Amor {Barreiras são inexistentes para algo tão infinitamente único}

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Iluminados pelas luzes dos postes ao longe e pela lua no céu, Jane e Taehyung correm à margem do rio Han. Os sorrisos, mais largos do que normalmente já são quando os dois estão juntos, são acompanhados por gargalhadas estridentes, que ecoam por toda a orla do rio parcialmente deserta.

Taehyung alcança Jane abraçando-a por trás, gargalhando ainda mais sob os protestos da garota pedindo que a solte, dizendo que não fugirá dos dedos ágeis do menino-homem que a seguira e provocara desde o bar em que estavam, para atacá-la com cócegas.

Eles sabem que tal intimidade em público não seria bem vista ali, porém, com o movimento de pessoas quase nulo onde estão não se importam em demonstrar o amor que ambos sentem.

"Se rende?" A voz grave, ainda coberta pelo tom brincalhão, está próxima ao ouvido de Jana, que inconscientemente se arrepia com a voz do garoto. É impossível não se afetar com essa voz, assim como também ela nunca cansa de se impressionar, cada vez mais, com a beleza quase angelical que Taehyung sempre exala.

"Sim, eu me rendo! Eu me rendo!"
As palavras são ditas entre sorrisos, causados pelas cócegas que ainda continuam.

Taehyung para, circundando seus braços em volta da cintura dela, ajustando a respiração enquanto pousa sua cabeça no ombro de Janaina, fazendo-a sentir imediatamente esse lugar se aquecer, pois sempre é assim quando ele a toca: seus toques ficam marcados além da pele, transcende o tecido até tocar sua alma; até o intrínseco mais profundo do seu ser.

Taehyung, desde o início, fora a pessoa que conseguira essa proeza; ultrapassando até os mais profundos e escondidos lugares que a garota sempre fizera questão de esconder; como um explorador que a cada exploração encontra diferentes relíquias que ninguém nunca havia encontrado.

E é assim que ela sempre se sente diante dele; uma jóia, um pedra rara que ele está tendo a paciência de lapidar; porque tudo sob a perspectiva de Taehyung parece ser melhor do que aos olhos da garota quase formada, mas que ainda é iniciante na matéria "vida".

O vento parece estar à favor dos dois, privilegiando-os com a mais delicada brisa que vem do rio que está a poucos metros do casal notívago.

Da forma em que estão, começam a andar: Tae sem se importar de tirar seu rosto do vale entre o pescoço e o ombro da garota, e Jana, que aproveita os toques como se fossem os primeiros, marcando ainda mais a alma que já está totalmente preenchida pelas marcas dele; o garoto da câmera.

Ainda hoje, voltando à época em que teve os primeiros contatos com Taehyung, sempre fora, sem dúvidas, por causa daquela câmera que ele tinha como uma filha. Os primeiros cliques, feitos ilegalmente da parte dele, fora o princípio da curiosidade dela sobre ele se aguçar.

Ela que nunca sentira tanta necessidade de ir à praia, passou a ser uma visitante constante ao lugar, pois era sempre ali que o garoto caramelado sempre estava com a câmera, sempre atento aos detalhes que ninguém acharia ter importância.

E assim teve inicio a saga para que ambos percebessem que sentiam algo um pelo outro — ou melhor, para que ela percebesse, pois desde o princípio Taehyung teve a certeza de que sentia algo pela garota de alma diferente.

Passado semanas que Janaina iria à praia somente para saber mais sobre o moreno fotógrafo, sentiu uma coragem nascer dentro de si, percebendo que mais uma vez os sorrisos do turista eram para ela, que ainda tinha os olhos escondidos atrás da câmera, fotografando-a sem se importar com os olhares alheios.

"E então? O que achou? Digo, de conhecê-los?" A melodiosa voz de taehyung transpassa as lembranças de um verão passado, trazendo-a de volta para a aflição e ansiedade que vivera horas antes.

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⏰ Última atualização: May 05, 2020 ⏰

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