Capitulo 5

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O que eu estava sentindo era uma mistura de medo e esperança, nada comparado ao que já senti algum dia. Eu queria tanto que desse tudo certo, mas sabia que as chances de ela me negar eram grandes. Camila me olhava diferente, não sei dizer ao certo o que transparecia. Luxuria? Talvez um pouco de desejo? Ah quem me dera. Quando eu já estava próxima o suficiente para falar com ela sem ter que gritar, respirei fundo e segurei sua mão direita, entrelaçando nossos dedos.
- Vamos sair daqui? - Pedi, quase implorando.
- Por que?
- Queria conversar um pouco com você. - Falei e ela sorriu, acenando com a cabeça.
- Vamos então - Ela respondeu tomando a frente e me puxando em direção a saída da boate.
Minha mão já soava novamente. Eu estava morrendo de vergonha, não queria que ela sentisse o meu nervosismo. Assim que saímos do local, respirei o ar fresco tentando relaxar o máximo possível. Camila não soltou minha mão até que chegássemos perto do meu carro. Eu queria falar alguma coisa, mas não sabia bem o que, então preferi deixar que o silêncio tomasse conta.
- E então? Vamos para outro lugar ou conversaremos aqui mesmo? - Ela perguntou, sua língua enrolando um pouco e fazendo com que ela ficasse ainda mais fofa. Nunca tinha presenciado essa cena, Camila quase bêbada era algo muito raro.
- Vamos pra outro lugar - Respondi sorrindo.
Camz ficou quieta o caminho inteiro, cheguei até a pensar que ela estava dormindo. Decidi levá-la para um pracinha perto do nosso condomínio. Tinha conhecido o lugar a um tempo atrás, quando estava caminhando para tentar emagrecer um pouco. Não deu certo, mas pelo menos encontrei esse espacinho tão aconchegante. Estava de noite, eu não sabia se lá tinha alguma iluminação. Dirigi por mais um tempo e, finalmente, chegamos onde eu queria.
- Chegamos? - Ela perguntou meio sonolenta.
- Sim Camz, vamos. - Respondi já saindo do carro.
Esperei Camila sair também e fomos andando em direção a uns bancos. O lugar estava pouco iluminado. A praça era do tamanho de um quarteirão, com várias árvores e um lago pequeno no meio. Camila suspirou ao meu lado e percebi que ela tinha gostado do lugar.
- Aqui é tão lindo Laur. Como você descobriu esse lugar? - Ela perguntou maravilhada.
- Um dia eu estava caminhando e acabei passando por aqui. Desde então, sempre venho pra esse lugar quando preciso ficar um pouco sozinha. Não é a praça mais bonita que já vi, mas acho tão aconchegante e me sinto muito bem quando venho pra cá.
- Eu amei! Amei descobrir seu refúgio. - Ela falou, sorrindo quando a olhei.
Ficamos um tempo nos encarando. Um tremor percorria meu corpo a cada 3 segundos. Estava tão nervosa, tão trêmula, soava frio e sabia que se tentasse dizer algo, gaguejaria. Camila agora estava séria, podia ouvir sua respiração acelerando um pouco. A luz fraca do lugar destacando seus traços finos apenas em um lado do rosto. Tão linda que eu podia sentar e chorar agora mesmo com essa visão dos céus. Ela deu um passo em minha direção e eu prendi a respiração. Camz sorriu de lado e deu mais um passo. Eu estava tão fraca que me apoiei em uma árvore perto, pra não acabar caindo.
- Lauren... - Ela começou a falar e esticou a mão, acariciando meu braço. Mais um passo dela e estaríamos grudadas novamente. - Por que se afastou de mim?
Era agora, eu tinha que falar. Respirei fundo olhando em seus olhos. Sua expressão era tranquila, mas eu podia ouvir seus batimentos apressados. Fechei os olhos por um instante, tentando me acalmar e encontrar as palavras certas.
- Eu precisava fazer isso Camila - Respondi ainda com os olhos fechados.
- Mas por que? O que te fez pensar que seria melhor assim? - Camila continuava com o carinho em meu braço, mas sua mão subia cada vez mais. Eu estava prestes a ter um surto de abstinência.
- Eu não sei Camila. Você sabe não é? Sabe o que eu sinto?
- Sei. - Ela respondeu e eu abri os olhos, voltando a encarar aquele castanho sem fim. Ela sorriu como se para me tranquilizar, mas isso só fez piorar.
- Como?
- Não é muito difícil de adivinhar Lauren! Ainda mais com os fãs que temos.
Eu precisei rir. Foi mais um gargalhada de nervoso, mas mesmo assim acabei tendo uma pequena crise de risos. Era impressionante como nossos fãs sempre estiveram certos em tudo.
- Camila, eu...
- Shhh Lauren, cala a boca! - Ela mandou colocando o dedo em meus lábios. - Quero testar algo.
Senti meu corpo todo tremer enquanto ela posicionava uma mão na minha nuca e a outra agarrava a minha cintura. Gemi baixinho quando ela puxou meus cabelos, fazendo com que eu erguesse a cabeça e deixasse meu pescoço a mostra. Camila passou a ponta do nariz desde o meu ombro até a minha clavícula. Eu estava hiperventilando e já não conseguia mais raciocinar.
- Eu nunca pensei que pudesse ser tão bom ter uma mulher aos meus pés. - Ela falou e eu revirei os olhos com aquela voz rouca no pé do meu ouvido. - O cheiro é tão doce, a pele tão macia. Quero que me mostre quão bom pode ser essa experiência com alguém do mesmo sexo que o meu, Lauren. Não faça com que eu me arrependa disso, ouviu?
Alguém em sã consciência ousaria não obedecer? Oh meu Deus. Eu estava tão tonta, sentia minha sanidade completamente fora de mim, como se ela estivesse ao meu lado, me olhando enquanto batia o pé de braços cruzados desaprovando tudo isso. Camila mordeu o lóbulo da minha orelha e eu arfei. Senti o seu sorriso sem ao menos ver. Ela estava adorando o meu estado completamente entregue a ela.
- Me responde uma coisa Lauren... - Ela pediu e eu só consegui balançar a cabeça. Não tinha forças para sequer dizer um "sim". - Quão molhada você está agora?
TERRA CHAMANDO LAUREN. Meu Deus, o que ela estava fazendo comigo? Gemi arrastado quando ouvi aquela pergunta. Camila ria de mim, ria do meu desespero e da completa falta de noção. Eu queria responder, queria dizer para ela parar com aquilo, pedir pra parar de me constranger daquela forma, mas a verdade é que tudo isso só estava me deixando ainda mais excitada. Me senti tão submissa à ela, do mesmo jeito que estava em meu sonho. Poderia realmente latir se ela mandasse. Camila distribuiu beijos desde o meu queixo até o canto dos meus lábios. Fechei os olhos, antecipando em minha própria mente tudo que estava prestes a acontecer.
Eu espero, de verdade, que todo ser humano na Terra consiga sentir o que eu estava sentindo, pelo menos uma vez na vida. O prazer estava me enlouquecendo tanto que eu sentia vontade de sair correndo, tirando a roupa e gritando. Era tão bom, tão libertador, era tão... Ahhhh. Camila mordeu meu lábio inferior bem forte, quebrando completamente qualquer linha de raciocínio que eu estava ousando ter. Senti arder quando ela chupou, me maltratando sem piedade. Eu gemia e arfava sem parar.
- Tão gostoso. - Foi a última coisa que ela falou antes de colocar a língua dentro da minha boca, iniciando o beijo que eu tanto esperei.

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⏰ Última atualização: Nov 26, 2014 ⏰

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Toxic Love (camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora