cap 8

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Meu Delegado

8° CAPÍTULO

Sophia

Acordo com o som do despertador. Vejo que marca cinco e meia da manhã. A segunda-feira é o único dia em que eu não preparo o café da manha do Rodrigo, pois eu chego um pouco mais tarde, pelo fato de eu não ter dormido em sua casa no dia anterior.
Me levanto com toda a preguiça do mundo. Vou para o banheiro, tomo um banho gelado para me despertar, se não é capaz de eu dormir debaixo do chuveiro mesmo do jeito que eu estou cansada. Depois de um tempo, o tempo necessário para que eu realmente me desperte, saio do Box e me arrumo. Coloco uma calça jeans escura e uma segunda pele preta.
Ajeito o meu cabelo e passo um batom nude na boca e nada mais.
Volto para o quarto, pego minha pequena bolsa que deixei arrumada. Volto novamente para a cozinha preparo o café rapidamente, assim que pronto coloco em uma xícara e começo á tomá-lo.
- Bom dia, filha. - diz minha mãe entrando na cozinha.
- Bom dia, mãe. Não está cedo demais pra senhora estar acordada, não? Ainda são 06h00min.
- O cheiro de café me despertou e daqui a pouco terei que arrumar o Gus pra creche mesmo. Então não faz diferença.
- Ah sim.
Levo a xícara a boca, bebendo o ultimo gole e logo em seguida a deposito dentro da pia.
Vou para o meu quarto, me sento de frente para o berço do Gus e começo a acariciar de leve os seus cabelos, com cuidado para não acordá-lo.
Todas as segundas-feiras eu fazia a mesma coisa. Ficava um tempo ali o olhando dormir, até eu finalmente tomar coragem de ir embora. Me doida o coração todas as vezes que fazia isso, mas é preciso. Depois de um tempinho ali, me levanto, dou-lhe um beijo e saio do quarto.
Encontro com minha mãe na sala. Me despeço dela e saio de casa.
Quando estava me virando para fechar o portão de casa, algo faz o meu corpo se petrificar no lugar e um arrepio sobe pela minha espinha. Pisco várias vezes e mesmo com medo, decido me virar novamente na mesma direção para ter certeza do que vi. Mas quando me viro não há mais nada lá.
Eu poderia jurar que vi aquele par de olhos azuis que tanto assombrou minhas noites de sono. Giro o meu corpo e varro os meus olhos por toda aquela rua a procura de algum sinal dele. Mas não encontro nada.
"Isso é coisa da sua cabeça, Sophia. Ele está preso. Não tem como ele sair de lá." - tento me convencer disso.
Deve ser coisa da minha cabeça. Deve ser por causa do pesadelo que eu tive com ele sábado. Ele está preso, eu acho que ele não teria como sair de lá.
Pelo menos eu espero.
Tento tirar essas coisas da minha cabeça. Respiro várias vezes tentando me tranquilizar.
Tranco o portão e saio em direção ao ponto.
[...]
Finalmente chego à casa do Rodrigo e vou rapidamente preparar as coisas para o almoço. Vou para o meu quartinho, vejo que ele já concertou a fechadura da porta. Troco de roupa, colocando o meu uniforme e volto para a cozinha. Começo a adiantar as coisas para o almoço e enquanto deixo a panela no fogo, vou para o quarto do Rodrigo para arrumá-lo.
Assim que entro no quarto dele o seu cheiro inebriante entra nas minhas narinas. E parece que aqui o cheiro dele é ainda mais forte. Começo por abrindo as cortinas e logo em seguida fui arrumar a cama que ele deixou bagunçada. Vou para o banheiro, dou uma ajeitava em sua bancada que estava um pouco bagunçado e depois vou para o seu enorme closet. Como o restante do quarto, ali havia algumas pouquíssimas roupas jogadas pelo chão, nas quais eu fui catando e separando as sujas das limpas. Quando eu abri o seu guarda roupa para guardar as roupas limpas, eu vi que a enorme gaveta que pegava uma boa parte do guarda roupa, que por sinal, vivia trancada por uma chave estava um pouquinho aberta. A curiosidade tomou conta de mim. Eu sempre quis saber o que ele guardava naquela gaveta pra haver uma tranca. Cheguei a pensar que fosse dinheiro, mas descartei essa possibilidade quando descobri que tem um cofre no escritório.
Eu estava em uma luta interna entre abrir ou não abrir.
Se ele trancava era porque havia coisas que não me dizia respeito. Mas se ela esta abertinha agora é porque ele já não faz questão de "me esconder" o que quer que seja que esteja ali.
Mas ele também sempre deixou claro que não gosta quando invadem a privacidade dele.
E droga! Por que eu tenho que ser tão curiosa?
Ah que se dane. Ele não está aqui mesmo. Nem vai perceber que eu mexi.
Coloco as roupas que estão em minhas mãos, em cima do sofá que tem ali no centro, volto para perto da gaveta e termino de abri-la. Arrependendo-se logo em seguida de ter feito. Eu posso apostar que estou querendo ficar vermelha. Consigo sentir meu rosto queimar de vergonha. Eu não acredito no que estou vendo. Ajoelho-me de frente para a gaveta e pego um daqueles vários chicotes nas mãos. Assim como chicotes, ali havia palmatórias, algemas, que se não estivessem onde estão, poderia até dizer que são para o uso de trabalho dele.
Havia aqueles tipos de mordaças. E o que realmente me deixou muito constrangida; vibradores. Muitos vibradores e plugs anal. Não entra na minha cabeça de que um cara daquele precise de um vibrador. Será que ele não dá conta, é isso?
Não é possível, um cara daquele tamanho... Se só o jeito que ele me olha me faz sentir coisas.
Imagina esse homem em uma cama.
"Meu Deus, Sophia que pensamento é esse, garota?" - me repreendo.
Começo a reparar melhor naqueles instrumentos. Não são coisas comuns que um homem tem em casa pra satisfazer sua parceira. Quem usa uma corrente, coleira, chicote e algemas pra satisfazer algué...
Espera aí! Só se ele for um dominador.
Não... Será?
Por essas coisas que eu estou vendo aqui nessa gaveta, parece que sim.
Agora está explicado porque ele é daquele jeito. Agora eu entendi o que a Camila quis dizer sobre o Rodrigo não assumir as mulheres com quem sai. Agora tudo faz sentido pra mim. Esse jeito autoritário dele, em querer sempre dominar tudo.
Merda!
Coloco todas aquelas coisas novamente dentro da gaveta e a fecho. Pego as roupas em cima do sofá e desço correndo. Chego à cozinha a tempo de desligar a panela de arroz que estava prestes a queimar. Levo as roupas para a lavanderia e coloco-as na maquina de lavar.
Ainda não consigo acreditar no que eu acabei de ver. Não entra na minha cabeça isso. Ele bate em mulheres. É isso?
[...]
Agora mais do que nunca não consigo desprender a minha atenção dele, que se encontra sentado á mesa.
Se eu soubesse que ficaria assim não tinha mexido naquela gaveta. E seria melhor mesmo. Eu não consigo entender como uma pessoa se submete a ser agredida e ainda deixar que o cara transe com ela depois disso, ou durante. Sei lá.
- Algum problema, Sophia? - pergunta sem desgrudar os seus olhos de mim.
- Aãn?... - digo ficando ereta. - É... não senhor. Nenhum, por quê?
- Você está me encarando mais que o normal. Está inquieta e está me deixando também.
Droga, ele percebeu.
Cacete.
- Na-nada não senhor. Está tudo bem. É só que eu estou apreensiva pra saber se o senhor gostou da minha lasanha.
- É boa. - diz curto e grosso.
Volta à atenção para o seu prato e eu respiro aliviada. Eu tenho que disfarçar, não posso ficar dando na pinta desse jeito.
[...]
Já tinha ligado para minha mãe e dado um beijo de boa noite no meu filho. Agora eu me encontrava sentada na cama com a imagem de todas aquelas coisas na minha cabeça, novamente...
Já tinha passado da meia noite, mas eu não conseguia pregar os meus olhos. E o motivo de tal coisa, era o homem maravilhoso do outro lado do jardim. Ele vestia apenas uma bermuda mole e estava na academia. Eu não sei o que da na cabeça de uma pessoa em malhar a essa hora da noite.
Obrigo-me a me deitar e tirar os meus olhos da janela. Mas nem isso me impediu de pensar nele. De repente começou a subir um calor insuportável pelo meu corpo, o que era estranho, pois o ar estava ligado na temperatura mais baixa. Meia hora girando na cama e nada do sono vir e do calor abaixar, eu me sento novamente e olho para a janela e as luzes da academia já estavam apagadas. Decido então por me levantar e ir até a casa beber um copo d'água e pegar um ar, pra ver se esse calor passa.
Assim que entro na cozinha, acendo as luzes e vou direto para a geladeira pegar uma garrafada de água. Levo-a até a bancada enchendo um copo com um pouco de água, logo em seguida devolvendo a garrafa à bancada.
- Sophia é você? - a voz do Rodrigo me assustou e me fez derramar um pouco de água, que caiu sobre o meu baby doll. O que não seria problema nenhum se ele não fosse branco e estivesse colando nos meus seios nesse momento.
Assim que ele entra na cozinha e me vê, ele para e fixa os seus olhos nos meus seios. Eu rapidamente cruzo os meus braços na altura dos mesmos, para os tamparem, ainda com o copo na mão.
- Porra assim não dá. - ele disfere bem baixo, mas fui capaz de ouvir. Os seus olhos continuavam nos meus seios, agora tampados.
Ele parece perceber que estou um pouco desconfortável, devo dizer assim. Pra falar a verdade, nem eu mesma sei o que sinto agora. Ele tira os seus olhos dos meus seios e sobe para me encarar.
- O que está fazendo acordada á uma hora dessas?
- Eu perdi o sono e acabei ficando com sede.
- Parece que tivemos o mesmo problema, então. - diz lentamente. Seu olhar varria por todo o meu corpo em questão de segundos, mas logo depois ele os voltava para os meus olhos. O meu rosto queima de vergonha e a vontade que eu tenho e de sair correndo daqui.
- Parece que sim. - digo por fim.
Não aguentando mais manter essa tensão toda. Viro-me para a pia, coloco o copo dentro da mesma. Pego a garrafa de água para guardá-la novamente na geladeira, mas quando vou me virar, dou de cara com uma parede de músculos na minha frente.
- Não guarde. Também quero um pouco. - diz com seus olhos fixos nos meus lábios.
Sinto-o tirar a garrafa de minha mão e ao contrário do que eu pensei, ele não se distanciou de mim para pegar o copo. Ele vaga seu olhar pelos meus seios molhados e meus lábios. Vejo passando sua língua lentamente sobre seus lábios, os umedecendo, logo em seguida ele deixa uma mordida em seu lábio inferior e volta a olhar fundo nos meus olhos. Uma estranha vontade de beijá-lo me atinge. Mas me contenho. Nunca faria uma coisa dessas.
- Foda-se. Eu não aguento mais. - sua voz sai baixa e mais rouca que o normal.
- Do quê o Senh...
Sou impedida de continuar, pois sinto sua mão segurando forte a minha nuca, me levando para próximo dele. Ele rapidamente coloca a garrafa de água em cima da pia e puxa a minha cintura me colando a si. Arregalo os meus olhos em surpresa. Eu não acredito no que ele está fazendo, mas também não recuo.
Eu quero isso. Quero muito.
Ele sobe um pouco sua mão de minha nuca e agarra os meus cabelos com força. Olha mais uma vez para a minha boa e meus seios...
- Puta que pariu. - ele diz.
Não perde mais tempo nenhum e toma a minha boca na sua. Meu corpo começa a tremer em seus braços. Os meus braços moles jogados aos lados do meu corpo. Meus olhos estavam abertos em surpresa. Eu não acredito que ele me beijou. E mesmo atônica eu estava gostando.
Obrigo-me a reagir. Abro de leve a minha boca e ele a invade brutalmente com sua língua.
Subo minhas mãos para os seus cabelos e os puxo de leve fazendo com que ele solte um gemido na minha boca. O calor que eu estava sentindo há minutos parece que triplicou. Ele enrola sua língua na minha e começa a fazer uns movimentos com a mesma. Movimentos esses que estava me deixando louca. Eu sentia a minha calcinha molhar e minha intimidade contrair.
Como isso é possível com apenas um beijo?
Ele não me tocou nem nada.
Deixo-me levar pelo beijo. Até que eu me toco do que eu estou fazendo. Isso não deveria estar acontecendo. Isso é errado. Ele é o meu chefe. O que ele vai pensar de mim?
Ele vai achar que eu estou aqui com outras intenções. E não é.
Desço minhas mãos, que estavam nos seus cabelos, e as posiciono em seu peito. Deixo-me aproveitar por mais alguns segundos a sensação de ter nossas bocas coladas. A sensação de sentir o seu gosto, o seu toque. Quando vejo que já fui longe demais, o empurro. Com muita relutância ele separa sua boca da minha. Mas continua com suas mãos em minha cintura e sua testa colada á minha. Sua respiração, assim como a minha, está acelerada. Os seus lábios estão rosados e inchados. Ele abre os seus olhos devagar e eles estão mais escuros. Posso dizer que escuto de desejo.
- Is-isso... Não deveria... Não deveria ter acontecido. - falo com muita dificuldade por conta da respiração acelerada.
Na verdade não era isso que eu queria dizer. Eu queria dizê-lo o quanto eu gostei de senti-lo.
O quanto eu gostei de estar em seus braços... Eu queria continuar neles e não sair nunca mais.
Droga! Eu não estou mais me reconhecendo.
- Por quê? Eu sei que você queria esse beijo tanto quanto eu.
Não me dá chances nenhuma de responder e novamente sobe sua mão para a minha nuca e toma a minha boca em um beijo ainda mais feroz que o anterior. Eu não tenho forças pra me afastar e deixo.
O Rodrigo desce suas mãos pelo meu corpo o acariciando, fazendo-me arrepiar. El pega na minha cintura me colocando sentada em cima da bancada da pia, a segura com força e me aproxima mais dele. Posso sentir seu membro duro roçando na minha intimidade.
E cacete! Isso é tão bom.
Essa sensação é muito boa.
[...]

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