Cap. I

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" Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça . No sucesso verificamos a quantidade e ,na desgraça a qualidade"
Confucio

- O que mais gosto na tequila é o ritual para toma-la e é tão excitante o que torna a bebida ainda mais saborosa. Disse um homem na casa dos trinta anos, ele tinha os cabelos louros bagunçados, olhos azuis acinzentados e um magnífico corpo atlético. Gabriel era seu nome e estava acompanhados por duas lindas beldades. Flora sua irmã e Lorena a amiga de infância . De belezas diferentes, mas igualmente estonteantes, Flora tinha a pele morena e o corpo longilíneo e expressivos olhos amendoados . Lorena tinha a pele levemente bronzeada e grandes olhos verdes.

A amizade entre eles era de longa data e desde a infância procuravam a companhia um do outro, não apenas com o intuito de matar o tempo, mas também por que se precisavam. Mas ao tornarem-se adultos o tempo tomou outra forma. Se na infancia sobrava tempo, na vida adulta era o tempo que faltava. Por isso todo primeiro final de semana mês estava reservado para brindar a amizade.

E para coroar o a primeira sexta-feira de novembro de 2009, decidiram jantar em um dos bares restaurante mexicano, que surgiram de maneira repentina em Apatradina. Com suas cores berrantes e decoração típica com caveiras, fotografias de Frida Khalo e Diego Riveira, além e claro dos famosos tequileiros e mariachis, eram verdadeiros pontos de encontro entre amigos e amantes. E a escolha pelo local havia sido pois queriam ouvir música típica , comer e beber como se nao houvesse amanhã .

Apatradina era uma ilha com cerca de 200 mil habitabtes localizada no sul do Brasil. Até a década de 60 seu nome era Ilha Dos Corais, mas apos o Golpe Militar de 64 os habitantes da ilha fizeram um referendo onde trocavam o nome da ilha como una maneira de manifestar o descontentamento com os rumos políticos do país .

Sentados a mesa que tinha como decoração uma caveirara mexicana, Gabriel olhava de soslaio para Lorena e com um sorriso cínico no rosto, indicava que sua cabeca estava a mil. Gabriel era um fotógrafo especializado em nu artistico, estilo que considerava delicado e de grande profundidade, uma vez que era preciso captar a essência do fotografafo e não a nudez em si.

- Como foi o encontro com Jean? Perguntou a Lorena com a voz um tanto afetada e debochada.

- Promeiro não foi um encontro! Respondeu Lorena enfática . - E como sempre foi muito prazeroso, aliás , ele e um dos poucos que realmente vale pagar cada centavo!

Lorena também era fotógrafa e por dois anos havia morado em Milão fim de especializar-se. Curiosa por natureza estava sempre em busca de novos conhecimentos e desafios que a fizessem superar-se e via na fotografia um meio de expor sua realidade.

- Meus Deus amiga, sinceramente eu gostaria de ter a sua coragem! Disse Flora enquanto devorava seu burito.

- E desde quando precisa de coragem? Perguntou Gabriel.

- Eu acho que precisa Gabis! Eu não conseguiria pagar por sexo, aliás não faço ideia de como contratar um garoto de programa!

- E bem mais facil do que você pensa! Disse Gabriel, é só perguntar pata a Lorena. Um dos prazeres de Gabriel era irritar as mulheres de sua vida.

- Ai que engraçado ! Disse Lorena com a voz afetada. - Eu penso que a questão não seja coragem, disse Lorena, a questão é preconceito. - Veja bem tenho 31 anos estabilidade financeira e sou solteira e não há nada que me impeça de pagar por sexo, nada além de preconceito!

- Amiga, não estou me referindo a ter ou não ter direito, respondeu Flora, só estou dizendo que não tenho coragem!

- Mas qual é a diferença entre pagar por sexo e conhecer um cara qualquer na balada, dé que gesticulando com as mãos, ou sei la onde e sair e transar com ele?

A última GrecoOnde histórias criam vida. Descubra agora