Capítulo 8

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Anna Beatryz POV

Cheguei em casa e estranhei a porta não estar trancada como deixei antes de sair.  Chegando na sala, encontro Nathy deitada no sofá, chorando. Não falei nada, apenas levantei sua cabeça e apoiei em minha perna, fazendo um cafuné em seus cabelos loiros.

- Ele é um babaca! Que ódio - Esbravejou!

- Quer me contar o que aconteceu? - Perguntei com a voz mais calma possível para tranquilizá-la.

- Decidi me arrumar na casa do Lucca, como tenho a chave, não avisei e nem bati na porta... Quando cheguei no quarto dele... - Parou de falar e começou a chorar novamente - E-le esta-va com o-utra - Disse entre soluços.

- Não queria falar nada, mas eu não entendo você, ontem estava dando em cima do Jota e hoje chorando por outro macho, mas olha aqui para mim - Levantei seu rosto fazendo com que ela olhasse em meus olhos - Ele não merece uma lágrima dessa, e você é mais do que isso, tá? Ele é um moleque, você merece um homem de verdade, chega de ficar chorando por ele - Falei enxugando as lágrimas que caíam em seu rosto.

- Você tem razão, eu sou mais do que isso! - Falou respirando fundo - Balada?

- Só se for agora! - Falei já ligando para JP. - Mas amanhã tem faculdade, então vamos controlar a bebida.

Nos arrumamos rapidamente e em menos de meia hora, JP já estava na nossa porta. Escolhemos a balada e fomos. Eu digo para controlarmos a bebida, mas é o mesmo que dizer: "Vamos encher a cara e voltar mais bêbados do que ontem".

Nathy e Jota já não estavam mais ao meu lado e eu decidir ir para o bar. Comecei a beber alguns drinks, até chegar uma garota, aparentemente bem nova, no balcão.

- Me dá um drink, por favor! - Pediu.

- Qual deseja, moça? - Perguntou o barman.

- O mais forte que você tiver - Falou e eu quase cuspi a bebida que eu estava bebendo.

- Decepção amorosa, moça? Vai com calma aí - Decidi intervir, pois aquele lugar não era muito seguro para ficar andando bêbada por aí.

Sim, eu sei. Preciso parar de ser a super heroína das garotas, mas não dá pra deixar o pior acontecer, sabendo das possibilidades.

- Quem é você para achar que manda em mim? - Disse com um tom de voz bem arrogante, e deu para perceber que ela já não estava tão sóbria quanto eu pensei.

- Ou, baixa a bola aí patricinha, só estou te alertando.

- Não preciso de seus alertas... - Disse provocando e logo eu entendi o que ela queria.

- Precisa de que? - Provoquei de volta.

- Vem cá que eu te mostro do que eu estou precisando - Falou ficando em pé entre as minhas pernas, em seguida me puxou pela camisa para perto de si.

Coloquei minhas mãos em sua cintura enquanto ela envolvia suas mãos em meu pescoço, começamos a nos beijar, deixando o barman completamente sem reação. Não lembro em que momento, mas quando me dei conta, já estávamos em uma das cabines do banheiro. Até que meu telefone começa a tocar.

Droga... - Pensei.

Continua...

Ela & Eu ( ROMANCE LÉSBICO )Onde histórias criam vida. Descubra agora