Já não sei quem eu sou, me sinto cada vez mais distante da minha verdadeira essência. Eu me sinto tão vazio, triste, fraco e insuficiente... e estou completamente inerte para reagir!
Meus sentimentos já estão longe demais para que eu possa senti-los e alcanca-los. Com um vazio assustador, me tranco na escuridão de meu quarto, apenas apreciando a virtude de ainda estar vivo e com forças por estar aguentando tudo isso.
A minha maior angústia vem quando meus pensamentos me torturam com horríveis lembranças, nas quais nas piores noites se tornam as mais pesadas lágrimas e fortes apertos no peito. Indesejavelmente me rendo ao caos mental e emocional que me encontro, traçando ideias de como eu poderia acabar com isso tudo. No final nunca faço nada, por estar fraco demais pra tentar algo.
Abusado pelos próprios pensamentos, ridiculamente angustiantes e depressivos. Meus piores medos se tornaram realidade e não sei lidar com tudo isso de uma só vez, buscando como último refúgio... o desabafo na escrita.
Me fecho em meu quarto, criei distância daquelas pessoas em que eu percebi que estando ali ou não, não fazia diferença... mas isso acaba pesando, pois agora estou sozinho e solitário. Faço da solidão o meu melhor amigo, meu pior inimigo, meu paraíso e a minha prisão... afinal, a nossa mente nos destrói com uma facilidade imensurável.
Ouço sempre que eu não sou mais quem eu era, e sempre digo que isso é bom, pois é um sinal de evolução. Mas... que evolução é essa que me fez só piorar? Que tipo de percurso eu fiz para que minha melhor versão deixasse de existir? Que m#rd@...
"Dentro de um buraco, perdendo a minha alma; dentro de um buraco, me sentindo tão pequeno; eu queria voar, mas minhas asas foram negadas!"
(Down in a Hole - Alice in Chains)
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Onde está meu verdadeiro eu?
RandomUma narrativa baseada nas sensações e experiências do escritor.