Capítulo 8 • Apartamento

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"As pessoas acreditam que quem segue suas emoções, não sabe mentir.
Por isso, quando se quer enganá-las, é preciso convencê-las que tudo acontece por acaso.
O que elas não sabem, é que o acaso não existe."
As Telefonistas.

— BULLDOOOOGS! BULLDOGS! BULLDOGS! — A galera estava em êxtase

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— BULLDOOOOGS! BULLDOGS! BULLDOGS! — A galera estava em êxtase.

Após a partida chegar ao fim e nosso time sair vitorioso — como já era o esperado — voltamos direto para a fraternidade e eu não fazia ideia de onde surgiram tantas pessoas. Nunca tivemos uma festa tão lotada, independente da ocasião. Foi tudo planejado de última hora, os caras chamaram todos que estavam no estádio e minutos depois metade da arquibancada já estava aqui.

Decidi beber o mínimo possível, estava tentando não exagerar e acabar fazendo merda. O que era engraçado, pois normalmente não precisava do álcool para isso. Sem contar que eu estava começando a me estressar, Tony fazia questão de me jogar para cima de toda garota que passava por nós e isso já estava enchendo a porra do meu saco.

— Um brinde ao nosso Quarterback! — Adrian gritou, Erguendo o braço da estrela do time. Todos gritavam "Drake" repetidamente, contagiados com a animação dos jogadores.

E ele merecia, além de capitão era o cérebro entre nós em todas as situações, amigo e parceiro para todos os momentos. Um líder nato.

Disfarçadamente, olhei ao meu redor, procurando ela. Eu estava seguindo o Conselho do Drake e indo aos poucos. Não queria assusta-la ou parecer pegajoso e pela reação da Marie em todas as vezes que eu tentava me aproximar, ficava nítido que eu estava fazendo exatamente isso. Parecia até a porra de um Stalker.

— Irmão, me ajuda a trazer o balde. — Assenti, seguindo Antony para a cozinha. Pegamos o enorme balde de metal repleto de cervejas, cheio e pesado pra cacete, um de cada lado.

— Joe! Eu estava te procurando. — A voz feminina soou pelo local, se destacando apesar do som alto da música que vinha da sala.

Mandy estava claramente mais sóbria do que na última vez que eu a vi, mas isso não foi motivo para que eu me animasse em vê-la. Estava fugindo dela como o diabo foge da cruz.

— E aí, Adrian! — Tony chamou o cara que estava perto de nós. Me lançando um sorriso malicioso antes de continuar. — Me ajuda aqui, nosso amigo está ocupado.

Ignorei a vontade que eu senti de xingar aquele traidorzinho, focando-me na garota em minha frente. Ela sorria como se tivesse acabado de ganhar o presente dos sonhos.

— Geral vazando da cozinha! Agora! — O meu "amigo" gritou. — Fiquem á vontade, casal.

Todos obedeceram, como cães adestrados e o sorriso da loira aumentou ainda mais — algo que eu pensei ser impossível fisicamente — O meu olhar intercalou entre ela e uma menina morena que eu não havia reparado ali antes.

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