CAPÍTULO UM

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Grégory Dominique

Você pode quebrar os meus ossos?
Você vai rasgar a minha pele?
Você pode provar a minha luxúria?
Você pode sentir o meu pecado?
Entenda
Eu sou um desperdício de vida, baby.





Grégory Dominique



         Terça-feira, seis horas e dezessete minutos. Acordo abrindo os olhos lentamente, tiro os lençóis escuros de cima de mim, me levanto desligando o despertador e indo em direção ao banheiro, faço minhas necessidades matinais e tomo um longo e quente banho, me preparando psicologicamente para mais um dia exaustivo de trabalho, mas algo, ou melhor, alguém, especificamente ela.

    Saio do banho depois de longos minutos, me seco pendurando a toalha no box e caminho até meu guarda-roupa, pego um terno totalmente preto, penso por um momento e decido usar um colete social invés do tradicional palito, visto a roupa e não ponho a gravata, hoje estranhamente o dia não está tão frio como sempre, coloco as mangas da blusa social até os cotovelos e termino de vestir os acessórios passando meu perfume.

    Saio do quarto e desço as escadas indo em direção a cozinha, me lembro que hoje era folga da dona Flora assim que não há vejo, abro a geladeira pegando meu café gelado, sim, eu tomo café gelado. Termino o café e saio de casa, estranhamente -como sempre- não vejo a hora de ver aqueles olhos intrigantes, algo nela me intriga, me deixando totalmente perdido naquela dimensão que ela se forma.

(...)

  Chego na empresa cerca de vinte minutos, abro as portas da empresa, cumprimento alguns funcionários e vou na recepcionista.

      - Bom dia Anastácia, sabe me informar se a senhorita Sanchez já chegou? - Pergunto levemente ansioso, torcendo infinitamente para que ela já tenha assinado todos os documentos e já esteja trabalhando na sala, ao meu lado.

    - Bom dia Sr.Dominique, a Sra.Sanchez já chegou e assinou todos os documentos, ela já está lá na sala dela. - Diz com um certo tom de nojo apoiando a caneta em seus finos lábios, que não passa despercebido o tão famoso rosa, se apoia pelos cotovelos e aperta os peitos de uma forma nada discreta - Não sei oque o senhor viu de tão especial naquela lá, ela é tão grossa e fria que é facilmente de se comparar com o Alasca. - Diz de forma cínica, dou um olhar frio em sua direção, que logo volta a seu lugar e abaixa a cabeça.

   -Acho melhor você lembrar qual é o seu lugar Anastácia, pelo que eu me lembro você não é melhor que nenhum aqui. - Falo em um tom de voz cortante e grosso. Essa mulher realmente me da nos nervos, sinceramente não sei como ela ainda trabalha aqui.

    Ignoro como sempre e subo no elevador, em alguns instantes já estou no meu andar, caminho rapidamente para minha sala, me sento atrás da mesa de vidro e penso no que passar para a minha nova secretária fazer.

    Separo alguns papéis de contratos que precisava ser analisado e pego o telefone em cima da mesa, ligando para a sala ao lado, a pessoa que tanto pensei atende.

   -Bom dia senhor Dominique, o que deseja? -Sua voz sai como uma melodia escrita minuciosamente.

   -Bom dia Srta.Sanchez, poderia vir em minha sala por favor? - Falo com uma voz calma e desligo.

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