olhando para o teto

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olhando para o teto,
como em todas as outras vezes.
mas nas outras eu estava sorrindo,
e agora estou descontente.
olhando para o teto,
como em todas as outras vezes.
mas nas outras eu estava contigo
e agora tu estás ausente.
como posso ser isso?
este desastre ambulante?
uma erva-daninha.
uma viagem nauseante.
olhando para o teto,
como em todas as outras vezes.
mas agora não ouço nada,
e antes eu ouvia tua voz ardente.
respiro fundo dessa vez,
pensando no futuro, talvez.
o pássaro ali vai e vem
e eu estou inerte e sem ninguém.

POESIAS DE QUARTOOnde histórias criam vida. Descubra agora