Capítulo 1

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20:40pm
Sina

Voltando da faculdade resolvi passar na loja do seu João e comprei uma barrinha de cereal. Neste exato momento estou caminhando pela rua indo em direção a estação de metrô.
Resolvi que iria pegar em uma estação diferente hoje.

A porta abriu e eu fui logo sentar, coloquei minha playlist pra tocar e lá fui eu ouvir Shawn Mendes pela vigésima vez no dia.
O metrô não estava muito cheio, o que era um milagre. Encontrei com Any, mas ela desceu logo em seguida.

A porta do metrô abriu para os passageiros entrarem e observei um garoto não muito alto, de cabelos ondulados e olhos claros, entrar. Não vi pra onde ele foi em seguida.

— O...oi. licença, pode me dizer que horas tem? - Senti uma mão em meu ombro e levantei a cabeça assim que a voz terminou de falar. - Era o menino que eu tinha observado alguns minutos atrás.

— Oi, são 21:20! - respondi

Fiquei encarando o menino de cabelo ondulado e olhos claros. Ele sorriu.

— Ah, obrigada! Ele disse e logo em seguida se sentou ao meu lado.

— A minha mãe vai me matar, era pra eu estar em casa às 21:00, tá tendo mudança lá em casa e eu tenho que ajudar a levar as coisas.
ele disparou a falar, pausei a música pra escutar.

— Assim, só acho que você tá bem atrasado, só acho mesmo! — eu ri meio sem graça. 

Ele parecia curioso pra descobrir o que eu tava ouvindo, olhava pro meu celular toda hora. Tive a certeza disso quando ele perguntou.

— O que tá ouvindo? — ele disse

— "never be alone" do Shawn Mendes, que é tudo pra mim.

— Caramba, eu adoro essa música. Posso ouvir também?
Parecia que eu conhecia aquele menino a anos, mas a gente se conheceu a uns 5 minutos.

— Qual seu nome? — perguntou ele, parecendo interessado na minha resposta.

— Eu me chamo Sina, e você?
— Noah, muito prazer. — ele apertou a minha mão e sorriu.
— Prazer, noah.

Percebi que a estação dele havia chegado, ele foi pegando a mochila e algumas sacolas que estavam pelo chão.

— Vou ficar por aqui, tchau Sina!

— Espero que a sua mãe não te mate — eu disse e ele fez cara de deboche.
— Tchau Noah!
— A GENTE SE VÊ... — ele literalmente gritou enquanto a porta tava fechando. Tá aí, gostei dele. Pena que nunca mais vou vê-lo.

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O MENINO DO METRÔ Onde histórias criam vida. Descubra agora