Amanda e Trevor

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• AMANDA •

Eu estou cansada, sim, mas adoro cuidar da Sra. Jane, quase nunca me pede nada, mesmo assim, eu a ajudo em tudo o que posso, principalmente nos dias de quimioterapia, quando ela fica mais cansada. Ela é uma senhora doce, amorosa e muito simpática, me trata quase como uma filha e é impossível não gostar dela, a admiro muito pela sua luta contra o câncer e logo ela estará totalmente curada do transplante e terá uma vida normal. Ouvi os médicos comentando no hospital sobre a rápida recuperação dela e não posso deixar de sentir muito orgulho do meu trabalho, afinal, eu estou cuidando muito bem dela, assim como a Kate fez com o James, até ele receber alta.

Estou aqui, na minha folga do hospital, onde sou auxiliar de enfermagem, para cuidar da Sra. Jane. Ela está descansando no quarto e eu estou na sala, com a televisão no volume baixo, para ouvir caso ela me chame, quando ouço a campainha. Levanto do sofá e vou atender, antes que ela acorde. Quando eu abro a porta, dou de cara com Trevor. Ele é amigo da Kate e do James e parece gostar muito da Sra. Jane, visto que, sempre vem visitá-la, pelo menos, sempre o vejo quando estou cuidando dela.

— Boa tarde, Sr. Clark — eu o cumprimento.

— Já disse para me chamar de Trevor, Sr. Clark é o meu pai — ele responde, rindo, e abaixa o rosto para beijar a minha bochecha e sussurra: — Bom dia para você também, princesa.

Me irrita quando qualquer cara me chama de princesa, porque, além de ser brega, denuncia a incapacidade de um cara de decorar nomes, isso é típico de quem tem uma mulher na cama para cada dia da semana e não se importa em saber quem é quem, no entanto, que seja uma boceta. É nojento!

— Não sou princesa, Sr. Clark — eu digo, irritada.

— É Trevor — ele corrige, parecendo irritado também, e eu resolvo acabar com isso.

— O que veio fazer aqui? A Sra. Jane está descansando e vai demorar para acordar, está perdendo o tempo que poderia estar usando em seu trabalho — digo, ríspida.

— Primeiro, docinho, eu estou no meu horário de almoço — ele responde, sorrindo. — Segundo, que eu não vim ver a Sra. Jane hoje — ele completa, e isso me surpreende.

— Então, o que veio fazer aqui? — pergunto.

— Vim te chamar para sair comigo — responde, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

— Estou trabalhando — respondo automaticamente e ele sorri, mais ainda.

— Não disse agora, podemos sair para jantar ou ir ao Paul's, mais tarde — ele diz, se aproximando, enquanto eu dou alguns passos para me afastar dele. — O que acha?

— Eu acho que você está perdendo o seu tempo — respondo.

— Por quê?

— Porque você não quer realmente sair comigo — sou sincera e o interrompo, quando ele sorri e faz menção de argumentar: — Eu sou novidade para você, mas pelo que fiquei sabendo, até algum tempo atrás, você estava interessado na Beatriz, além de pegar todas as mulheres disponíveis no mercado — falo e vejo a sua expressão ficar tensa. — Não tem nada de interessante em mim, além de ser carne nova para você e estar disponível.

— Princesa, não é bem assim — ele diz, e me deixa ainda mais irritada.

— Outro motivo para eu não sair com você, é a sua incapacidade de falar o meu nome, se é que sabe, né — digo, sorrindo com sarcasmo.

— Claro que sei, Amanda — ele responde e até me surpreendo que saiba realmente o meu nome, mas ainda não vou aceitar sair com ele.

— Ok, você sabe o meu nome, mas ainda não vou sair com você — sou enfática, e vou até a porta, abrindo-a. — Então, você já fez o que veio fazer, pode ir embora.

Ele se aproxima de mim na porta e, antes de sair, solta:

— Eu não desisto fácil, cariño. — E sai, me deixando em choque.

Fecho a porta e volto para o sofá, soltando o ar que eu nem sabia que estava prendendo. Sei que preciso ficar bem longe desse homem, ele tem ENCRENCA escrito na testa. Claro que tem o grande problema de ele ser alto, moreno, olhos castanhos penetrantes e um corpo que me dá calor, só de pensar, mas ainda cheira a problemas do tipo: "corações partidos".

Por esse motivo, vou me manter o mais afastada possível dele.

• TREVOR •

Eu perdi a batalha, mas não a guerra. Foi golpe baixo ela falar da Bia, eu ainda sinto que se não fosse pelo Gabriel, ela poderia ter se apaixonado por mim, mas depois de tudo o que aconteceu, eu fico feliz por ela estar feliz ao lado dele. Ainda o acho um filho da puta sortudo por tê-la ao seu lado, mas também sei que somos melhores como amigos, do que seríamos se tivéssemos ficado juntos. Claro que me dói admitir que perdi justo para o Gabriel, mas já virei a página.

Com a Kate, eu nunca tentei nada, desde o primeiro momento ela babou no James, eu sabia que não tinha chance alguma. Sei também que sou mulherengo, mas sou solteiro e as mulheres se jogam em cima de mim, não vou negar uma boa foda a elas, sou bonzinho demais para isso. Passei por muitas coisas antes de entrar na Reed, agora eu aproveito cada dia como se fosse o último. Carpe diem, meus amigos!

A grande coisa aqui é que, desde que essa enfermeira começou a cuidar da mãe da Kate, eu me interessei por ela, o seu jeito tímido e até a forma como ela me ignora, propositalmente, quando estou na casa da Sra. Jane. Mas ela está enganada, se pensa que não é interessante, a mulher é de parar o trânsito e totalmente ignorante para este fato. É baixinha, em torno de 1,60 de altura, loira, olhos castanhos, curvas nos lugares certos, não é esquelética, seios e bunda de dar água na boca e o pior, não faz a mínima ideia da delícia que é. Mas eu vou mostrá-la o quanto é linda, interessante e deliciosa, e vou adorar cada momento em que eu estiver provando o corpo dela.

Eu sou paciente, no tempo certo, ela será minha.

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⏰ Last updated: Mar 20, 2020 ⏰

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