Capítulo 3 • Não tão rápido Scott

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Eu sei que vou me apaixonar por você, amor
E não é isso que eu quero fazer
Eu espero que você nunca minta para mim
E se mentir, não serei um bebê chorão
Mas se chorarmos, eu sei que ficará tudo bem
The Neighbourhood - Cry Baby

Eu sei que vou me apaixonar por você, amorE não é isso que eu quero fazerEu espero que você nunca minta para mimE se mentir, não serei um bebê chorão Mas se chorarmos, eu sei que ficará tudo bemThe Neighbourhood - Cry Baby

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"Hey, Scott. Estive pensando na sua proposta de ontem... Me liga quando estiver disponível."

Digitei e apertei em "enviar" rapidamente, jogando o celular em direção ao sofá antes que eu desistisse e apagasse a mensagem. O mesmo caiu em cima de uma das almofadas felpudas e por pouco não foi direto ao chão.

— Você enviou mesmo? —Spencer me encarava com os olhos arregalados e a boca aberta, sem controlar a expressão surpresa. Balancei a cabeça confirmando e coloquei as mãos sobre o rosto, já arrependida do que pretendia fazer. — Eu oficialmente quero morrer sua amiga. Sério.

— Eu já disse o que eu penso á respeito. — Fran finalmente se intrometeu jogando as mãos para o alto, após quase 30 minutos quieta só nos ouvindo conversar.— Você vai se arrepender e eu vou jogar na sua cara que eu avisei, pode ter certeza disso.

Revirei os olhos a encarei, que me olhava com nítido desagrado. Nada fora do comum, vindo dessa rabugenta.

As duas eram minhas melhores amigas desde sempre. Crescemos juntas, vizinhas desde pequenas e inseparáveis. Minha mãe — alguns anos antes de falecer — nos apelidou carinhosamente de Meninas Super Poderosas. Spencer, a completa Lindinha: Meiga e delicada, sempre encantando todos com o seu jeito adorável de ser, embora fosse a chorona do grupo. Francine era a mais centrada entre nós, a mais estudiosa, dedicada, uma líder nata e corajosa assim como a Florzinha. Já eu... Bom, eu me encaixo até hoje no padrão Docinho. E apesar de termos personalidades drasticamente diferentes, somos tão unidas que raramente ocorrem brigas entre nós.

— Céus, tem como você ser menos negativa? — Grunhi. — Eu não estou cometendo nenhum crime Fran. Aliás, estou fazendo pouco para a canalhice daquele garoto. Quem ele pensa que é? O fodão que sai por aí envolvendo meu nome em uma aposta de merda? Sem chances! Eu vou sair por cima nessa história, podem ter certeza disso.

Tagarelei tão rápido que nem eu entendi muito bem o que disse. Mas Francine aparentemente compreendeu, pois ficou quieta outra vez.

— Sentem aqui suas rabugentas. — Spencer deu duas batidinhas ao seu lado, no sofá. — Vamos assistir Gossip Girl, esquecer isso e comer pipoca até dar dor de barriga.

Eu estava praticamente cochilando, quando o toque do meu celular soou pela sala. Nós três demos um pulo, assustadas. O nome "Scott" no visor, me deixou atônita por alguns segundos. Merda, o que eu faço agora?

— Não atende. — A ruiva se intrometeu e recebeu um peteleco da Spencer. — Vai se ferrar, Spencer! Você sabe que eu estou certa. — Joguei a almofada na direção delas, em uma tentativa frustrada de fazê-las se calarem.

TÓXICOOnde histórias criam vida. Descubra agora