CAPÍTULO 01

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Esse dia seria diferente dos outros dias que acordo e me levanto a força da cama. Minha amiga Amy me prometera uma noite completamente diferente e divertida das que estou acostumada a aguentar. Não me atrevi a sair para buscar por uma oportunidade de emprego - afinal -, já faziam duas semanas que estava desempregada e nada de bom me aparecera. Não estou querendo desistir, mas estou cansada de buscar por nada.

Assim que caiu a noite, meu celular tocou com uma mensagem da minha amiga.

"Estou saindo de casa agora, pego você já"

Um sorrisinho escapou dos meus lábios e não me critiquei por isso, eu preciso disso, preciso me distrair e esfriar a cabeça, nem que seja por apenas uma noite. Terminei de me arrumar e fui até a sala onde minha mãe se encontrava sentada em frente a TV.

- Vai sair hoje? - Ela perguntou.

- Vou sim, com Amy - dei um leve sorriso. - Você vai ficar bem?

- Claro que vou - ela disse confiante. - Vá se divertir minha filha.

- Até mais, mãe - dei um beijo na bochecha dela antes de sair de casa e encontrar o carro de amy na minha porta.

- Aí está você - ela disse quando me aproximei e entrei no carona. - Vamos nos divertir - disse dando partida no carro.


A BALADA ESTAVA bem cheia, mais do que eu costumava me lembrar. Mas quanto tempo faz desde que não venho aqui? A música era alta e irreconhecível para mim, mas mesmo assim deixei me envolver e comecei a dançar na pista com minha amiga. Aproveitamos depois para beber uns drinques - que foram por conta de Amy - e corri até o banheiro quando comecei a me sentir tonta com ânsias de vômito.

Embora não tenha vomitado, meu estômago ainda se contorcia por dentro e me obriguei a sentar no banquinho do bar e pedir um copo de água. Minha amiga estava ainda na pista e de onde eu estava, não conseguia vê-la. Bebi minha água em um só gole e pedi outro copo.

- Melhor não exagerar na água - ouvi uma voz masculina dizer. -Senão pode passar mal -brincou e virei meu rosto tentando encontrar seu dono.

Era um homem alto, de cabelos castanhos escuros e um pouco encaracolados. Tinha um sorriso confiante no rosto que acompanhavam os belos olhos escuros que fitavam meu corpo. Seu porte dizia que praticava atividades físicas com frequência e ele estava usando uma calça jeans escura e uma camisa social branca com as mangas dobradas até os cotovelos. Ele se sentou no banco ao meu lado e não parou de me olhar.

- Que foi? -Perguntei um pouco envergonhada e irritada, beber não me faz bem.

- Nada - ele sorriu. - Só estou tentando entender o que uma bela mulher como você faz aqui sozinha.

Eu ri com desdém.

- O que você quer? - Fui agressiva. - Me beijar? Me comer no banheiro? Não me faça perder meu tempo com papo fiado.

Ele riu e baixou o olhar.

- Bem que eu queria comer você mesmo - fiquei surpresa, embora as palavras vieram de mim em primeira mão. - Não se assuste, você que ofereceu.

- Não ofereci não. - Retruquei um pouco tonta com os olhos fixos nos lábios carnudos do estranho. - Me deixe em paz.

- Um beijo? - Ele perguntou.

- Não.

- Por quê?

- Porque não! Sai pra lá seu doido. - Agi como uma adolescente, mas não estou em meu estado perfeito.

- Um beijo e eu deixo você - propôs.

Hesitei.

- Tanto faz - disse me jogando contra ele e selando nossas bocas em um beijo agressivo e tomado pelo desejo.

Suas mãos envolveram meu cabelo enquanto ele me beijava. Pude sentir sob seu corpo o volume em sua calça e sem saber porque, levei umas das minhas mãos até lá e apertei sua ereção. Ele gemeu sob nosso beijo e me senti confiante para continuar a beijá-lo e roça-lo.

- Vem - disse ele separando nossos lábios.

Sem saber o porquê, eu segui o desconhecido balada a fora e fui tomada pelo pânico quando saímos da mesma. Ele me levou até um carro preto no estacionamento e antes que eu pudesse protestar ou falar algo fui tomada por seu beijo de puro desejo e com as mãos ele abriu a porta de trás do carro. Eu sabia muito bem o que aconteceria, e acho que pelo fato de estar afetada pelo álcool, isso não me importa muito. Eu quero e ele quer, que mal tem?

Ele entrou primeiro e me puxou com as mãos para dentro do automóvel. Seus lábios voltaram aos meus e desceram até meus pescoços, sugando de leve minha pele e fazendo minha respiração se acelerar pouco a pouco. Ele com um pouco de dificuldade, me posicionou em seu colo - e pela primeira vez, ser pequena ajudou pra alguma coisa. Sentei-me sobre seu pau duro e e ele gemeu quando nossos corpos se chocaram. Ele tomou meus seios com as mãos e os massageou enquanto a boca sugava meus bicos sob a minha fina camiseta.

Gemi e minhas mãos foram até sua calça e eu a desabotoei, afastando a cueca preta dele e revelando seu membro duro e pulsante. Minhas mãos o tomaram e comecei uma subida e descido frenética à medida que ele arrancou minha blusa, massageou meus seios e com muita dificuldade enfiou seus dedos dentro de mim.

Gemi como uma louca, que por meses não fazia sexo e logo ele parou de me tocar para me colocar dentro dele. Seu pau entrou dentro de mim e não me contive a gemer alto o suficiente para caso, alguém passar por aqui, poder nos ouvir. Fui descendo e subindo e ele metia o máximo que conseguia. O espaço era pequeno e estamos fazendo milagre pra transar aqui dentro.

Quando já estávamos perto do orgasmo, ele nos separou e eu agarrei seu membro e continuei a masturbá-lo e ele fez o mesmo comigo. Ainda bem que ele se lembrou de não gozar dentro de mim, ele parece não ter camisinha e eu não tomo nenhum anticoncepcional - odeio estar bêbada.

- Goza - ele pedia com movimentos rápidos dentro de mim.

Ele gozou primeiro e logo depois eu gozei sob seus dedos hábeis. Seus lábios voltaram aos meus e ele conseguiu encontrar uma toalha no carro para nos limparmos.

- Você é muito gostosa - ele disse com as mãos nos meus seios me pressionando de leve. - Podia comer você de novo, e de novo, e de novo...

Dei uma risada fraca.

- Isso não foi me comer, foi mais para masturbação mutua.

- Bom - ele hesitou. - Espero que possamos nos ver de novo. Dessa vez eu vou estar pronto pra te foder e fazer gritar.

- A ideia não é ruim, mas receio não ser possível.

Ele ficou confuso.

- E por quê não?

- Não sabe nem meu nome e pretendo não dizê-lo. Creio que nunca mais iremos nos ver. - Disse com convicção em minhas palavras.

- É o que você quer?

Não respondi, apenas mordi o lábio inferior e desviei o olhar. Foi muito bom a transa e sei que quando estiver sóbria vou me arrepender, mas agora, estou satisfeita e não negaria uma segunda rodada.

- Eu já entendi - ele sorriu de leve. - Melhor você ir.

Concordo com ele e me arrumo dentro do carro antes de sair. Não quero parecer um a pervertida que acabou de transar num carro com um desconhecido - embora eu seja muito isso. Meu lado brincalhão sorri. Ele se despede com um aceno perto de seu carro enquanto eu volto na direção da balada. Nunca mais vou vê-lo, isso me deixa aliviada ou incomodada?


ENCONTRO COM AMY na pista dançando com um cara qualquer e com muita luta consigo convencê-la a irmos embora. Devemos ter ficado aqui no máximo uma hora e meia, o que para mim, já é o suficiente. Ela me deixa em casa e eu vou direto para minha cama logo após conferir se minha mãe está bem em seu quarto.

Caio como uma pedra no colchão e tento não pensar no fato de que se não pagar as contas, logo não teremos onde dormir. Afasto isso da minha cabeça - que já está doendo - e logo as lembranças de minha aventura sexual me vem a mente. Embora não seja bem o que eu gostaria de lembrar, isso é melhor que meus problemas e logo caio no sono, sonhando com carros pretos, olhos escuros e um desejo ardente.

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