celular juntos.

Ele estava prestes a entregar os objetos quando ouviu o som de uma arma destravar.

" Largue a arma e solte o refém." Uma segunda voz, mais grossa e profunda surgiu em suas costas.

Louis sentiu o cano se distanciar de seu pescoço, o que o fez respirar mais aliviado. Ele se virou e viu um cara alto com farda da polícia apontando sua arma para o bandido, que já se encontrava rendido.

"Essa foi fácil." O policial deu um sorriso infantil antes de voltar a ficar sério." Me entregue sua arma e venha comigo até a viatura, não tente reagir." Ele se agachou para colocar as algemas no garoto assim que o mesmo largou a arma. " Primeira vez?" O cacheado perguntou para o mesmo, que apenas concordou com a cabeça. " É menor de idade?" O rapaz balançou a cabeça novamente. " Okay, irei te levar a delegacia, farei uma denuncia e você será levado até uma das fundações para menores."

Louis observou o policial andar com o ladrão até a viatura que não estava tão longe deles. Logo ele retornou até o moreno.

" Senhor, sei que está nervoso, mas peço que me acompanhe até a delegacia para abrir um boletim de ocorrência contra o menor, se quiser vir comigo na viatura, eu lhe trago até seu veículo ao fim do meu expediente, seu depoimento é necessário, mesmo que não tenha muito a se dizer" Ele disse de forma mais simpática.

Com toda certeza não estava em condições de dirigir, então ele seguiu o maior até a viatura.

" Me desculpe civil, eu não perguntei seu nome." O cacheado disse ao entrar no carro.

" Louis Tomlinson." Ele viu a expressão do cacheado mudar de seria para risonha.

" Olá garoto fujão." Ele riu do de olhos azuis." Sou o agente Styles, Harry Styles."

O carro ficou em silêncio após aquilo, apenas andando pelas ruas movimentadas de Londres. Louis estava tentando assimilar as novas informações, o cara ao seu lado não podia ser o garoto vampiro da arquibancada, apesar de ainda ser muito branco, não era mais aquele garoto magricela que ele se lembrava, estava muito mudado.

" Chegamos senhor Tomlinson, por favor, siga em direção a recepção enquanto eu levo o mão-leve em direção a sala de detentos menores de idade. Lhe encontro em alguns minutos." Harry puxou o garoto do banco detrás o guiando para dentro da delegacia.

Louis tentou se recompor e parecer apresentável, caminhou até a recepção se sentando junto as pessoas que alí se encontravam.

Depois do que pareceu uma eternidade, Harry retornou com vários papéis em mãos e o chamou até a sua sala, que era mais ao fundo do estabelecimento.

E Louis estava ferrado, como aquele garoto que conheceu a tanto tempo atrás podia ser aquele homem gostoso dentro de uma farda.

Pelas luzes do universo, ele não conseguia focar no fato de que quase levou um tiro de um assaltante novato, e sim no fato de um cara super lindo, com um cabelo maravilhoso, olhos brilhantes e perfume viciante estava sentado em sua frente, em uma farda que ficava perfeita em seu corpo agora desenvolvido.

Ele tentou se conter, se repreendendo em sua consciência, se sentou em sua frente cruzando os braços sobre o peito, a noite seria bem longa.

YoursOnde histórias criam vida. Descubra agora