Capítulo 2

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Acordei com a luz do sol invadindo o quarto, lembrei que esqueci de fechar a cortina ontem à noite.
Olhei minhas redes sociais por alguns minutos, nada de novo. Decidi levantar e preparar meu café da manhã.
Fui pra cozinha e lá estava Romeu, meu cachorro.

— Bom dia meu amor, bom dia! — falei como se tivesse conversando com um bebê de 1 ano. Ah, ele me entende.

Coloquei o pão na chapa e fiz um misto quente. Olhei no relógio e me dei conta que já estava atrasadíssima pra faculdade, e hoje ainda tinha seminário pra apresentar.
Tomei um banho e me arrumei.

— Tchau Romeu! cuida bem da casa, viu?

Desci as escadas correndo e fui até o metrô. Enquanto estava indo, me lembrei do garoto de ontem à noite, mas logo depois me veio o pensamento do seminário e esqueci do menino.
•••
Cheguei na faculdade e dei de cara com Pedro, um menino que eu ficava e ele espalhou mentiras sobre mim para algumas pessoas. Eu virei de costas. Depois disso eu só consigo sentir nojo dele.

— Bom pessoal, deem boas vindas ao nosso mais novo aluno. — falou Bryan, meu professor de biologia.

Não dei muita atenção, tava marcando o meu caderno com canetas coloridas.

— Seja bem vindo noah! — professor Bryan disse mais uma vez.

Perai, Noah?

Levantei o olhar que bateu logo com o de Noah, o mesmo garoto do metrô.
Não é possível, é muita coincidência.
Tinha um lugar vago atrás de mim, e ele logo se sentou.

— Que mundo pequeno, não acha? — o mesmo sussurrou no meu ouvido.

— Realmente, Noah!

Finalmente chegou a hora de apresentar meu seminário, era sobre marketing. Fui lá pra frente, e apresentei mesmo morrendo por dentro. O sinal de ir embora tocou, e fui pegar minha mochila.

— Ei Sina, você apresentou super bem!
O menino dos olhos claros disse.

—Ah, eu sei! Obrigada!
Sorri e agradeci.

— Tá afim de comer uma pizza hoje?

— Como eu vou saber que você não é doido, que quer me sequestrar?

— Ah, eu não sou um doido que quer te sequestrar! Ele riu.

Fomos andando até a calçada.

— Poxa, é só uma pizza! Por favorzinho.

— Tá bom! Só uma pizza!

Fomos o caminho todo conversando sobre nós. Ele foi me contando sobre a mudança.

— É, eu morava no interior e vim pra cá porque passei na faculdade, ai sabe como é... Minha vida tá uma correria que só. E você, mora aqui a muito tempo?

— Muuito tempo não! Mais tem um tempinho já. Minha família também é do interior mas estão sempre aqui me visitando. Até que é bom ficar um pouco sozinha, coisas novas são sempre boas. — disse e ele concordou.

— Então, eu te chamei pra comer pizza mas não faço a mínima ideia de onde vende pizza boa por aqui! — ele falou e ajeitou o cabelo, parecia sem graça mas despreocupado ao mesmo tempo.

— Tem uma pizzaria muito boa bem ali naquela esquina, e ainda por cima é barata.

Chegamos na pizzaria e pedimos uma pizza de mussarela.

— Mas então Sina, me conte mais sobre você.

— Tipo?

— Tipo... Sua cor preferida? — falou

— Minha cor preferida é amarelo. — Sorri.

— E a sua?

— Eu gosto muito de preto, mas gosto de rosa também. Meu gosto é diversificado. — ele falou pensativo.

A pizza chegou e nós comemos, estava muito boa por sinal.

O MENINO DO METRÔ Onde histórias criam vida. Descubra agora