Em diversas ocasiões, me propus estar de acordo com o comportamento emergente solicitado pelo ambiente. Pessoas. Lugares. O que, afinal, estaria fazendo ali? Bem, essa pergunta me parece redundante caso fuja da única simples resposta que a devo hoje, além de ser eu mesma. Não me era tão óbvio, quando eu não sabia o que seria ser eu. Não posso confirmar que hoje sei. Ou que algum dia saberei, de fato. A descoberta que proporcionou uma mudança extravagante em minha vida está no conhecimento de que sou, e apenas sou. Das inúmeras vezes onde me vi sendo o que, qualquer que fosse a exigência, gostaria que eu fosse, eu não era. E, claro, tudo advindo de mim. Afinal, tudo cabe a nós. Tudo se trata de nós mesmos. Dessa forma, nunca soube como agir perante sentimentos tão complexos. Era como se todos meus pensamentos, conhecimentos, vontades e emoções se misturassem em um único lugar: coração. E essa mistura não me permitia sequer pensar qual a forma de agir. Talvez não acredite hoje que deva de fato pensar em como agir, contanto que cada sentimento esteja em seu lugar, completando a infinitude de tudo o que sou. Belo caminho, árduo e difícil, de olhar para mim.
YOU ARE READING
Perspectivas do sentir
Non-FictionComo distinguir tantos sentimentos? Tantas sensações. Será esse o reencontro com o sentir? Se permitir. Me permitir. Dei de cara, não? Esbarrei à essa multidão. Minha própria confusão. É como buscar motivos. Eles estão sempre ali. Não precisamos bu...