No ano de 2124, a sociedade atingiu avanços tecnológicos inimagináveis, transformando o mundo em um lugar quase irreconhecível. Park Seojun, um renomado e idoso cientista, sente uma profunda obsessão pelos tempos antigos e decide construir uma máqui...
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Nova York, 05/09/1895
Hoseok nos deixou em frente ao prédio de Taehyung por volta das sete da noite. Ele prometeu voltar mais tarde para nos buscar. Olhei para o prédio e não pude deixar de notar seu charme único. Era um edifício antigo com tijolos expostos e janelas com molduras de madeira pintadas de branco. Uma escada de incêndio descia pela lateral, conferindo um toque clássico e cinematográfico.
— Bem-vindo ao meu humilde palácio. – Taehyung disse com um sorriso largo, ajustando uma das maletas que carregava. — Já vou avisando para não reparar na bagunça quando subirmos.
— Obrigado Tae. Não precisa se preocupar tanto sério. – respondi, ainda absorvendo cada detalhe. O hall de entrada tinha um piso de madeira polida que rangia levemente sob nossos pés, e as paredes eram decoradas com grafites artísticos que davam um toque rebelde e criativo.
Enquanto subíamos as escadas, ajudei Taehyung com suas maletas e quadros brancos. Cada andar tinha portas coloridas, e o cheiro de comida caseira misturado com tinta fresca era bem presente.
— Aqui estamos. – Taehyung disse, parando em frente a uma porta azul-turquesa no terceiro andar. Ele girou a chave e abriu a porta, revelando seu apartamento. — Entre, Jimin. Sinta-se em casa.
O apartamento era um reflexo perfeito da personalidade de Taehyung: excêntrico, artístico e acolhedor. As paredes estavam cobertas com suas obras de arte, desde pinturas abstratas até retratos ousados. O mobiliário era uma mistura eclética de peças vintage e modernas, cada uma escolhida a dedo. Havia uma estante cheia de livros de arte e fotografia, e o piso estava coberto por um tapete colorido que parecia ter sido pintado à mão.
— Uau, isso é incrível. – murmurei, ainda absorvendo tudo ao redor. — Parece que tem um pouco de você em cada canto.
— Obrigado! Eu tento manter tudo com um toque pessoal. – ele respondeu, rindo.
Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, um cachorrinho peludo correu em nossa direção, pulando animadamente ao redor de nossos pés.
— Ah, esse é o Yeontan, meu fiel companheiro nessa cidade grande — disse Taehyung com um sorriso orgulhoso. — Peguei ele quando era um filhote ainda.
— Oi, Yeontan! — abaixei-me para acariciar o cachorro, que lambia e mordiscava minhas mãos. — Você é um bom garoto, não é?
Taehyung riu. — Ele definitivamente não é. Já estou vendo um xixi no meu tapete novo daqui. — lançou um olhar mortal para Yeontan e eu caí na gargalhada. — Agora, venha, vou te mostrar onde você vai tirar seu sono de princesa.
Seguimos para o quarto de Taehyung, que também era seu estúdio de arte. A cama estava encostada na parede, cercada por telas e materiais de pintura. O ambiente era aconchegante, mas claramente funcional para um artista. Haviam pôsteres na parede, potes de tinta espalhadas e quadros em branco encostados no chão.
