O beijo veio como uma avalanche trazendo de volta tudo o que ela viveu nos braços de Henry. Como um analgésico para aliviar uma dor e com elas os momentos ruins. A mão em suas costas nuas a sustentava enquanto a que puxava levemente sua nuca era possessiva. Lhe dando a promessa de que seu marido era tão receptivo ao sexo como fora quando estavam no auge de uma paixão avassaladora. Podia quase sentir os olhos lacrimejarem pela forte emoção que aquele simples contato era capaz de exercer.
O beijo termina cedo demais para ambos, mas Henry sabia que não poderia se prolongar, por mais que estivesse quase disposto a arrastar sua feiticeira russa teimosa para o cômodo mais próximo e faze-la lembrar do porque ambos se davam também.
-Desculpa atrapalhar. - Interrompe Helena Megales sem esconder o descontentamento ao ver como o filho caia aos pés de alguém tão vulgar quanto sua nora – Mas o governador do estado acaba de chegar com a família e quer vê-lo.
Assim como a matriarca da família, Henry podia ser tão cruel quanto ao dirigir a mãe um olhar autoritário, fazendo a Senhora força um sorriso a esposa.
-Karoline. Que bom vê-la novamente.
Lhe dando um sorriso mais doce Staianov diz:
-Obrigada Henela. - A russa enfatiza o nome da sogra pois sabia o quanto a mesma odiava ser chamada pelo primeiro nome.
Em famílias gregas antigas da aristocracia Ateniense as noras e netos tinham de se dirigir a mulher pelo sobrenome.
-Eu já volto. - Ele diz se despedindo com um beijo na testa de Karoline a pegando de surpresa pelo ato carinhoso.
Assim que ele se afasta deixando ambas sozinhas Helena não perde tempo em se voltar a outra:
-E muita cara de pau sua aparecer aqui depois do que fez ao meu filho. - Mesmo sentindo o estomago se revirar pelo o olhar da sogra Karoline se mantem inabalável por fora, quantas vezes ao ficar sozinha com Helena era tratada de forma hostil e agressiva. - Se acha que pode engana-lo novamente como a prostituta que é esta muito enganada.
Um sorriso despontava dos lábios da Staianov, assim quem olhasse diria que ambas estavam apenas conversando enquanto elas passaram a andar de braços dados.
-Sabe de uma coisa Helena durante o tempo em que convive com você, eu jamais entendi o porquê dessa sua aversão a minha pessoa. E por diversas vezes eu tentei entender, mas hoje. Eu percebi que pessoas amargas tende a ferir os outros seja por inveja, ciúmes ou até mesmo maldade. - Mas foi no olhar castanho de Helena que fez a matriarca dá um passo para trás. - Vamos deixar as coisas claras entre nós minha querida sogra. Se tentar pisar em mim ou cruzar o meu caminho tenha a certeza que eu não vou pensar duas vezes antes de atropelar você. - O sorriso falso some de ambas – Fique no seu canto que do meu cuido eu, se não quer que abra a minha boca pra dizer quem Helena Megales e de verdade. Vamos ver o que essa sua aristocracia de merda vai falar quando descobri o que você fez com a nora gravida.
Karoline percebe com desgosto a sogra empalidecer. Após um tempo a mulher achou a voz:
-Não faço ideia do que está falando.
-Não adianta fugir. Eu sou medica, deveria ter passado nessa sua cabeça que eu descobria... mas como eu disse. Não se meta no meu caminho e tudo ficará bem.
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Um pouco mais de uma hora se passara quando Henry enfim conseguiu se livrar dos investidores e acionistas. Rodará pelo salão inteiro em busca de sua russa, começava a pensar que ela houvesse ido embora, quando enfim a encontra numa das sacadas.Estava debruçada sobre o parapeito observando atentamente as luzes da cidade colina abaixo.
Esse era um dos motivos de ter escolhido montar o hotel sob aquela colina. Avista que se tinha de Atenas era incrivelmente bonita.

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Ciúmes
RomanceHenry Megales era um magnata grego no auge de seus 35 anos. Um homem cujo dinheiro não era problema. Dotado de uma inteligência acima da média e dono de uma beleza herdada pelos Deuses - assim diziam os tabloides - tinha apenas um problema na sua vi...