Me desculpe, eu não ilumino mais suas noites
Me perdoe, você não pode mais olhar pra mim
E aliviar suas dores
Sinto muito, não estou no céu para te guiar
Não vou acariciar seus olhos
Com a minha beleza noturna
Porque eu sou poeira estelar
Não iluminarei a noite se você precisar
Mas há outras estrelas pra você se apegar
Já não sou tão grande como era antes
Gloriosa e brilhante
Que mesmo distante pôde lhe acalentar
já fui tudo e agora sou nada
Já fui múltiplo e já fui singular
Purpurina e lantejoulas me invejam
Me abominam
Porque nasci da morte de uma estrela
Só quero que entenda.
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O Universo
PoetryEste é um compilado de poemas que tratam de alguns corpos celestes de forma mais humana.