Ama-me

Primeiro Dia

Olá, olá, anjinhos! Espero que vocês estejam bem! E cá estou eu com mais uma obra para vocês. Eu escrevi com muito carinho e espero que lhe agrade.

Boa leitura!
Beijos!

#AmorE_Toque

💕💕💕

Sinceramente, a pior coisa que inventaram foi a escola. Só serve para fazer nós, pobres adolescentes, acordarmos cedo e sermos forçados a fazer coisas que não queremos. Sério, quem foi que teve a brilhante ideia de ensinar outras pessoas em um lugar fechado onde somos proibidos de fazer tudo o que queremos? Cadê o livre arbítrio? Sério, eu sei que a gente não nasce sabendo tudo, mas ir para a escola já é demais! Tipo, a gente aprende tudo sozinho. Por exemplo, nós nascemos e aprendemos que temos que comer e... essas coisas!

Mas aprendemos sozinhos, não é? Então por que temos de ir para este maravilhoso lugar? Não tem lógica!
Mas o pior de tudo é sempre o primeiro dia de aula. O que, por sinal, é hoje. Ok, eu sei que sou uma adolescente e deveria me socializar e essas coisas, mas o que posso fazer se é difícil fazer amigos?! Nem todo mundo vale a pena, né? E vão ter vários novatos lá. Eu até queria ser legal com eles. Poxa, eu sou veterana e eles são pessoas que não conhecem ninguém lá. Se aventurando no desconhecido. Cortando tomate de olhos vendados.

Enfim, depois de fazer muito drama e me arrumar com toda a preguiça existente em meu ser e mais um pouco que eu pego emprestada do universo, peguei minha mochila e fui para a escola. Claro, não sem antes de roubar dois morangos da fruteira na cozinha.

O caminho é sempre o mesmo. Afinal, faz 5 anos que estudo na mesma escola. Mas, esse é com toda a certeza o pior de todos. O 3° ano do ensino médio é o mais temido pela maioria dos alunos. É o ano mais puxado e o que você tem de ter mais responsabilidade do que já teve em toda a sua vida escolar, até por que ele é o decisivo para sua entrada na vida adulta. Eu preferia nem estar existindo agora. Bem que eu poderia ser uma pedra, não é? Puts! Eu tinha acabado de chutar uma pedrinha há uns 2 minutos atrás. É... melhor não ser uma pedra.

Entrei na escola que já se encontrava repleta de alunos, chegava a me sentir claustrofóbica com tanta gente. Fiquei um tempo nervosa parada no meio do pátio passando o olhar rapidamente por todos os lugares possíveis onde poderia encontrar meus amigos. Como uma bênção do destino, rapidamente avistei uma mãozinha que acenava para mim em um banco. Meus melhores, e únicos, amigos estavam ali. Frederico Vicentini, o mais velho do nosso trio, e Mariana Ferreira, a louca do cabelo loiro com pontas azuis.

Caminhei rapidamente até eles e estendi minha mão com o punho fechado na direção de Fred, que retribuiu dando um soquinho na minha mão. Fiz o mesmo para Mari, mas ela me puxou para um abraço. Me senti sufocada e tentei fazer com que ela me soltasse o mais rápido possível.

— Me larga, Mariana! — Pedi, agoniada com seu toque.

Ela me soltou, o que me fez ficar aliviada. A afastei, tentando não parecer rude e dei um passo para trás.

— Sabe que não gosto de abraços. Por quê fez isso? — Falei.

Fred observava tudo em silêncio.
Tinham passado-se apenas alguns segundos, mas pareceu que nunca iria acabar. Fiquei com medo de morrer. Por um momento, achei que isso fosse realmente acontecer. Principalmente por meu coração estar batendo em um ritmo tão acelerado, parecendo que vai explodir dentro de mim.

— É que eu estava com saudades da minha melhor amiga, ué! — Bateu o pé com os braços cruzados.

— Respeite meu espaço, caramba! — Fiz o mesmo que ela. — Não gosto disso, então não faça.