Doce Pecado

Capítulo 8

DÁ UMA CONFERIDA NAS MÍDIAS, O BOOKTRAILER ESTÁ LÁ! :)

• • •

Diana entra no quarto pouco tempo depois, olhando-me desconfiada, e sei que pode ter percebido a minha ausência esta noite, mesmo depois de eu tê-la "despistado", como Christian aconselhou. Fico quieta e finjo que não percebi o seu olhar, sorrindo carinhosamente para ela.

—Dormiu bem? —Pergunto.

—Sim, muito bem!  A minha cama estava estranhamente confortável ontem, e a sua?

—Estava como sempre!—Engulo em seco e sorrio. Tenho certeza que Diana sabe que eu não dormi aqui ontem, e apesar de eu querer esclarecer isso, não posso. Ainda não.
Levanto-me rapidamente e ajeito o leve vestido que estou usando.

—Já se alimentou? —Ela pergunta.

—Ainda não. Quis esperar você.

—Isso é muito gentil! —Diana sorri e enrosca o braço no meu, andando devagar até o corredor que desembocará na escada —Mas Laura, se estiver com fome, não espere a mim ou a ninguém. Você está grávida! O seu bebê se alimenta através de você, e é muito importante que tenha consciência disso.

—Eu sei disso! —Coço o alto da minha testa com uma das mãos —Não faria nada que pudesse prejudicar o meu filho, Diana, acredite.

—Eu acredito, querida! Só me parece, às vezes, que você não se preocupa como deveria... É o seu bebê, sabe? Isso exige muita responsabilidade e compromisso. 

Ela começa a descer as escadas e eu suspiro. Ela tem razão. Desde que voltei para casa, já fui agredida, me automediquei e dormi no meio do mato escondida, e ainda nem estou totalmente recuperada! Eu realmente preciso ser menos irresponsável, porque há uma vida dentro de mim que precisa do meu melhor. 
Quase congelo no meio dos degraus ao ver o Christopher saindo da sala e indo para a cozinha, e tento disfarçar para Diana não perceber. Consigo, só em vê-lo, sentir o seu cheiro que me hipnotizava mais cedo e o viciante calor da sua pele sendo emanado através da sua camisa para mim, como se eu ainda estivesse dentro do seu abraço. Isto é precipitado, eu sei, mas parece fazer parte dos meus instintos mais profundos.

—Parece que o seu irmão nos fará companhia! —Ela diz, e eu sorrio sem mostrar os dentes, afastando todos os meus pensamentos.

Christopher, aparentemente, não nos viu descer, pois fica surpreso ao nos ver entrar na cozinha, sorrindo espontaneamente para nós. Dou um sorriso de canto e me ajeito em uma das cadeiras brancas e acolchoadas, evitando manter muito contato visual com ele, pois penso que Diana pode perceber algo e interpretar mal, causando-nos mais confusão do que já há. Concentro-me, por hora e em pensamentos, em todos os meus afazeres do dia e no encontro com Andrew mais tarde. 

O café-da-manhã correu silenciosamente para mim, exceto por algumas tentativas de conversa do Chris com a Diana, que logo se estendiam para algo que me incluísse, mas não correspondi  a nenhuma com muita empolgação. Sinto-me preocupada e receosa com o futuro e todas as suas possibilidades, e apesar de ter avançado com algumas questões ontem, hoje pareço ainda mais confusa e não só em relação aos meus sentimentos, como também às minhas obrigações.
Diana me envolve em um abraço ao sairmos da cozinha, e vejo de canto de olho que Christopher parece inquieto ainda na mesma, mas sigo mesmo assim. 

—Sairei com a Martha daqui a pouco, organize-se para vir conosco, Di —Digo em meio a um suspiro. 

 —Ah, sim... claro! —Ela responde, como se estivesse, anteriormente, perdida em pensamentos em algum lugar que não fosse aqui —Alguma novidade do senhor Andrew?