Segundo Capítulo - A carta.
Passei a noite em claro escrevendo uma carta para o Elijah Collins, escrevendo e reescrevendo, rasurando, rasgando e amassando os papéis e jogando pelo meu quarto quando as palavras não descreviam ao certo meus sentimentos por ele , aquela carta tinha que estar perfeita, uma carta de amor que descrevesse e transmitisse com todas as palavras o que eu sentia por ele durante todo esse tempo.
Sei muito bem que cartas de amor estão fora de moda. Poderia ser de qualquer outra forma, mas uma carta? Quem ainda pensaria nisso? Eu poderia criar coragem é dizer os meus sentimentos a ele pessoalmente, mas eu tenho certeza que desistiria nos primeiros segundos.
Enquanto dedicava meu tempo para escrever a carta, ouvia em meus fones de ouvido um podcast sobre Amor. O melhor para aumentar a inspiração enquanto eu escrevo.
Toda vez que eu ouvia esse Podcast parecia que ela havia contado minha história de amor e vida. Se eu não dissesse para o Elijah como eu me sentia, eu poderia perde-lo para sempre.
A ideia de confessar que ama alguém causa mil calafrios, mas será libertador tirar esse peso das costas que venho carregando durante dois anos.
Ergo minhas mãos doloridas para o alto e dou uma longa espreguiçada, arrumo a carta, finalizando com alguns desenhos por cima, e o coloco em um envelope, colando por cima um adesivo que tinha em meu caderno.
Deitei-me em minha cama, e me cubro por inteira com o cobertor.
Em meio ao silencio e ao nervosismo que anseio pela manhã digo em voz baixa, como se fosse uma breve oração o quando eu queria que o meu amor chegasse até ele.
***
Decidi ir mais cedo para a escola naquele dia. Coloquei uma blusa regata amarela junto com um moletom vermelho, uma calça jeans azul e calçei o indispensável e famoso all-star preto.
Esperei ele chegar enquanto sentava em um dos bancos de madeira da escola, eu era uma das primeiras alunas a chegar ali. Fiquei muito tempo sentada ali.
Segurava em minhas mãos a carta que levei a noite toda para escrever, segurava como se fosse o bem mais importante da minha vida. Pensava se eu entregava a carta diretamente a ele ou colocava em seus livros na mesa dele, e outras mil outras possibilidades, até mesmo o rápido pensamento de desistir daquilo tudo e ir para sala de aula.
Foi nesse momento que ele passou, pelo corredor da escola, e com as mãos no bolso da sua calça jeans preta, caminhava distraidamente pelo corredor exprimido da escola. Estava acompanhado por alguns de seus alunos que o cumprimentava com sorrisos.
"Querido Elijah Collins, espero que esteja bem. Eu sou a Lena Stewart, da turma A. Talvez você não me conheça, oi não se lembre de mim diante de todos os seus alunos. Mas eu o conheço muito bem (...)
Dou um longo suspiro enquanto segurava a carta sobre meu peito. Vou fazer isso!
"(...) Estou apaixonada por você desde que o ouvi seu discurso no primeiro dia de aula. Ouso lhe escrever uma carta falando dos meus sentimentos. Parece que fui atingida por um turbilhão de emoções, como se fosse uma flecha atingindo-me rapidamente quando o vi pela primeira vez. E, agora, um sentimento da qual nunca achei que sentiria está morando em meu coração."
Era agora ou nunca, caminhei até ele, colocando uma de minhas mãos em seu ombro, chamando-lhe a atenção.
— Com licença. — Digo com nervosismo.
— O que você quer? — ele pergunta, rude, seco e ignorante.
— E-eu sou a Lena, sou da sua Turma. Bem, você poderia ler está carta? — estico minhas mãos entregando a carta a ele.
Eu podia ouvir meu coração bater mais forte, como nunca batera antes.
"Elijah, eu te amo."
— Claro. — disse, ainda rude, apanhando a carta que estava em minha mãos. Guardou a carta em seu livro, e continuou o seu trajeto sem dar atenção a mim.
Não demorou muito para que o sinal da escola tocasse, e todos os alunos fossem para a as suas respectivas salas.
Esperava com todo o coração que ele lesse a minha carta.
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Beijinho Doce
Teen FictionLena Stewart é uma garota jovem linda, encantadora e muito extrovertida. E guarda um grande segredo: está perdidamente apaixonada. Porém, esse alguém não é ninguém menos que seu professor, Elijah, de literatura que dá aulas a pouco mais de dois anos...