Uma noite de crime- Marceline

495 21 0
                                    

*O reino doce foi tomado por um usurpador*
O expurgo era um evento anual que ocorria em todo reino doce a cerca de três anos.
S/N não era exatamente uma especialista em sobreviver, nos últimos três anos após a ida de Jujuba estava tudo uma bagunça, para fugir da bagunça ela viajava para fora, naquele ano infelizmente ela não tinha dinheiro para fugir, estava sem chances de escapar, teria que ficar em casa.
O por era o seguinte, ela morava no centro da cidade, onde acontecia o escarcéu.
Todos os tipos de crimes eram permitidos, quase todas as armas eram permitidas, e Sn não tinha experiência nenhuma em combate, ela não iria sair na loucura e matar alguém, seria facilmente morta.
Ela usou o pouco dinheiro que lhe restava para fortalecer a casa, comprou madeira para as janelas, reforçou com ferro as portas, todos esses materiais eram de fora do reino doce, com sorte chegaram a tempo.
Em todos os seus vinte e três anos de vida ela nunca se imaginou na atual situação, ela não era alguém briguenta ou barulhenta, mas haviam pessoas que não gostavam dela, por ser estrangeira, era um dos motivos.
-Terminei, espero que isso aguente- ela sorriu satisfeita para seu trabalho, o evento começaria às seis da tarde e terminaria as seis da manhã, ela teria doze horas para sobreviver.
-Você ainda tá nessa?- uma voz brincalhona invadiu os ouvidos de S/N.
Ela conhecia muito bem a dona daquela voz.
-Como entrou?- S/N tinha certeza de que havia reforçado portas e janelas- é sério Marceline! Eu passei horas reforçando!
-Pela porta ué! Você meteu uns ferros estranhos na porta mais foi fácil de entrar- a vampira tirava a manta que cobria seu corpo, ainda tinha sol lá fora- você não vai querer participar? Vai ser tão legal! Vamos trolar uns idiotas.
-Você acha divertido matar pessoas?- S/N sabia a resposta mais mesmo assim perguntou- eu acho repulsivo!
-Não vamos matar pessoas, vamos apenas zoar uns idiotas, vai ser legal, esse reino é chato por 364 dias, essas são as melhores doze horas, quando não podemos fazer qualquer coisa sem nos preocuparmos com as consequências!- Marceline se jogou no sofá de uma vez.
S/N cruzou os braços olhando a folga da vampira.
A relação das duas era estranha, elas não namoravam, mas parecia que sim, gostavam uma da outra mais não admitiam, talvez pelo fato de Marceline morar com a ex namorada, e S/N por mais que soubesse que não havia nada entre as duas não se sentia segura.
-Eu não sou forte que nem você, vou ser uma presa fácil- S/N se encostou na parede.
-Eu sabia que você diria isso, mas acredite, acha que não pode vencer uns idiotas feitos de caramelo?- Marceline queria sair e queria levar S/N- será uma noite incrível.
S/N pensou em responder, porém foi interrompida pelo barulho ensurdecedor daquela voz do mega-fone.
"Isso não é um teste, é o sistema de transmissão de emergência anunciando o início da purificação, anula aprovada pelo governo do rei, armas de classe 4 ou abaixo foram autorizadas para o uso durante a purificação, o uso de qualquer outro armamento é restrito, o rei recebe a imunidade ao expurgo, sendo este o único membro que não pode ser atacado durante o mesmo, ao toque da sirene todo e qualquer crime inclusive assassinato estará permitido. Por doze horas continuas todos os serviços de apoio como bombeiros, policiais e hospitais estarão fora de funcionamento, até amanhã às sete da manhã, quando a purificação estará encerrada por completo, abençoados sejam os nossos novos pais fundadores desse país, uma nascia renascida, que Deus esteja com vocês"
E então veio, o som da maldita sirene.
-Começou, você quer ficar aqui?- Marceline sorriu se levantando do sofá e indo até S/N, fincando na frente da mesma- eu tenho um crime pra cometer.
-Qual?
-Matar o o usurpador- Marceline e S/N tinham a mesma altura, olhavam uma no olho da outra, os olhos de Marceline haviam adquirido um tom vermelho.
-O rei? Ele é imune ao expurgo- S/N estava perdida naqueles olhos vermelhos que pareciam imãs.
-Ele sabe que ninguém gosta dele, ele só está imune porque se fosse como os outros já teria sido morto- Marceline não estava mentindo, quando aquele homem subiu ao trono trouxe apenas desgraça ao reino- uma noite de crime meu anjo, não serei punida, até porque se ele aparecer misteriosamente morto quem vai se importar?
Marceline colocou os braços nos ombros de S/N.
-Você emagreceu, está deixando de comer?- Marceline lembrava-se muito bem que S/N tinha bochechas salientes, agora seu rosto estava fino.
-Eu quero- S/N sabia que Marceline iria arrasta-la caso negasse.
[...]
-CORRE S/N- Marceline chutava os guardas banana contra a parede, as duas haviam entrado no castelo.
Antes haviam feito coisas no mínimo questionáveis.
Colocado fogo na feira, quebrado uma ponta, picharam as paredes de uma escola, e agora tinham invadido o castelo pela porta da frente, estavam quase no quarto do rei.
-Estamos chegando- S/N sentia seu coração cada vez mais acelerado, corria pelas escadas até chegar na porta do grande quarto.
-Quer fazer as honras?- Marceline perguntou sugestiva se referindo a porta do quarto.
-Eu deixo essa pra você- S/N deu uns  tapinhas  nas costas de Marceline.
Sem mais delongas Marceline socou a porta, com tanta força que arrebentou a fechadura, logo empurrando a porta e dando espaço para S/N entrar.
-Olha só se não é o velho usurpador- S/N via o homem, era alto e musculoso, mas estava escondido trás da cortina transparente, pensando que não dava para vê-lo, mas era praticante ridículo.
-Vocês dias querem um pouco de chá?- foi o que o homem consegui falar.
-Eu gosto de um chá produzido dentro do corpo, é vermelho e doce, ótimo pra pele, acredite- Marceline sorriu e o brilho de suas presas assustaram o homem que se encolheu ainda mais.
-Uma noite de crime- S/N pegou uma vassoura que estava no chão do quarto- falta apenas alguns minutos para acabar.
-Vai ser divertido, deixa ele correr, e mais legal quando ele corre- Marceline sussurrou e beijou sutilmente a orelha de S/N

Imagines Hora de Aventura Onde histórias criam vida. Descubra agora