Mexeu Comigo

Isabela.

Narrador oculto:

E lá estava ela outra vez, indo levar sua filha que se despediu dando um beijo em sua bochecha indo correndo em direção aos seus amiguinhos que conversavan mas assim que olham ela, vão em sua direção cumprimenta-la.

Gabriela por sua vez, seguiu seu caminho indo para o seu trabalho, hoje seria um dia diferente e ela nem imaginava o quanto. Ela andava pelas ruas do Rio sentindo o frio bater contra o seu rosto e um arrepio faz com que a garota ponha sua mão no bolso do seu jeans.

Hoje o céu estava coberto por nuvens carregadas de chuva e isso de fato era algo totalmente estranho quando você já estava acostumada com aquele calor de enlouquecer.

Normalmente quando tinha esses dias assim, Gabi ia trabalhar,mas ela chegava mais cedo em casa. Ficava relaxando e feliz da vida por não ficar por muito tempo vendo a cara daquelas pessoas que ela tanto odiava que era suas colegas de trabalho.

Porém, agora ela tinha que ir  querendo ou não já que lá ela trabalha dentro de casa e não do lado de fora aguentando os clientes reclamando por estar tudo molhado ou algo do tipo.

Faltava apenas uma quadra até chegar no condomínio e um calafrio fora do comum consome ela. Sem entender nada ela segue seu caminho sem ligar muito para aquela reação estranha que o seu corpo havia tido.

Após chegar na casa, Gabi vai direto ao banheiro trocando o seu moletom branco para sua farda e faz o seu tradicional rabo de cavalo. Ao sair do compartimento, ela nota que absolutamente niguém tinha chegado e fez com que ela pensasse na possibilidade de nenhum do seus colegas chegarem e ela ficar ali sozinha naquela casa.

Ela desce indo pegar um pano e os produtos pra limpar o banheiro dos funcionários que de fato, estava uma imundície. Porem durante o caminho ela se esbarra com a pessoa que não sai de sua cabeça de forma alguma. Aquilo não podia estar normal de forma alguma. Gabriela se recusava acreditar que ela estava sentindo um certo desejo (se podemos dizer assim) pelo seu chefe, aquilo seria uma loucura tanto em seu ponto de vista, quanto nas pessoas ao seu redor.

Mal sabe a nossa "mocinha" que essa faixa que ela fez questão de por em seus belos olhos será arrancado de uma forma tão brutal...

-Preciso de você. -Ele diz, estava mais pra um sussurro e isso na cabeça dela soou de uma forma tão errada ao ponto que um arrepio na sua espinha fazer com que ela se estremece toda.

-Claro. O que o senhor precisa? -Ela fala próxima a ele envergonhada.

-Que você arrume meu guarda-roupa, eu fui tirar uma camisa limpa acabei bagunçando tudo. -Ele fala notando a proximidade entre eles se afastando.

-Sim, senhor. -Ela ia indo em direção as escadas quando sua mão foi ao encontro com a dele fazendo ela olha-lo sem entender nada.

-Eeee... Será que tem como você fazer um café rápido pra mim por favor? É que eu estou atrasado e Aurora ainda não chegou. -Diz totalmente envergonhado.

-Claro, só espere um minuto. -Ela volta pra cozinha preparando o café para seu chefe.

Gabi se sentia nervosa, com calor e com frio ao mesmo tempo. Seu corpo já não seguia os seus comandos. Quando foi pra levar o café da manhã para mesa, suas pernas ficaram bambas e suas mãos começaram a tremer e aquilo fez com que ela se revoltasse e se perguntasse o porque desse teatrinho e nervosismo todo, ele era apenas o seu chefe.

Após ficar travando uma briga com ela mesma, ela leva a bandeja aonde o homem estava e logo em seguida sobe, quase correndo, sem esperar qualquer coisa dele.

E ali ficou ele, confuso pelo comportamento da garota.

Porque ela saiu praticamente correndo daquele jeito?