Capítulo dois

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Senhores passageiros, o embarque da classe executiva do vôo das seis horas com destino a Bangkok está liberado. Por favor, dirijam-se ao portão quatro para realizar o check-in.

— Jeon... Vamos. A gente já pode embarcar. — Seokjin cutuca o rosto do irmão com o dedo indicador, na intenção de acordá-lo. Seu objetivo com certeza falhou, pois ele nem ao menos se mexeu.

O mais velho tira o fone de ouvido alheio e repete a ação anterior, falhando novamente.

— Foda-se. — Se levanta e puxa o dorminhoco pelos braços, ouvindo-o resmungar em resposta. — Eu falei pra você descansar, agora não vamos perder o vôo só porque a donzela quer regular o sono em pleno aeroporto. — O puxa pelo braço, entrando na fila para a classe executiva.

Jeongguk passa todo o tempo de espera em silêncio, em seu estado reflexivo pós-soneca. Ao chegar sua vez, retira do bolso interno do blazer seu documento com foto juntamente com o passaporte internacional.

— Identidade e passaporte, por favor. — A moça responsável pela conferência dos documentos diz formalmente e Jeon o entrega. Ela demonstra surpresa em seu olhar durante a leitura e pode-se perceber suas mãos trêmulas ao devolver os documentos.

— Tenha uma boa viagem, senhor Jungkook. — Completamente profissional, ela abre o pequeno portão apertando um botão na bancada.

— Obrigado. — O cantor adentra a plataforma. — Uma coisa... Qual é o seu nome?

— Kim Dahyun, senhor... Eu por acaso lhe atendi mal?

— De jeito nenhum, Dahyun. Na verdade, espero que continue assim. Tenha um bom dia! — Ele sorri e vai embora, tirando de seu bolso um bloquinho de anotações e uma caneta, que sempre carrega consigo. Antes de adentrar o avião, escreve algumas palavras amigáveis e assina embaixo. Ele o arranca, dobra no meio e se aproxima de uma aeromoça que está na plataforma ajudando os passageiros.

— Com licença, será que você poderia entregar este papel à mulher que confere os documentos? Se não me engano, o nome dela é Dahyun. — Diz, estendendo o papel à ela.

— Tudo bem, senhor. — Ela pega a folha dobrada e a guarda no bolso. — Agora peço que por favor se dirija à entrada do avião.

Jeon assinte, finalmente adentrando seu meio de locomoção pelas próximas horas.

Depois de alguns minutos em pé procurando o próprio assento, avista seu irmão sentado na janela com a mão na boca, provavelmente segurando a risada.

— Aposto que eu passei umas trezentas vezes por você e você nem me chamou. — Reclama e dá um tapinha no braço do mais velho, que ri baixo.

— Se fosse eu perdido, você faria o mesmo!

— Bom, isso eu não posso negar. — Sorri fraco e se levanta novamente para guardar a sua bagagem de mão. Depois, puxa o próprio irmão do lugar ao lado da janela, se sentando rapidamente em seguida e rapidamente se prendendo ao cinto de segurança. Ele recebe um olhar mortal em resposta.

— A gente combinou que eu ia na janela no próximo vôo, Jeongguk. — Seokjin diz, seriamente injustiçado.

— Como que a gente combinou, se eu não me lembro?

— Mas você é um caloteiro, mesmo. Não sei como eu ainda caio. — Diz, colocando o cinto do assento do meio enquanto reclama baixinho.

Essa briga durava anos. Sempre que tinha algum passeio em família, eles brigavam pelo lugar na janela. Heejin nunca precisou disso, bastava uma ceninha que a caçula conseguia o que queria. E os dois discutiam pelo outro lugar. Quem ia no meio sempre ficava bravo por um bom tempo. Que irmão nunca brigou por coisa boba, não é? Essa era a briga que eles sempre comprariam, apenas para que um se sente na ponta.

(A)live • jjk + pjm [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora