Heladrin - Acredite nos sonhos

Bem-vindo à Heladrin

Acordei com uma forte dor de cabeça e me deparei caído em um gramado, levantei aos poucos enquanto esfrevaga os olhos e, quando finalmente os abri, fiquei maravilhado com o que avistava. A maioria das árvores tinham troncos de cor branca e possuíam lindas flores, cada árvore com uma cor, haviam também flores no chão, tanto pequenas quanto grandes, no gramado ou em ramos. Era um grande jardim colorido. Atrás das árvores dava para ver um rio cristalino que refletia todo aquele colorido lindo e ouvia-se belamente o canto de algumas aves. O clima era muito agradável, parecia um sonho irreal.

Comecei a caminhar um pouco pelo local, ainda muito surpreso por tudo aquilo, quando percebi uma luz piscando pela fresta de uma árvore. Me aproximei dela, que era um pouco mais baixa que as outras, e tentei lembrar de onde eu vira a luz. Quando olhei mais fixamente a pequena luz piscou novamente, me assustando um pouco, e finalmente comecei a aproximar meu rosto para ver, mas antes de chegar muito perto, essa luzinha saiu voando rapidamente do buraco. Caí sentado para trás pelo susto e a pequena luz voltou a ficar em minha frente, era uma... Fada? Esfreguei os olhos e a vi novamente, me deixando ainda mais surpreso. Fiquei boquiaberto, tudo aquilo era incrível.

Ouvi sons de passos pela grama, o que me assustou um pouco e, antes que me perguntem, não sou de me assustar tão facilmente assim, mas tudo aquilo era diferente para mim, eu não sabia o que mais poderia ter ali, porém quando vi, era Ayla, só que um pouco diferente. Seus cabelos estavam mais brilhantes, dando a impressão de que era feito de fios de ouro, seus olhos agora eram verdes e sua pele estava mais clara, quando os raios solares que passavam entre as árvores refletiram sobre ela, sua pele ficou parecendo a neve cintilante no fim do inverno.

-Como você está, David?

Lembrei-me sobre o ocorrido e, ao julgar por suas roupas, me dei conta de que ela não era uma pessoa qualquer e de que me devia muitas explicações. Tive certeza de que ela conhecia magia de perto e, por isso, acreditou quando eu disse sobre a pedra. Ela estava com uma camiseta justa que parecia ser feita de couro ou algum material mais resistente, usava luvas douradas que não combriam os dedos e que iam da mão até o cotovelo, era de um metal resistente, mas não sabia se realmente era ouro ou de algum outro metal. Ela usava um short e uma joelheira do mesmo material que a luva, se é que posso chamar assim. Também possuía um cordão em seu pescoço, era - ironicamente - uma pedra vermelha presa em uma cordinha.

-Espero que eu não tenha te assustado.

-Quem é você de verdade? Que lugar é esse?

Confesso que ainda estava assustado, mas ao mesmo tempo maravilhado.

- Bem, como deve ver, sou uma cavaleira. - Definitivamente não havia percebido, ela não parecia um cavaleiro.

- Mas não é tão simples assim, não sou como os da divisão norte e sul, não carrego armas como espadas, lanças ou arcos, também não preciso de um escudo grande para ficar carregando por aí.

-Os outros cavaleiros...?

-Sim, mas eu sou como uma guardiã, eu lidero tropas quando é preciso, apesar de quase nunca acontecer, e a única arma e escudo que preciso é do meu colar e minha roupa.

-Seu colar?

-Ele é mágico, pode invocar armas iluminadas quando preciso, além de me dar um pouco mais de energia.

-Que incrível! Mas... sua roupa?

-Ela parece não me proteger tanto, mas todo o material é super resistente, é quase impossível rasgar ou partir, essas luvas são de um metal quase indestrutivel e me servem como escudo.

-Uau, são como os braceletes da Mulher Maravilha?

- Quem?

E é claro que ela não conhecia a cultura do meu mundo, o que era bem chato, pois eu amava falar sobre filmes, quadrinhos e séries. Uma pena que minha falta de amigos e minha timidez me impediam de falar com qualquer um sobre.