Bônus: A calça

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Notas da autora: Oie amores! Como estão?
Esse é um dos primeiros capítulos bônus dessa história! Eles serão curtinhos, coisas corriqueiras de casal do Jotaro e do Kakyoin.

Espero que vocês gostem <3


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— Jotaro, eu quero o divórcio. - Kakyoin cruzou os braços, sentando na poltrona da sala com seu melhor semblante irritado. Eu apenas ri e voltei a observá-lo. — O que deu em você pra comprar isso? — Apontou para minha calça e eu suspirei.

Yare yare daze.

— O Polnareff me disse que era moda. — Ele revirou os olhos, se levantando e indo em minha direção.

— Eu vou matar o Jean! Que espécie de melhor amigo faz isso com o outro?

Haviam se passado dez anos desde que nos casamos, mas eu sentia como se estivéssemos juntos a poucos meses. Quando tudo aconteceu, eu tinha uma noção completamente diferente a respeito de como seria nossa relação; sempre fantasiei com coisas baseadas em nosso namoro no Egito, e obviamente não foi nada do que pensei.

Não que isso seja ruim, muito pelo contrário; Kakyoin é meu grande amor e estar com ele é uma das grandes realizações da minha vida. Entretanto, casamento não é fácil como se vê em filmes ou novelas.

E eu sabia muito bem disso, afinal, aquele era o segundo.

Yare yare daze.

Ele e eu somos completamente diferentes em diversos aspectos e acabamos nos transbordando assim, estar com meu grande amor todos os dias é muito mais gratificante que pensei. Porém, assim como qualquer pessoa: Meu marido tem suas manias e algumas delas fui aprendendo a digerir com o tempo.

Nós envelhecemos bem juntos, viajando, estudando, se aventurando e criando Jolyne da melhor forma possível, raramente brigamos e temos problemas um com o outro.

Exceto hoje.

Uma das faces de Noriaki é viciada em moda e escuta Madonna com frequência enquanto cozinha, uma das particularidades desse homem cheio de peculiaridades que é meu esposo. A parte da música nunca me importei, principalmente por ser agradável vê-lo cantando like a virgin pela manhã; porém, a parte fashionista...yare yare, me causa problemas.

Precisei ir a França em um Congresso de Biólogos Marinhos, passei aproximadamente duas semanas ali em companhia do Polnareff. Kakyoin insistiu para que ele me acompanhasse em algumas lojas, o deixando na responsabilidade de vigiar as roupas que eu fosse comprar.

Realmente achei que havia dado certo, até retornar para casa hoje e ouvir suas reclamações sobre a calça de cobra da gucci que comprei.

Yare yare Kakyoin, é só uma calça! — Exclamei, me encostando na batente da porta enquanto ele me observava por cima das lentes do seu óculos.

— Isso não é uma calça. — Suspirou e se levantou da poltrona. — É uma monstruosidade.

Eu ia me defender, porque realmente havia gostado daquela roupa. Mas antes que pudesse falar algo a meu favor, a porta da sala foi aberta. Lá estava ela com seus 17 anos, cabelos tingidos de verde e seu fone de ouvido no último volume.

Assim que nos viu daquela forma, parou a música, foi para o lado de Noriaki e repousou o braço no ombro do meu marido.

— Papa, se você me disser que comprou isso pra ele nunca mais te deixo escolher minhas roupas. — Jolyne disse, indignada.

— Você acha mesmo que eu faria uma atrocidade dessa, minha borboleta? - Kakyoin respondeu em um tom incrédulo.

Yare yare, só essa que me faltava.

— Graças a Deus. — Deixou um beijo no rosto de Noriaki e chegou perto de mim, me dando um beijo no rosto. — Pai, te amo...mas isso é horrível. — Antes que eu pudesse retrucar, caminhou em direção ao quarto.

Ele cruzou os braços, erguendo a sobrancelha em seu melhor rosto de "eu tenho razão", e eu sabia muito bem que esse seria o discurso por umas longas horas até me convencer a não usar aquela roupa.

Yare Yare, isso é um complô. — Kakyoin se aproximou, lançando seus braços sobre meu pescoço. Segurei em sua cintura, trazendo para mais perto de mim.

— O que posso fazer se a Jojo tem bom gosto? — Deu de ombros, com um sorriso nos lábios. — Tudo bem, se você gostou dessa...dessa...— Suspirou, fechando e abrindo os olhos antes de continuar. — Atrocidade, posso aceitar e meu coração continuará aberto.

— Obrigado. — Beijei sua testa e acabei rindo, junto a ele. — Vamos, estou um velho de 45 anos muito estiloso.

— Mesmo com essa calça horrível, você sempre será lindo pra mim. — Deu um pequeno sorriso de canto e continuou. — Além disso, ela deve ficar ótima no chão do nosso quarto.

Não havia mais nada a ser dito, apenas o segurei mais próximo a mim e o beijei.

Talvez Kakyoin ainda implicaria com a minha calça ou com qualquer outra coisa, mas de qualquer forma, ele continuará sendo o amor da minha vida. Entre diferenças e semelhanças, tenho certeza que esse homem entre meus braços não apenas me completa, como me transborda.


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Notas finais: Eu tenho muito o headcanon do Kakyoin lindíssimo, formado em Arte, fã de Madonna e fashionista. E também acho que ele teria odiado aquela calça horrorosa da parte 6! hahahaha


Espero que vocês tenham gostado <3
Logo trago outro bônus pra cá!

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