Capítulo 3

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Julian Mitchell

1 semana antes

Estava na minha sala revisando uns contrato para o lançamento de um próximo livro, e não consigo parar de pensar no que o meu pai me disse, essa história de que eu preciso me casar para assumir totalmente a presidência da editora é um absurdo, eu já cuido de quase tudo sozinho, só falta meu pai anunciar a aposentadoria, para eu ter controle total e não precisar da assinatura dele pra tudo, mas ele disse que não vai fazer isso enquanto eu não me casar, que foi o nosso acordo a 2 anos atrás. Eu concordei com aquela merda porque achei que ele iria esquecer essa história e que no final de tudo me passaria a presidência sem exigir isso.

Jogo os papeis em cima da mesa, eu não consigo me concentrar nisso no momento, escuto batidas na porta e logo em seguida meu pai entra, com seu terno italiano feito sob medida preto, com cara de poucos amigos.

- Pai, o que faz aqui? - Digo levantando e indo cumprimentá-lo

- Eu vim assumir o meu lugar na presidência já que você não arranjou uma noiva até hoje, quem sabe estando fora daqui consiga uma mulher descente para se casar e para de ficar saindo em manchetes trazendo apenas vergonha para a minha editora. - Ele diz sério me olhando.

- Como é?? - Pergunto com raiva - Eu sempre me dediquei a essa editora, sempre fiz de tudo para mantê-la no topo, e agora você vem com essa história de casamento, você nunca estipulou um prazo quando fizemos aquele acordo. - Digo com raiva

- Estou estipulando agora se esse for o problema. - Ele diz com raiva - Você só vai assumir a presidência quando anunciar um noivado e se casar.

- Não se preocupe, eu farei isso em breve, vou pedir uma pessoa em casamento – Minto – Em breve você vai conhecê-la.

- Que bom, me poupa o trabalho de ficar revisando um monte de papel, estou esperando esse anúncio, ou adeus presidência, não terá uma segunda chance, e vê se não vai pedir uma puta em casamento em. - Ele diz saindo da sala a passos largos sem me dá a chance de responder.

QUE RAIVA, eu odeio ser pressionado por alguma, gosto de fazer as coisas do meu jeito, no meu momento. Ando até o bar e encho um copo de bebida e tomo tudo de uma vez, pra que eu fui inventar aquela merda de mentira, é óbvio que eu não tenho uma noiva, eu tenho várias mulheres aos meus pés, mas o meu pai não vai aceitar nenhuma daquelas puta de merda.

Jogo o copo que está na minha mão na parede com tudo no momento em que a porta é aberta, olho pra quem veio me incomodar e percebo que é Thiago

- Vemos que tem alguém estressado por aqui - Ele diz com deboche.

- Vê se não enche a porra do meu saco - Digo irritado

- O que aconteceu pra você está estressado desse jeito irmão?? - Ele diz se sentando na cadeira em frente à minha mesa.

- Meu pai com aquela merda de história de casamento, e pra piorar eu disse que iria pedir uma pessoa em casamento – Digo sentando na minha cadeira.

- Você o que?? - Ele pergunta tendo um ataque de riso, o olho feio e o mesmo para na hora - É só você pedir uma daquelas suas "amiguinhas" elas vão adorar se casar com você. - Ele diz.

- Eu nunca faria isso, Deus é mais, sem contar que meu pai quer alguém que passe uma boa imagem pra empresa - Digo pensativo – Preciso arranjar alguém rápido.

- Eu tive uma ideia, mas é meio loca – Ele diz rindo

- No momento estou aceitando qualquer coisa – Digo me endireitando na cadeira.

- Você podia pagar pra alguém se casar com você - Ele diz pensativo

- Quem concordaria com uma coisa dessa, pelo amor de Deus – Digo incrédulo.

- Quem precisa de dinheiro – Ele diz – Coloca um anúncio de secretaria com um valor de salário mais baixo do que o normal, quem se interessar vai vim por que precisa

- Até que faz sentido isso ai, posso mandar alguém investigar a pessoa para ter uma melhor abordagem na hora de fazer a proposta- Digo pensativo - Você é um gênio irmão, vai chover, certeza, essa coisas não acontecem sempre - Digo brincando

- Hahaha muito engraçado, faz isso e me conta se der certo – Ele diz se levantando – Tenho que ir agora.

- Vai lá irmão - Digo me despedindo.

Até que essa ideia não é nada mal, sem contar que ninguém vai suspeitar, me ajeito melhor na cadeira e sorrio, tudo por essa editora.

Atualmente

Eu pensei que seria mais fácil escolher uma droga de mulher, mas nenhuma me agrada, por mais que seja tudo fachada eu preciso de alguém que no mínimo me desperte algum interesse ou meus pais nunca vão acreditar nessa merda. Estou de costas para aporta olhando a cidade quando escuto alguém batendo na minha porta, espero que seja a idiota que estava com a entrevista marcada pra meia hora atrás.

- Entre – Digo alto o suficiente para que ela possa ouvir, e logo ouço passos apressados entrando em minha sala

- Bom dia! Meu nome é Alicia Duarte, eu vim para a entrevista. - Ela diz ofegante como se tivesse corrido até ali.

- A senhorita está atrasada, sua entrevista era a meia hora atrás. - Digo me virando pra ela, e caralho, que mulher, morena, cabelo preto e curto, com tudo no lugar do jeito que eu gosto

- Desculpe senhor, o trânsito estava horrível e fiquei horas parada no mesmo lugar. - Ela diz nervosa

- Deveria ter saído mais cedo senhorita Duarte- Digo olhando para a ficha dela, vejo que ela realmente precisa da minha ajuda muito mais do que eu preciso da dela. - Mas por hora, vamos deixar isso pra lá, sente-se – Digo indicando a cadeira.

Após ela se sentar faço umas perguntas básicas de entrevista de emprego apenas para manter o disfarce.

- Entro em contato com você, pode se retirar. - Digo querendo encerrar com aquilo.

Ela sai apressada sem dizer uma palavra, sento-me novamente na minha cadeira e fico pensando se realmente estou disposto a fazer isso, e sim, eu estou, devemos fazer coisas improváveis de vez em quando, amanhã irei mandar uma mensagem pedindo pra ela voltar e vamos ver no que vai dar. 

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Oie amores, espero que tenham gostado desse capítulo, nã esqueçam de votar e de comentarem o que estão achando, um beijão.

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⏰ Last updated: Jan 27, 2020 ⏰

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