❦𝒜 𝖒𝖚𝖗𝖆𝖑𝖍𝖆 ❧

O reino de além ❤

꧁ Aquela noite estava fria e a lua brilhava no auto, senti o vento em meu cabelo e senti algo no ar ꧂

Eu havia desmaiado, não sei quanto tempo fiquei ali estirada ao sopé da barreira, quando acordei ainda estava escuro. Me levantei com uma dor na lateral esquerda da cabeça, minha visão ainda estava embaçada e eu tentava ajustar a visão piscando rápido. Me levanto divagar e quando olho direito estava dentro de uma floresta densa que cintilava em tons vermelhos, aquilo era impressionante, a grama estava cheia de dedaleiras roxas, mas elas tinham um roxo muito vivado e cintilavam, era como se eu caminha-se sobre algodões roxinhos, devido a macies. Eu decidi caminhar rente a muralha, não queria me perder ao ir longe, do mesmo jeito que eu havia entrado, eu poderia sair.

já estava andando fazia 1 hora mais ou menos, sempre andando em direção a onde aquela maldita muralha ia. Aquela floresta era interminável também, queria adentrar e explorar, mas o risco erá muito alto, já estava ficando cansada e com raiva, queria comer. Meu pai me veio em minha mente, ele a essa altura deve ter tido um infarto, meu tio deve estar me procurando e minha tia e prima devem estar cochichando sobre minha ideia louca ir até a muralha sozinha.

Estava tão perdida e irritada ao mesmo tempo, que me viro e soco a barreira com força, uma duas vezes e nada, nada de ondulações, dou um grito abafado de frustração. Tento ir me acalmando, paro e me recosto na muralha quando escuto um barulho, como se fosse uns passos, droga! Meu gritinho deve ter atraído algo ou alguém.

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Fiquei em alerta e pronta para correr, Sintia que o que quer fosse já estava me observando, estava ali no meio daqueles arbustos, ou atrás de umas daquelas árvores antigas. Olhava de um lado para o outro quando minha visão captou um movimento em uma moita perto de mim, forcei a visão e vi olhos de uma cor meio amarelada a me observar, dei um passo para o lado e a pupila da criatura se contraiu, fiquei horrorizada.

Eu tinha que fazer algo, a criatura parece que sentiu que eu iria correr e saio da arbusto. Tinha uma aparência humanoide, estava curvado e longos cabelos pretos caiam sobre sua face, mas o que chamava a atenção era seus olhos, nunca tinha visto olhos amarelos. Parti em uma corrida frenética, sem me ousar a olhar pra trás, mas sentia a criatura atrás de mim. Corri com todas as minhas forças, mas meu joelho começava a reclamar, foi quando percebi que estava amanhecendo, corri em direção a luz, afinal a floresta estava ainda densa e escura. A essa altura já tinha perdido a muralha e só estava tentando me salvar, quando me dei conta já havia saído da floresta e estava correndo em uma pradaria infinita, quando dei uma leve olhada para trás a criatura tinha sumido, tinha ficado na floresta.

Comecei a chorar, estava cansada e com fome, não tinha ninguém ali. Olhava para trás tinha aquela floresta bela e medonha, e olhava para frente uma pradaria bonita mas que não levava a nada. Resolvi ir em direção a pradaria. Tinha perdido a muralha de vista, provavelmente estava lá dentro da floresta. O único conforto era que pelo menos estava de dia já.

O sol estava no pino, minha boca já estava salivando de cede, rezava para o único me indicar uma fonte de água, quando avisto um lago um pouco mais a frente, corro até ele.

-Obrigado... -Penso alto.

A água era cristalina, me parecia apta para o consumo, mas mesmo assim eu estava desconfiava. Me abaixei e provei um pouco da água, era muito refrescante, era um lago relativamente raso então resolvi entrar. No começo era fria, mas como estava muito sol, meu corpo logo se acostumou, fiquei ali uns 15 minutos e depois de sair me sentei as margens do lago.

Que criatura era aquela que me seguiu ? Será que era um fenarye ? não sabia que eram todos assustadores assim, bem acho que estou lascado, a unica coisa que sei é que são perigosos e tenho que manter distancia. Mas como eu iria sair dali, uma hora ou outra eu ia ter que voltar para muralha para tentar retornar, mas como ? Imagina quantos seres sombrios existiam naquele lugar, precisava de ajuda, se as lendas forem verdades existiam fenaryes que simpatizavam com humanos, tenho que encontrar um deles.

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Já estava andando novamente faz um bom tempo, e não havia comido, precisava encontrar algo para comer e urgente. Eu estava observando tudo atentamente e percebi algo, a beleza daquele lugar era surreal, as montanhas, a grama bem verde e viçosa, a pradaria e tudo. Avisto uma arvore solitária e caminho em sua direção, chego com cautela e vejo que ela tem frutos. Eram maças, eram enormes e bem verdes. Estendi minha mão e tirei uma, com cautela provei um pedaço e para minha surpresa era extremamente doce. Comi tudo e mais duas. Eu tinha que continuar, mas peguei duas para levar comigo por precaução.

Algo estava me começou a me incomodar, o sol estava já baixando, a noite logo chegaria e eu estava num campo aberto totalmente vulnerável. Precisava encontrar um refugio, então resolvi ir em direção a um pequeno monte, talvez lá encontrasse um abrigo. Mais uma hora de caminhada quando chego, o sol já havia baixado muito e estava quase tudo escuro. Avistei uma pequena toca mais a leste, talvez fosse de algum animal, mas era um lugar que eu ia me proteger naquela noite, quando chego mais perto percebo que é relativamente grande. que tipo de animal já avia passado por ali ? Me agachei e me meti aliá dentro, lua naquela noite estava belíssima e brilhante, fiquei de lado e resolvi guardar minhas maças para amanhã, meus olhos pesaram, não tinha dormido por quase um dia já. Quando me dei conta dormi.

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Escuto um barulho de trompa, acordo assustada, mas o que era aquilo ? Outra vez o mesmo barulho e de repente escuto patas de cavalos, era como se estivessem se ajuntando, e estavam bem perto de mim. coloquei a mão na boca e fiquei bem quieta, eram os fenaryes. Eles estavam procurando algo, resolvo estupidante dar uma olhada.

Um animal enorme para na frente da toca e seus olhos me fulminam. Dou um grito agudo e estridente que ecoa pela noite estrelada.

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