De repente, apaixonado pela princesa.

Tudo voltou ao normal

  Eu acordo, estou na cama da princesa...Não me lembro de muita coisa que aconteceu ontem, mas sei perfeitamente que fiz muita besteira. Ela não está aqui, estou sozinho. Ouço o barulho de água caindo, a princesa está no banho. Espero que ela não se lembre de nada, e que eu consiga esquecer do que aconteceu.
  Ela sai, o vestido que ela usa é de um roxo bem leve, ela está sorridente.

Cristian
- Princesa.

  Ela me avista acordado sentado na lateral de sua cama, suas feições mudam drasticamente, de uma alegria enorme para uma raiva de dar medo. Ela se aproxima de mim, estou com medo, da última vez que ela chegou perto assim de mim as coisas não saíram tão bem...Sinto ela alisar minha bochecha, será que ela vai me beijar de novo?!...
  Ela me dá um tapa, ufa...Ela voltou ao normal. Ela está me encarando com muita raiva nos olhos, sinceramente eu já imaginava que isso ia acontecer, espero que a Sky vá no meu velório.

Raquel
- Seu idiota! No que estava pensando?!

Cristian
- Com todo respeito princesa, mas foi você que começou.

Raquel
- Haha, e você acha que eu iria querer transar com você?!

Cristian
- Eu não achava, mas aí você me deixou em dúvida, e sinceramente não sei mas no que acreditar.

Raquel
- Você é um cavalheiro incherido!

Cristian
- E você uma princesa pervertida.

Raquel
- Te odeio! Fique longe de mim! Eu não estava em mim! Eu tinha bebido antes de vir para cá!

Cristian
- Ficou bêbada com uma dose?

Raquel
- O álcool sobe rápido na minha cabeça! É de nascença!

Cristian
- É de nascença você transar com os seus cavalheiros?

Raquel
- Não! O álcool subir rápido! E eu não quis transar com você! Você me estuprou!

Cristian
- Kkk que engraçado, por que eu me lembro muito bem de você me implorando para tirar a blusa.

Raquel
- Eu não fiz isso!

Cristian
- Fez sim, mas não se preocupe, eu não vou contar a ninguém. Por que eu nunca mais vou deixar você beber.

Raquel
- Ai de você se contar!

Cristian
- Kkk melhor irmos majestade, o café da manhã já foi servido.

Raquel
- Eu tô com uma vontade de te bater! Só não bato por que eu tô com fome.

  Eu levanto da cama e acompanho ela até a sala de jantar/almoço/lanche, quando chegamos a família real já estava toda sentada.
  Eu vi o rei acenar para a filha, e a falsidade dela me surpreendeu, quando sua cara de raiva se transformou em um sorriso encantador.

Rei Matheus
- Dormiu bem filha?

Raquel
- Dormi papai, o Cristian garantiu que eu estaria segura.

Rei Matheus
- Que maravilha, e você Cristian, dormiu bem?

  Raquel me olha, e eu já consigo entender o que ela quer dizer, "fala que dormiu bem ou eu te arrebento".

Cristian
- Sim, senhor. Dormi bem.

Rei Matheus
- Ah, por favor. Me chame de Matheus, você é parte da família agora, quem protege minha filha tem todo o direito de pular as formalidades.

Cristian
- Obrigado senhor, mas, não o chamo de "senhor" ou "vossa alteza" por causa de formalidades. Eu quero mostrar meu respeito ao senhor e a sua família.

Rei Matheus
- Você é um rapaz bem educado, sente-se com a gente.

  Que bom que o rei me acha educado, um grande passo para um serviço agradável é fazer bem a quem te contratou. Eu me sento ao lado de Raquel, que está com o olhar focado em mim.

Rei Matheus
- Onde dormiu essa noite Cristian? Os outros guardas não te viram no dormitório.

  Eu sinto a mão de Raquel tocar a minha, ela está precionando suas unhas na minha mão. Está nervosa, com medo talvez. Medo de que eu conte a eles, ou que minha mentira cause dúvida neles.

Cristian
- Eu dormi sentado na poltrona no canto do quarto de Raquel, tinha que certificar de que ela estaria bem a noite toda.

Rei Matheus
- Isso que é profissionalismo, muito bem. Pode continuar assim.

Cristian
- Obrigado senhor, só estou fazendo o meu trabalho.

  As mãos de Raquel relaxam, ela está aliviada. Bem, eu me sinto horrível em ter que mentir, mas, isso conforta a Raquel. Nós comemos o café da manhã, e eu percebo que Raquel em momento algum tirou sua mão de cima da minha.
  Ela pode ter esquecido de tirar, ou, está mais confortável assim. Em um breve momento ela percebe o que está fazendo, e me olha. Eu retorno o olhar, e ficamos ali tentando se comunicar sem chamar atenção.

Princesa Erika
- Raquel! Qual o nome do seu namorado?

  Todos olham para nós, ela rapidamente tira sua mão de cima da minha, e forçando um tom de confusa diz:

Raquel
- Que namorado?

Erika
- Esse aí do seu lado.

Rei Matheus
- Kkkk não Erika, o Cristian não é namorado de Raquel, ele só a protege.

Cristian
- É!.. Eu não tenho nem a honra de merecer ela, ela merece um príncipe.

Rei Matheus
- Não diga isso, talvez, se você se mostrar merecedor, você possa pedir a mão de Raquel.

   Raquel engasga com o que acaba de escutar, ela respira fundo antes de começar a falar.

Raquel
- Olha, seria até uma boa idéia, mas eu já sou comprometida com o príncipe Derek, sem falar que precisamos dessa aliança comercial.

Rei Matheus
- Sim, filha. Mas o que quero dizer é que se o noivado não der certo você pode escolher o cavalheiro Cristian.

Raquel
- Mas ele não irá beneficiar o reino! Vamos falir!

Cristian
- Na verdade, eu cresci no palácio de Transilvânia com a princesa, sou filho do maior cavalheiro conhecido em Transilvânia. Sou filho de cavalheiro e de bruxa, além de ter descendência de vampiro. Eu sou um cavalheiro-mago-vampiro, além de ter várias alianças de honra com Transilvânia, um dos reinos mais ricos que existem.

Rei Matheus
- Mas que maravilha! Já é considerado uma segunda opção!

  As mãos de Raquel estão apertando as minhas, ela está com raiva, está furiosa. Ela termina a refeição e se levanta.

Raquel
- Se me derem licença, tenho aula de etiqueta agora.

Rei Matheus
- Tudo bem, pode ir.

  Eu me levanto para segui-lá, e sei que vai ser viramos as costas para eles que ela vai me matar. Mas, eu percebi uma coisa, é legal provocar a princesa. Kkk só espero que ela não leve para o pessoal.