Abro meus olhos e percebo que já havia clareado, e como deixei a persiana aberta, porém a janela fechada já que o ar-condicionado estava ligado, percebo que não estava um sol fraco.
Me mexo um pouco na cama com um certo cuidado para não acordar a mais nova e tento alcançar o celular, mas só conseguia tocá-lo com a pontinha dos dedos, tentando puxá-lo para mais perto de mim.
Na medida em que o aparelho vai se mechendo, vai ficando cada vez mais perto da borda.
E se vocês não sabem... existe uma coisa chamada gravidade, e ela estava funcionando nesse momento.
Assim que acho que o meu celular está perto o suficiente para que eu conseguisse segurá-lo com dois dedos e puxá-lo para a cama, me engano drasticamente.
Já que a PORCARIA do celular CAIU na DROGA do chão😊
Agradeci a todos os deuses existentes por ter um tapete felpudo alí, evitando o barulho alto que ocasionaria naquele momento.
Mas também passei a odiar a porcaria da gravidade por ter puxado o celular para baixo.
Podendo (e conseguindo) melhorar o meu dia, o celular começou a tocar, e não estava no silencioso.
Então sinto a cabeça de alguém começar a se mexer, e logo em seguida uma voz rouca e suave ser ouvida.
"Não está cedo demais pra alguém estar te ligando não?"
Olho para a mesma e a vejo ainda de olhinhos fechados, passando a esquecer do barulhinho irritante do celular ligado, e focando na pessoa que agora posso chamar de minha noiva.
Ou mulher da minha vida.
Também está valendo.
"Você não vai atender?"
"O-o que?" Acordo do transe assim que a mesma fala e abre um pouquinho um de seus olhinhos antes completamente fechado.
"Seu celular... ainda tá tocando... não vai atender?"
"Prefiro olhar para você..."
"Não, pode atender, com toda certeza desse mundo eu não vou fugir..."
"Não?" Com o dedo indicador tiro alguns fios da frente de seu rosto.
"Claro que não... a sua cama tá quentinha..."
"Aish..." me sento para poder pegar o celular que ainda estava infernizando nossos ouvidos e escuto a mesma falar um
"E estou prestes a casar com você... não iria pra lugar nenhum... não sem você"
Eu sorrio tímida, já que realmente amei ouvir a mesma falar isso.
Alcanço o aparelho que antes estava no chão e agora se encontrava em minhas mãos, e com o dedão deslizando na tela recusando a chamada.
"Você não atendeu?"
"Não, por que?"
"Porque eu não escutei você falando 'Alô'"
"Aa.. não, eu recusei."
"E viu quem era pelo menos?"
"Sim... eu ví"
"E quem era?"
"Ninguém de importante Lali..."
"Quem era?"
"Volta a dormir vai" segurei um travesseiro pequeno e bati fraco em seu rosto, assustando e arrancando uma risada da mesma.
"Ei!"
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"Te conto a verdade?" - Jenlisa
FanfictionTudo começou com um bendito dígito errado, um número errado, uma mensagem errada, uma hora errada, para a pessoa errada.