Capítulo 2

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(pessoal, peço que leiam o começo do primeiro capítulo de novo, o diálogo entre Lizzie e sua mãe, porque eu fiz algumas modificações na história.)

– Você está linda, princesa.

             Senti uma voz grave e rouca ecoar em meu ouvido, e meu corpo todo se arrepiou em resposta. Me virei e vi Ryan me encarando com um sorriso travesso estampado em seu rosto. O olhei de cima a baixo, tentando esconder minha reação.

– Você também não está nada mau.

             Ouvi Sebastian rir alto atrás dele. – Você ainda não aprendeu a elogiar as mulheres, irmãozinho?

             Fiquei confusa ao ouvir o modo carinhoso que Sebastian o chamou, pensei que fosse primo de Liv, e melhor amigo de Sebastian. – Vocês são irmãos?

– Não, esse bastardo é meu melhor amigo, mas nos conhecemos desde criança, e nos tratamos como irmãos. – Sebastian sorriu se virando para mim. – E sim, você está linda, ele é que não sabe flertar tão bem quanto eu.

– E quem disse que você sabe? – Liv apareceu ao lado deles e sorriu para mim. – Boa noite.

– Boa noite. – Retribuí o sorriso e apresentei Astrid para todos, senti um certo olhar trocado entre ela e Sebastian, mais tarde iria rir dela sobre isso.

             Entramos na festa, e me arrependi assim que entrei, vários adolescentes e jovens virando a quantidade máxima de álcool que podiam, eu parecia uma velha rabugenta ao olhar para eles, acho que nunca gostei dessas coisas, claro que gostava de festas, e de estar perto de amigos, mas essa parte que os jovens fazem, não, não mesmo. Alguns até corriam pelados pela casa.

– Você quer alguma coisa para beber? – Ryan sorriu para mim perguntando bem próximo ao meu rosto, pois o lugar estava com um barulho ensurdecedor.

– Qualquer coisa, menos cerveja por favor.

– Tudo bem, eu vou buscar.

             Quando olhei em volta, meus amigos tinham sumido, e logo os encontrei dançando juntos, acho que eu estava gostando dessa nova etapa da minha vida, não via As sorrindo assim desde que terminou com seu namorado babaca. Senti meu celular vibrar em meu bolso, e vi a mensagem que havia chegado.

Oi linda, tudo bem?

Eu vou estar na cidade nesse fim de semana,

tenho uma exposição na Academia de Belas Artes da Pensilvânia,

e queria que você fosse me visitar, o que acha?

Acho que não deve ter meu número novo, é o Chris.

Ótimo, meu ex está na cidade e quer me ver. Nosso relacionamento terminou de forma amigável, e ainda conversávamos as vezes. Antes de terminamos, ele teve uma exposição em outra cidade e precisava viajar para lá, pediu que eu o acompanhasse mas como eu ainda não havia decidido o que estudar, eu fazia o máximo de cursos que conseguia, e estava em semana de prova, eu o conheci no ensino médio, quando tinha apenas 15 anos, meus pais tinham acabado de morrer em um acidente (essa história eu contarei depois) e estava frágil, ele a única pessoa que me olhou além da morte dos meus pais, e eu me apaixonei - ou achei que estava apaixonada - no dia em que ele precisou viajar, faríamos 4 anos de namoro, e eu nunca havia dito que eu amava, não porque não sentia o mesmo, mas toda vez que eu dizia aquelas palavras algo ruim acontecia, e no dia em que eu disse, algo ruim aconteceu. O ônibus que ele viajava com outros estudantes sofreu um acidente, e ele ficou em coma por seis meses, tive bastante tempo para pensar, e alguns dias depois dele acordar, terminei tudo, ele ficou confuso, mas disse que entendia, e que iria respeitar, e continuamos amigos desde então. 

Um Toque de EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora