Dia Ruim

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Olá, olá, anjinhos! Estão bem?

Espero que gostem do capítulo!
Boa leitura!

Beijos!

#AmorE_Toque

💕💕💕

Eu até tento não reclamar da escola, mas é que eu já passei tanto tempo — Tantos anos — estudando que cansei de ter que frequentar esse lugar horrível. Eu aguardo ansiosamente pelo dia em que não terei de vir mais a este inferno — E eu não estou falando das férias. E ainda bem que esse é meu último ano aqui! Infelizmente, ainda estamos no início, mas ok. Eu já passei anos aqui. O que é mais um ano, não é mesmo?

Tá. Eu não quero passar mais esse ano aqui. Mal comecei a vir à escola e já tenho problemas demais. Sempre havia sido tranquilo, mas só por causa de benditos hormônios, eu estou tendo o pior início de ano letivo da minha vida — E olhe que hoje ainda é o terceiro dia de aula!

Ok, deixa eu explicar direito o que está acontecendo. O Nickolas, aquele menino ridículo que a Mariana tentou jogar para cima de mim, está pegando no meu pé de uma maneira... Mal começou a primeira aula e ele já estava me encarando estranho e cheio de cochichos com seus amigos — Os mesmos da quadra, os mesmos de sempre. Até aí, sem problemas. Porém eu sabia que ele estava falando de mim. E também sabia que não seria só isso. Ele estava aprontando, mas eu não sabia o quê — E também não tinha os poderes de dedução de Sherlock Holmes para descobrir do nada.

Na segunda aula, senti algo bater em minha cabeça. Uma bolinha de papel. Olhei para trás e lá estava ele. Nickolas raramente sentava no fundo, mas hoje ele estava lá. Seus amigos também. Fingi que não havia acontecido nada e voltei a prestar atenção — Senão eu ia me ferrar em Inglês. Infelizmente, o traste do menino não me deixou em paz. Ficava tentando chamar minha atenção a todo instante, o que acabava me desconcentrando. Mas eu não reagi. Se desse lenha para seu fogo, ele só iria queimar mais. Então era mais fácil jogar uma água bem gelada — De preferência em estado sólido, para que esmagasse a cabeça dele.

A terceira aula chegou e a praga pareceu se acalmar. Talvez a minha rejeição o tivesse feito desistir. Mas o talvez não era uma certeza, não era um sim.

Chegou o intervalo e eu resolvi sair da sala. Eu me forcei a isso. Não queria dar motivos para que ele tentasse algo contra mim quando eu estivesse sozinha e queria dar uma bronca em Mariana por ter praticamente me oferecido para esse babaca.

— Você disse o quê?! — Gritei, nervosa.

— Ah, eu disse que você gostava dele. — Ela respondeu. — Má, você não pode ficar o resto da vida sem beijar! Esse já é o último ano da escola e você não beijou ninguém! Nunca. Entende a gravidade disso?

— Não. — Respondi prontamente. — Não vejo problema algum em continuar sendo uma "boca virgem". Eu não quero beijar e pronto! Não deve me obrigar a isso!

— Eu só estava tentando te ajudar, poxa! Você tem quase 18 anos e não deu sequer uma bitoquinha! — Protestou. — Nem mesmo encostou a boca na boca de alguém!

— Por que você se importa tanto com isso?!

— Porque você é minha amiga!

— Mas isso não justifica! — Bati o pé.

— Fred, me ajuda! — Pediu ela.

O coitado só observava em silêncio. Ele nunca se envolvia em nossas discussões, mas Mariana sempre o incluía quando não tinha mais argumentos.

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