Noites frias sem cobertor
Ninguém vem a minha ajuda,
Cadê o amor.
Perto de mim ninguém vem,
Pois excluído sou.
Pobre sou eu,
Mesmo sem intenção.
Dizem que sou vagabundo, marginal, bandido.
Mesmo sem nada feito para merecer isso.
Sou que nesta noite tudo mudará.
Pois hoje é natal e todos devemos ajudar.
Nesta rua ninguém surge para doar.
Vejo dentro de uma casa,
Será que nessa mesa ainda há humildade?
Ou será que o vazio no peito não demonstra tristeza?
Já parece ser madrugada e ouço passos ao longe.
Feliz fica eu, finalmente alguém pensou em mim?
Vejo jovens mascarados revoltados,
Presumo que não há nada no tempo, nada fez para merecer.
Ignorante foi,
Espancado fui,
Humilhado foi,
Não fiz nada para merecer.
Ensanguentado encontro-me ao chão,
mesmo sem ter provocado,
mesmo sem ter dado razão.
Ninguém vem me socorrer.
O que fiz para isso merecer?
Agora que o sol da manhã vem aqui,
A consciência vem me dizer:
Nascer sem oportunidades,
Este foi seu pecado um cometer.
Fechando os olhos me entregando a escuridão
Penso o quão infeliz sou,
Não haverá mais para mim, nenhuma nova noite de natal.
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Pensador Irreal: As lagrimas de um poeta
PoetryDe que serve um poema, se esse não toca o coração causando grande comoção. De que serve o poema, Se esse não levar o leitor para um mundo fantasioso. De que serve um poema, Se em cada palavra o poeta não despejar sobre ele nenhuma emoção. Muitos...