Capítulo I - Godric Gryffindor

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Sempre fui conhecido por minha coragem, mas nem sempre fui assim. Tudo começou em minha infância, com meus cinco anos.
Meu pai era um alcoólatra maluco, explosivo e minha mãe era dona de casa, uma mãe dedicada, fazia tudo por mim.
Eu e minha mãe já estávamos acostumados com a irritação e violência de meu pai, mas um dia, ele passou dos limites.
Eu estava em casa, e como de costume, brincando com meus bonecos de madeira. Minha mãe estava na cozinha, preparando o almoço quando meu pai chegou em casa.Ele nunca esteve tão bêbado, assim que chegou, jogou a garrafa de vodka na parede, quase acertando minha mãe que tremia desesperada.
O barulho me assustou e chamou minha atenção na mesma hora, não sabia o que fazer, estava dividido, o medo me consumia mas a vontade de interferir também.Meu pai foi até minha mãe, com ódio transbordando seus olhos e apertou sua garganta.
Fiquei paralisado, o medo tinha me vencido, lagrimas corriam pelo meu rosto vendo minha mãe perder a vida, mal conseguia respirar.
Meu pai saiu da casa assim que soltou o pescoço de minha mãe, já morta.
Me deixando lá sozinho, assim fiquei paralisado por horas, digerindo o que acabou de acontecer.
Tinha ficado lá por muito tempo, não sei ao certo quanto, mas quando resolvi me levantar e ver minha mãe, meus olhos se encheram de água, e desmoronei, estava me sentindo inútil, a minha falta de coragem fez com que uma pessoa morresse! E não, não era uma pessoa qualquer, era minha mãe.
Nunca mais queria me sentir dessa maneira, então aprendi a ter coragem. Tudo ia ficar bem, eu sentia que sim. Então fui embora daquela casa, foi muito difícil deixar minha mãe, mas a tragédia já tinha acontecido, não podia mais salvar ela.
Estava sem rumo, tinha saído de lá somente com a roupa do corpo e um ursinho de pelúcia. As pessoas me olhavam diferente, de alguma forma pareciam ter pena de mim, não gostava nada disso mas tinha que aprender a aceitar.
Depois de muito andar fui parar em uma pequena vila, assim que cheguei um grupo de adolescentes me cercou, estava assustado, de fato mas dessa vez fui forte e não deixei o medo tomar conta de mim. Eles cochichavam coisas más sobre mim entre si, mas eu conseguia ouvir, eu não podia ficar ali simplesmente ouvindo eles falarem mal de mim na minha frente! Foi então o momento em que decidi fazer o mesmo e a reação deles foi a de agressão
Tentaram segurar meus braços e me dar socos mas algo, alguma força que não conhecia impedia eles de me ferirem. Eles ficaram assustados e se afastaram de mim, me deixando sozinho novamente, ou pelo menos achava que estava.
Resolvi continuar caminhando pela vila, até que cheguei em um beco de uma rua deserta, foi lá que senti alguém me cutucar, me virei na mesma hora e vi um senhor de cabelos brancos e barba longa.
—Eu vi o que você fez meu pequeno, você é especial, assim como eu sou—Dizia o senhor— Está sozinho​?
—Especial? Eu? Estou sozinho mas não tenho nada de especial—Eu disse — deve ter se enganado
—Bom, de qualquer forma você é muito novo para estar sozinho. Onde estão seus pais?—perguntou o senhor
Meu pai fugiu, já minha mãe... faleceu —disse, tinha tentado me manter firme mas uma lagrima cai do meu olho, não quiz perder a postura então logo a limpei e perguntei— Mas quem é o senhor? não me lembro de ter conhecido você antes
— Sinto muito pelos seus pais meu jovem, meu nome é Corvilho e acabei te te conhecer. E qual seria o seu nome?—o senhor perguntou
—Meu nome é Godric—disse a ele
—Godric, já que está sozinho quer ir para minha casa? Não pode ficar aqui sozinho nesta noite de inverno, pode adoecer—ofereceu ele com um gentil sorriso no rosto
—Sim, por favor —disse retribuindo o sorriso dele
Depois disso fomos a casa dele, era pequena mas me sentia protegido de tudo, percebi que realmente era especial, de forma mágica mas graças a ele aprendi a controlar e a usar ao meu favor, era um ótimo professor mas não só um professor, considerava ele um pai.
Corvelho cuidou de mim por um grande periodo de tempo, de meus 5 anos até a minha adolescência onde tive total independência, tinha mudado muito desde minha infância, além de me tornar mais maduro tinha evoluído do com relação a magia e já tinha começado a duelar com os jovens da região. Passava a maior parte do tempo duelando e nunca perdia, nem sequer uma partida, Corvelho parecia ficar cada vez mais orgulhoso de mim apesar de ter medo dos trouxas acabarem descobrindo eles por conta de meu sucesso.
Começei a ensinar as crianças da vila meu conhecimento em geral sobre magia e também dar a educação em que precisavam receber.
Resolvi ter a minha própria casa então me mudei para uma casa na mesma vila em que estava e ainda transformei uma das salas da casa em um lugar para estudo, para ensinar magia as tais crianças. Assim passei minha infância e adolescência.

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