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      TaeHyung sentia o corpo doer levemente, bem diferente de ontem que era insuportável. A claridade incomodava um pouco seus olhos e se sentiu relaxado, já que alguém estava fazendo carinho em seu cabelo. E não precisava abrir os olhos para saber que era sua progenitora.

- Mãe...? - Chamou baixo e rouco.

- Oi, meu amor. - Diz atenciosa continuado a fazer carinho nos fios morenos do filho.

- Fecha a janela, por favor? Meus olhos estão doendo.

      O Kim suspirou aliviado quando a luz forte do sol diminuiu, conseguiu abrir os olhos e viu que estava na enfermaria do acampamento.

- Melhor? - O Kim mais novo assentiu. - E as dores no corpo? - Voltou a fazer carinho nos fios morenos.

- Estão diminuindo...

- É assim mesmo, meu amor. Daqui alguns minutos essas dores passam.

- Quanto tempo estou aqui, mamãe? - Olhou para a mais velha.

- Um dia. Fiquei impressionada que Luana conseguiu se recuperar bem rápido.

- Ela é incrível mesmo. - Sorriu bobo e logo se envergonhou por perceber que falou em voz alta. - Não me arrependo do que disse.

- Eu sei que não! - Riu da vergonha de seu único filho continuando a fazer carinho nele. - Ela é igual a mãe.

- Eu sei... uma pena que ela e papai não estão aqui... - Ouviu sua mãe suspirar triste.

- Me desculpe por ter mentido por todos esses anos, meu amor. - Diz se arrependendo de ter guardado as informações pro seu filho.

      Com dificuldade por conta das dores e das asas esticadas, sentou na cama para abraçar sua progenitora.

- Entendo perfeitamente os motivos, mamãe. Não precisa se justificar! - Beijou a bochecha magra da mulher e sorriu para a mais velha, secando algumas lágrimas teimosas dela. - Não precisa chorar, mamãe.

- Já faz tantos anos que não te vejo... me arrependia a cada dia por não te ver crescer e poder passar por cada fase sua...

- Mãe... - Riu deixando algumas lágrimas deslizarem por suas bochechas. - ...está tudo bem! Entendo seus motivos, não precisa se explicar e sentir culpa.

- Eu sei... queria tanto que seu pai estivesse aqui... você o viu ontem?

- Cada detalhe... - Sorriu pequeno para a mais velha. - ...parecia gostar de uma nova aventura.

- Na verdade, ele gostava era de causar terror e ligar o botão do foda-se pra tudo, era impressionante de ver!

O Kim gargalhou com o que a sua mãe tinha dito e pensou que, realmente, era idêntico ao seu pai.

Somente uma coisa não se assemelhava a ele: De início, desejou matar um Anjo, depois de meses, ele passou a amar esse Anjo.

E seu pai e senhora Park nunca tiveram um lance amoroso, diria que era um lance de irmandade. Os dois tinham problemas com a família, eram os únicos de sangues raros, passaram por altas e baixas juntos e, claro, morreram juntos. Eles se amaram, se apoiaram no início até o fim.

      Sim, estava feliz que ele e Lua ficaram de bem ao longo dos dias, mas isso eram seus lados humanos, o angelical e demoníaco se odiavam por conta de uma mentira, quiseram se matar por conta de uma ilusão falsa na guerra. E esperava que recuperaria o resto do tempo perdido.

- Onde está a Lua? Quero vê-la!

- Acha que consegue andar? Não sente dores? - Perguntou preocupada com o filho.

My Demon Love Onde histórias criam vida. Descubra agora