Seoul, 15/05/2124
Meu nome é Park Jimin, tenho 18 anos e vivo no ano de 2124, em uma cidade onde tudo é dominado por tecnologia avançada e quase tudo é automatizado. A minha casa, porém, é um refúgio do passado, uma verdadeira relíquia em meio a arranha-céus brilhantes e carros voadores.
Minha rotina é bastante simples. Acordo todos os dias na casa de meu tio-avô, Park Seojun, um homem que muitos consideram um lunático, mas que para mim é um verdadeiro gênio. Nós compartilhamos uma paixão intensa por antiguidades, coisas antigas que a maioria das pessoas considera obsoletas. Enquanto a maioria das casas na cidade tem dispositivos holográficos e robôs assistentes, a nossa é preenchida por livros de papel, discos de vinil e móveis de madeira clássica.
— Bom dia, Jimin. – ele diz sempre que me vê, com um sorriso caloroso que me conforta. Nossa casa é um museu do passado, e eu adoro cada canto dela.
Na escola, sou um garoto quieto. Meus colegas me acham esquisito, um excêntrico que vive no passado. Riem das minhas roupas desatualizadas e dos meus gostos antiquados. Mas isso nunca me incomodou tanto. Eu prefiro passar meu tempo livre assistindo a filmes antigos, especialmente os que estrelam meu ator favorito, Jeon Jungkook. Ele era um astro latino-coreano que morreu há muito tempo, mas cuja presença nas telas me fascina até hoje.
Minha vida sempre foi uma montanha-russa emocional. Perder meus pais tão cedo foi um golpe devastador, mas a presença constante e o amor incondicional do meu tio-avô compensaram de alguma forma. Ele sempre teve um jeito peculiar de ver o mundo, uma visão que não se encaixava nos padrões da sociedade moderna. Isso me inspirou a seguir meus próprios interesses, mesmo que fossem considerados antiquados. No ambiente familiar, minha decisão de morar com meu tio-avô sempre foi motivo de controvérsia.
"Você sempre foi diferente, Jimin, e isso é uma coisa boa. O mundo precisa de pessoas que pensem fora da caixa." ele dizia, com aquele sorriso sábio.
Os demais membros da família nunca esconderam sua desaprovação, alertando-me sobre as excentricidades dele que, segundo eles, poderiam influenciar negativamente minha vida. Ironicamente, acabou se tornando verdade. Eu me tornei a segunda "decepção" da família, logo após meu tio, é claro. Essa situação só alimentou ainda mais o distanciamento entre nós, criando um abismo de incompreensão e desconfiança.
Essa mentalidade me moldou. Na escola, enquanto os outros se preocupavam com as últimas tendências de moda e tecnologia, eu estava mais interessado em descobrir a beleza do passado. Lia livros de história, assistia a filmes antigos, e passava horas na biblioteca da cidade, imerso em mundos que já não existiam.
"Por que você não usa uma roupa mais moderna, Jimin?" minha colega de classe, Minji, perguntou uma vez, rindo. "Parece que você saiu de um museu."
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Poison Boy - jjk+pjm
FanfictionNo ano de 2124, a sociedade atingiu avanços tecnológicos inimagináveis, transformando o mundo em um lugar quase irreconhecível. Park Seojun, um renomado e idoso cientista, sente uma profunda obsessão pelos tempos antigos e decide construir uma máqui...