O alfa

O alfa episodio 2

-Meu nome é Landon, eu sou um alfa, e você definitivamente não está sonhando - falo virando para ela fazendo com que minha orbes esverdeadas ficassem em um tom de vermelho escuro

-Já sei, eu morri e fui pro inferno - ela fala com a mão na testa, essa Humana é complicada mas bonita, mais bonita que as lobisomens que existem aqui. Tinha algo em específico que me chamava atenção na mesma

-Não, ainda não - falo parando pois chegamos na minha alcateia, era uma espécie de casa, não muito grande mas o suficiente para todos viverem confortavelmente. Apenas matilhas mais reconhecidas e com alfas que passaram por rituais tinham poder o suficiente para ter a melhor vida nesse lugar

-Entao aqui que você mora? - ela fala com uma cara de nojo, me fazendo a olhar com a sobrancelha erguida

-Sim, algum problema? - pergunto

-Nenhum, então vamos entrar na sua toca - ela fala revirando os olhos, já estava começando a ficar sem paciência de novo. Ao entrarmos fomos recebido com vários olhares de meus companheiros, todos pareciam curiosos e extremamente confusos, talvez pelo cheiro que ela emanasse ou por ser uma fêmea

-Quem é essa? - perguntou Clarke com curiosidade ainda nos ditando

-Essa é a minha noiva - falo com um sorriso vitorioso em meus lábios

-Ei, moço a gente nem se conhece, em que ano acha que a gente está? Já é século vinte e um, eu me escolho com quem vou casar - ela fala emburrada e irritada. Aquele discurso dela era extremamente esquisito, nunca havia conhecido um humano antes, talvez a realidade deles fossem diferente, mas essa era a nova realidade que a mesma se encontrava e teria que se acostumar

-Humana, já disse que você não tem escolha

-Peraí Humana? - ethan pergunta se levantando do sofá surpreso com minhas palavras, ele parecia indignado e irritado pelo fator dela ser uma humana

-Ei, mostre mais respeito a sua rainha, nada fala contra eu casar com uma Humana, apenas preciso cumprir o ritual - falo fazendo ela sorrir

-Rainha, até que eu gostei disso, mas eu não vou casar com você - cruzou os braços com a voz firme tendo plena certeza de suas palavras

-Ela é sempre chata assim? - pergunta Rafael a observando de cima a baixo. O que a garota tinha de bonita, ela tinha de chata

-Eu sou sua rainha, então cala boca súdito - ela fala com um sorriso vitorioso e Rafael se levanta revoltado

-Todos se acalmem, eu preciso conversar com a Humana - digo já irritado com toda aquela situação

-Eu tenho nome sabia - ela responde me fazendo dar de ombros com tal contestação

-Só me segue Humana - falo andando e entrando no meu quarto e fechando a porta para que os outros não se intrometessem, afinal era algo particular

-Hope - ela fala

-Hm? - fico confuso com aquilo de repente

-Meu nome é Hope - ela fala se sentando na minha cama...Hope, era um nome lindo, combinava com ela. Significava esperança, talvez ela fosse a minha de finalmente seguir meu destino - Interessante, pensei que vocês dominam no tapete ou algo assim - ela debocha

-Humana, eu preciso fazer um acordo com você. - falo sério me sentando ao lado dela, ignorante os outros comentários que a mesma tinha feito

-Fala

-Você está presa aqui, você não tem segurança, qualquer lobisomem pode te matar aqui, se você casar comigo ninguém nunca encostara um dedo em você, você será rainha do meu bando

-Isso é interessante, mas como funciona pra nós nos casarmos?

-Precisa ser lua cheia, seu sangue e meu sangue, e de quatro outras matilhas em uma celebração pra eu ter o poder sobre eles, e por último o selo final

-Selo final é tipo nos transarmos? — sua voz era de extrema indignação e bravura. O que havia de errado nisso afinal?

-Chame como quiser — dei de ombros 

-Não! — exclamou decidida enquanto se levantava da cama e parava em minha frente

-Como e que é?

-Não, eu não sou uma prostituta — não fazia ideia do que aquilo significava mas também não me importava

-Humana, não seja tão tola, você vai morrer por não querer se conectar comigo? - ela me olha de cima a baixo e fica pensativa

-Eu quero um quarto só meu, e por favor me fale que aqui tem sinal é um celular, e se você é esse seu grupinho ficar desmerecendo a minha pessoa eu vou embora — sua arrogância e prepotência eram evidentes mas por trais daquelas belas orbes azuladas haviam um sentimento de tristeza, afinal fazer algo que não queria era a única forma que ela tinha de sobreviver. Mas depois que me tornasse um alfa para valer tudo aquilo acabaria, não me importava o que aconteceria com ela depois disso, ou se ela voltasse para seu mundo mesmo sendo impossível. Naquele momento só estava feliz por ter o que tanto queria