Capítulo 18

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Pov Sabina

Eu e Sina continuamos no carro caladas, Diarra havia saído e sentado no capô, ninguém falava nada, mas acredito que na cabeça delas passava o mesmo que passava na minha, a gente tava fodido pra caralho, estávamos metidos em uma confusão que não sabíamos o tamanho, e essa confusão ficava maior a cada dia, e mais complicada, tudo que pensávamos dava errado, tudo que fazíamos nos coloca mais ainda contra a polícia, e cada vez mais distante de Noah, não sabíamos rastro de Noah, nem ao menos se ele estava vivo, se toda essa droga valia mesmo a pena, eu e Sina havíamos se machucado, nossa família estava agora lutando contra a polícia, estamos arriscando nossa vida, por algo que nem sabemos se vale mesmo a pena. Eu e Noah nunca fomos grandes irmãos, mas algo dentro de mim, me mandava continuar, me mandava seguir em frente, porque aquele idiota tinha sim que tá vivo.

Depois de alguns longos minutos, os tiros cessaram, tudo ficou calmo, menos a minha respiração que estava desregulada, podia jurar que ouvia o coração de Sina desgovernado, ou talvez fosse apenas o meu. Permanecemos calada, a primeira que apareceu foi Any, ela veio correndo em direção a Diarra, a morena pulou rapidamente do capô e saiu correndo para abraçar a esposa, elas eram realmente lindas juntas, eu tinha tanto orgulho de Any, do que ela se tornou, Any era uma grande mulher, nunca baixou a cabeça pra ninguém, e nunca abandonou um amigo, sempre que qualquer um precisou dela, ela estava lá, mesmo com uma ótima vida ao lado de Diarra, ela não se importou de deixar tudo para trás e nos ajudar a encontrar Noah. Sorri vendo as duas abraçadas, Any segurou o rosto de Diarra e deu um longo beijo em seus lábios.

— Eww! – Sina resmungou do banco da frente. Eu olhei para minha situação e de Sina, as duas machucadas, e então eu comecei a rir, mas eu gargalhei alto, Sina olhou em minha direção, mas eu não conseguia me controlar. — Mas que diabos tu viu sua maluca?

Eu fui controlando minha risada aos poucos, passei os dedos secando lágrimas que haviam caído e olhei para Sina.

— A gente tá fodida Sina, mas fodida pra caralho, e a gente nem pode correr.

— Eu tinha esquecido que Heyoon deve tá brava com a gente... – Sina fez uma cara pensativa.

Vi Any andando até o carro e escorou os braços na porta do motorista olhando pra nós duas.

— Vocês tão fodidas... – Any falou e eu fiz cara de tédio.

— Agora conte uma novidade Any, isso a gente já sabe. – Eu olhei sério pra ela, mas eu comecei a rir de novo, e dessa vez Sina também me acompanhou.

— Vocês são duas malucas. – Any não aguentou e começou a rir também.

Meu riso morreu quando eu olhei para frente e vi Joalin pisando duro em nossa direção, ao lado de Heyoon e Bailey. Engoli em seco e arregalei meus olhos procurando uma saída que não existia.

— A gente vai morrer! – Sina falou do banco da frente arrumando a sua postura desleixada e passando a ficar ereta.

— Quais suas últimas palavras Deinert?

— Foi bom te conhecer Hidalgo, a gente se ver no inferno.

— Vamos descer de tobogã de mãos dadas.

— Vocês são duas idiotas. – Any falou e riu da porta do carro, mas eu e Sina continuava caladas.

Heyoon e Joalin andava em nossa direção, as expressões neutras, mas eu conhecia perfeitamente aquela expressão de Joalin, ela tava cansada, e brava, brava demais. Heyoon foi a primeira a chegar, ela abriu a porta do lado de Sina e se abaixou olhando para a loira.

— O que aconteceu? – Heyoon começou o interrogatório.

— Machuquei o pé, Sabina foi baleada na coxa. – Sina falou com a voz calma.

— Droga, saiu tudo errado. – Heyoon deu um soco no teto do carro, a realmente estava brava.

Joalin chegou no carro, abriu a porta, o lado que ela ia sentar estava cheio de cacos de vidro, ela tirou mais ou menos alguns, depois se sentou do meu lado.

— Droga Sabina, que diabos! – Joalin tava com as duas mãos no rosto, ela encostou a cabeça no encosto e ficou em silêncio.

— Nós ganhamos?

— Tudo saiu do controle, todos os homens da polícia que ficaram estão mortos. – A voz dela saiu abafada.

Houve um silêncio no carro, todo mundo estava exausto, com fome, com sono, de alguma forma machucado, fisicamente ou psicologicamente.

Percebi que Diarra tinha se sentado no capô do carro novamente, Any estava encostada entre as pernas dela. Ficamos na espera dos outros voltarem, Bailey tinha se sentado no chão encostado no tronco de uma árvore, parecia pensativo também, Heyoon continuava em pé do lado de Sina, e Joalin do meu lado.

— Quem atirou? Foi você ou Sabina? – Ouvi a voz de Heyoon.

— Fui eu... – Sina falou baixo, vi Heyoon soltar uma respiração pesada, ela saiu andando sozinha, mas logo vi Bailey a seguindo. — Droga! – Sina resmungou do banco da frente.

— Deixe ela Deinert, ela vai ficar bem. – Falei e Sina continuou em silêncio.

Joalin olhou para minha perna, desenrolou o pano que Diarra tinha amarrado e olhou o machucado.

— Esse corte?

— Diarra removeu a bala.

— Assim no cru? – Balancei minha cabeça e Joalin me pareceu desesperada. — Vocês são um bando de loucas, isso não é um filme, você pode ter pegado alguma infecção!

— Eu não tava aguentando de dor amor, eu vou ficar bem!

Joalin balançou a cabeça em negativo, enrolou o pano novamente na minha perna e se encostou no estofado do carro novamente.

— O que diabos estamos fazendo com nossa vida? – Joalin falou mas eu não respondi, Sina permanecia calada. E assim ficamos, até que vimos um movimento no mato.

Heyoon havia voltado ao lado de Sofya, Lamar e Krystian. Me peguei olhando pra Lamar, ele trabalhava como médico na polícia por anos, desde que ele tinha chegado a polícia tinha nos encontrado duas vezes. Estreitei meus olhos para ele, e não pude ficar calada quando ele abriu a porta do carro do meu lado e pediu para examinar meu ferimento. Eu o puxei pela gola da camisa, trouxe o rosto dele para centímetros do meu, ele parecia assustado, minha cara não devia ser nada amigável.

— Desde que você chegou, a polícia nos encontrou duas vezes, se eu ao menos sonhar, que você está passando informações nossa para a polícia, eu não vou pensar duas vezes em descarregar minha arma na sua cabeça. E eu não dou um tiro para deixar a pessoa viva, imagine 8 balas. – Falei tudo bem explicado sem ao menos piscar, o médico engoliu em seco.

— Juro que não tenho nada a ver com isso...

— Ótimo, eu acho bom. Agora pode examinar minha perna.

Soltei o médico, Heyoon apenas observava nossa primeira interação, mas não ousou falar nada. Ele examinou minha perna e o pé de Sina, felizmente as notícias não eram tão ruins assim, ele apenas cobriu o ferimento e falou que precisava de uns pontos. Shivani e os demais tinham acabado de chegar, e era hora de saber qual seria nossos próximos passos. Gostaria mesmo de saber quando seriam os meus, porque tenho certeza absoluta que vou passar uns dias sem andar.

(.) (.)

O que vocês acham de eu postar uma fic inteira de uma vez? Alguns de vocês tinham me pedido essa fic a algum tempo e eu tive a ideia e estou escrevendo. Comecei a pouco tempo, tenho 8 capítulos escritos, a fic vai se passar em um internato. Sina uma adolescente impossível, que ama festas, mandada para o internato porque os pais não aguentavam mais a vida que a filha levava. Heyoon Jeong, professora da instituição...

Em breve...

A delegada (2° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora